O decorador Vinícius de Mello optou por uma cortina em tear nordestino, por ser vazado e dar uma sensação de leveza, deixando passar a luz da varanda. Além de ser rústica e combinar com o perfil da Renata.
Versatilidade
Para Mello, as divisórias são uma tendência na decoração, tanto em ambientes amplos quanto compactos, pois elas dão flexibilidade ao ambiente.
“Quanto menos rígido for o espaço, mais atual e mais bem aproveitado ele será”, comenta. O decorador explica ainda que o uso de divisórias favorece a circulação, a iluminação e a ventilação nos ambientes.
Amplos ou compactos
Nos apartamentos compactos, usar uma divisória pode solucionar o espaço e aumentar a funcionalidade. Uma parede rígida pode se tornar um impedimento, restringindo o uso e comprometendo a liberdade. Já as divisórias podem decorar, acomodar e guardar objetos. Vinícius cita o exemplo de uma divisória de madeira colocada em uma cozinha. De um lado a peça servia como nicho de potes de bolachas e do outro, abrigava um porta correspondências. Em espaços pequenos vãos inúteis podem ser transformados em divisórias funcionais. Já em locais amplos as divisórias integram os ambientes com a sensação de aconchego. As pessoas, apesar de separadas, conseguem se visualizar. Uma solução criativa e bonita, que vem sendo usada tanto em espaços residenciais, quanto comerciais.
OFERTA
Opções variadas conforme o perfil de cada um
Com rodízios
Os rodízios hoje são peças coringa nas divisórias.
Com os rodízios, elas apresentam uma flexibilidade maior e podem ser
posicionadas de acordo com o uso e a ocasião.
Fixas
Na maioria das vezes é
usado o gesso acartonado, o gesso convencional, a madeira ou vidro. “O vidro
sendo muito utilizado, devido ao seu efeito de transparência. Ele pode ser
semitranslúcido ou translúcido de acordo com o local. Uma excelente solução é
mesclá-lo com madeira”, comenta o decorador Vinícius de Mello. Uma opção moderna
e contemporânea.
Rústicas
As fibras naturais entram como principal
matéria-prima. Málaca, Junco, Ratan, Palha de Buriti, Takê. Combinam
perfeitamente com pessoas despojadas.
Painéis
Eles podem ser
confeccionados em madeira, alumínio e tecidos. Geralmente feitos sob encomenda
de acordo com o espaço em que será aplicado.
Cortinas
Na escolha do
tecido é possível passear por vários países. Aqui entram as cortinas
marroquinas, as indianas. Os Saris Orientais dão um toque especial ao ambiente.
“No oriente eles são usados como vestimenta e no ocidente o Sari ganhou face de
divisória” explica o decorador Vinícius. Ainda existem os móbiles de pedraria,
em moda no momento.
Vegetais
Uma opção criativa para espaços abertos,
áreas externas e de lazer. Eucaliptos, bambus e coqueirinhos podem formar uma
cerca viva. Apesar de todas essas opções muitas pessoas, inicialmente, ainda
resistem ao uso de divisórias em suas casas. Mas são conquistadas pela beleza,
funcionalidade e praticidade do resultado.
OPÇÕES - Com tantas opções você pode escolher a divisória de acordo com o gosto pessoal o ambiente e o seu bolso. Dependendo do material, do tamanho e do designer da peça, elas podem variar de R$ 300 a R$ 6.000. Algumas encontradas em antiquários ou assinadas por artistas podem superar este valores. Para um ambiente despojado, a cortina de bambu com pedrarias é perfeita, como a da foto.
BIOMBOS - Você é o tipo de pessoa que, vez por outra, gosta de mudar a decoração? Um biombo pode ajudá-lo nesta tarefa. Eles são mutáveis e se adaptam a vários ambientes. Os biombos nasceram no antigo oriente, para protegerem do frio. Hoje são objetos de desejo, acessórios que decoram e dividem ambientes. Apesar da sua origem oriental, eles foram absorvidos pela cultura ocidental. Podem ser feitos dos mais diversos materiais, e em suas folhas podem vim estampadas até histórias de civilizações. Clássicos, rústicos, de tecidos, de madeira ou de fibras naturais, os biombos separam espaços sem perder a integração. O biombo na foto ao lado é uma peça antiga e clássica, dos anos 40. Era de uma família tradicional de Ribeirão Preto, e foi adquirido por uma loja em um leilão.
Jornal A Cidade - 09/04/2006 - Valeska Mateus