Renata Fávaro desejava mudar um pouco a sua casa, separar as salas de estar e jantar, que eram integradas no apartamento de três dormitórios. “Queria dividir o espaço, mas sem fechá-lo totalmente”, relembra. A solução surgiu com a proposta do decorador de colocar uma divisória em cortina. Renata, que era casada na época, comenta que o marido resistiu à idéia, mas acabou aprovando o resultado. “Ficou funcional e charmoso”, conclui.
O decorador Vinícius de Mello optou por uma cortina em tear nordestino, por ser vazado e dar uma sensação de leveza, deixando passar a luz da varanda. Além de ser rústica e combinar com o perfil da Renata.
Versatilidade
Para Mello, as divisórias são uma tendência na decoração, tanto em ambientes amplos quanto compactos, pois elas dão flexibilidade ao ambiente.
“Quanto menos rígido for o espaço, mais atual e mais bem aproveitado ele será”, comenta. O decorador explica ainda que o uso de divisórias favorece a circulação, a iluminação e a ventilação nos ambientes.
Amplos ou compactos
Nos apartamentos compactos, usar uma divisória pode solucionar o espaço e aumentar a funcionalidade. Uma parede rígida pode se tornar um impedimento, restringindo o uso e comprometendo a liberdade. Já as divisórias podem decorar, acomodar e guardar objetos. Vinícius cita o exemplo de uma divisória de madeira colocada em uma cozinha. De um lado a peça servia como nicho de potes de bolachas e do outro, abrigava um porta correspondências. Em espaços pequenos vãos inúteis podem ser transformados em divisórias funcionais. Já em locais amplos as divisórias integram os ambientes com a sensação de aconchego. As pessoas, apesar de separadas, conseguem se visualizar. Uma solução criativa e bonita, que vem sendo usada tanto em espaços residenciais, quanto comerciais.

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Opções variadas conforme o perfil de cada um

Com rodízios
Os rodízios hoje são peças coringa nas divisórias. Com os rodízios, elas apresentam uma flexibilidade maior e podem ser posicionadas de acordo com o uso e a ocasião.
Fixas
Na maioria das vezes é usado o gesso acartonado, o gesso convencional, a madeira ou vidro. “O vidro sendo muito utilizado, devido ao seu efeito de transparência. Ele pode ser semitranslúcido ou translúcido de acordo com o local. Uma excelente solução é mesclá-lo com madeira”, comenta o decorador Vinícius de Mello. Uma opção moderna e contemporânea.
Rústicas
As fibras naturais entram como principal matéria-prima. Málaca, Junco, Ratan, Palha de Buriti, Takê. Combinam perfeitamente com pessoas despojadas.
Painéis
Eles podem ser confeccionados em madeira, alumínio e tecidos. Geralmente feitos sob encomenda de acordo com o espaço em que será aplicado.
Cortinas
Na escolha do tecido é possível passear por vários países. Aqui entram as cortinas marroquinas, as indianas. Os Saris Orientais dão um toque especial ao ambiente. “No oriente eles são usados como vestimenta e no ocidente o Sari ganhou face de divisória” explica o decorador Vinícius. Ainda existem os móbiles de pedraria, em moda no momento.
Vegetais
Uma opção criativa para espaços abertos, áreas externas e de lazer. Eucaliptos, bambus e coqueirinhos podem formar uma cerca viva. Apesar de todas essas opções muitas pessoas, inicialmente, ainda resistem ao uso de divisórias em suas casas. Mas são conquistadas pela beleza, funcionalidade e praticidade do resultado.

OPÇÕES - Com tantas opções você pode escolher a divisória de acordo com o gosto pessoal o ambiente e o seu bolso. Dependendo do material, do tamanho e do designer da peça, elas podem variar de R$ 300 a R$ 6.000. Algumas encontradas em antiquários ou assinadas por artistas podem superar este valores. Para um ambiente despojado, a cortina de bambu com pedrarias é perfeita, como a da foto.

BIOMBOS - Você é o tipo de pessoa que, vez por outra, gosta de mudar a decoração? Um biombo pode ajudá-lo nesta tarefa. Eles são mutáveis e se adaptam a vários ambientes. Os biombos nasceram no antigo oriente, para protegerem do frio. Hoje são objetos de desejo, acessórios que decoram e dividem ambientes. Apesar da sua origem oriental, eles foram absorvidos pela cultura ocidental. Podem ser feitos dos mais diversos materiais, e em suas folhas podem vim estampadas até histórias de civilizações. Clássicos, rústicos, de tecidos, de madeira ou de fibras naturais, os biombos separam espaços sem perder a integração. O biombo na foto ao lado é uma peça antiga e clássica, dos anos 40. Era de uma família tradicional de Ribeirão Preto, e foi adquirido por uma loja em um leilão.

Jornal A Cidade - 09/04/2006 - Valeska Mateus