As soluções inteligentes, ao transformar a 2ª Tribuna do Jockey Club em 67 ambientes de um condomínio de luxo, refletindo os novos conceito do morar, marcam o diferencial desta edição do evento na capital. Além do conceito de sustentabilidade que está presente em cada um dos espaços.
Já na entrada, o arquiteto Francisco Cálio criou um lounge aproveitando a própria estrutura do prédio. A escada e o piso em madeira de demolição, em um ambiente que mescla simplicidade e beleza, móveis asiáticos e os tons sóbrios falam um pouco do que o visitante vai encontrar na Casa. No lounge, a simplicidade se funde à elegância.
Investindo no conceito de que as pessoas que moram nos grandes centros tentam se deslocar o menos possível e buscam trabalhar o mais perto de onde moram, a arquiteta Patrícia Martinez projetou o ‘Escritório do Condomínio’, que permite o uso individual e comum num mesmo espaço.
“Os volantes de diversos tipos de madeira servem para abrigar os pertences do escritório de cada pessoa. Já a grande mesa cria uma situação lounge que permite a socialização”, explica Patrícia. Uma sala de vídeoconferência garante atualidade ao ambiente de trabalho.
A antiga bilheteria de apostas foi transformada no ‘Bar do condomínio’. Garrafas pets recicladas foram a parede do bar.
“A sustentabilidade é o que mais batalhamos com os clientes”, comenta a arquiteta Brunete Fraccaroli.
O muro tombado virou a bancada que divide e, ao mesmo tempo integra, os dois ambientes: o bar jovem e o do charuto, em branco e preto. Tons que predominam em diversos ambientes da Casa como cozinhas, estúdios, banheiros e bares e até mesmo na brinquedoteca.

Detalhes artesanais
O toque artesanal tem presença marcante na Casa Cor 2007, sendo ponto-chave de alguns ambientes. No hall de Maurício Queiroz, a mesa ‘Bicho grilo’ em Corion, foi desenhada por ele e produzida pelo estúdio Vit. A peça possui altos e baixos relevos e a iluminação embutida.
No Wine Bar, a arquiteta Silvana Mattar buscou referências étnicas e artesanais. Na fachada uma renda produzida em granito preto faz menção aos muxarabis marraquinos e o lustre é uma escultura de fios de cobre e gotas de cristais austríacos.
“O projeto contempla o trabalho personalizado, com interferências de artesãos”, declara.

Prazer visual e sensorial
Tomar um café num ambiente todo projetado com materiais ecologicamente corretos ou deliciar-se numa tarde de outono num belo jardim são prazeres dos quais os visitantes podem desfrutar na Casa Cor. No Café do Relógio, da arquiteta Ana Lucia Siciliano o conceito de sustentabilidade está em cada detalhe. Materiais da reforma do próprio prédio foram usados para criar o aconchegante ambiente. O piso foi produzido em borracha de pneu reciclado e as mesas são de madeira certificada.
Os espaços de paisagismo são contemporâneos e atraentes seja a Praça Casa Cor de Gilberto Elkis, a Flamboyant, com grandes espelhos d’água, do arquiteto Alex Hanazaki ou a Praça do Restaurante, de Gigi Botelho. Lugares para um gostoso ‘pit stop’ dos visitantes.

Um estilo de morar
Funcionalidade e beleza talvez sejam as palavras que melhor traduzem os sete estúdios criados na Casa Cor deste ano. Este novo estilo de morar e viver, que ganha forma nos grandes centros urbanos e entre as pessoas mais antenadas com as tendências em arquitetura, é um dos destaques deste ano.
O Estúdio Rock, Love e Peace o branco reina com supremacia. A transparência das peças em acrílico trazem leveza ao estúdio. Peças de design e jogo de espelhos conferem modernidade e ampliam o ambiente. No estúdio da cobertura assinado pela arquiteta Fernanda Marques a madeira recobre as paredes. A escada é um convite à parte, toda branca e de design arrojado traz luminosidade e movimento ao espaço e abriga na sua parte inferior uma bancada de culinária. Numa das faces do espaço a paisagem de São Paulo reproduz a sensação de estar numa cobertura real. “Nosso grande desafio foi criar um ambiente em que todas as pessoas independente de sexo ou idade pudessem se identificar”, define Fernanda.