Complemento decorativo / Uso adequado da luz pode modificar ambientes; lâmpadas agem até na circulação sangüínea.

Estar em casa tem sido um hábito cada vez mais valorizado e cada vez mais agradável para quem divide seu dia entre o trabalho e outras atividades.

Nesse contexto, ganha importância o design de interiores, atualmente valorizado por inúmeras tecnologias, em destaque a luminotécnica. Iluminar um ambiente deixou de ser apenas um complemento e transformou-se em um dos itens mais essenciais para valorização dos espaços.

A designer de interiores Maitê Orsi, pós graduada em light design, explica: “não é possível conceber um projeto sem atenção especial e planejada para a iluminação, pois a luz oferece cores, sombras, nuances, enfatiza detalhes e cria cenas específicas para espaços de lazer, descanso, estudo, alimentação, trabalho. Podemos criar climas mais energéticos ou relaxantes e dar cor ao ambiente por meio da luz, tudo dependende do uso que se faz de um ambiente, ou quem vive ou trabalha nesse lugar.”

Em um dos trabalhos aplaudidos do escritório da designer, está o projeto luminotécnico com automação recriou o ambiente de uma suíte de hotel, em São Paulo, com cenas das quatro estações do ano.

A luz interfere nas pessoas e no ambiente. Segundo Maitê “somos regulados através da luz, com o nosso ritmo circadiano. Nossos hormônios e bioquímica são movidos ao ritmo do passar do dia. Com o advento da luz artificial, nos enriquecemos em possibilidades e é possível fazer muitas boas e belas iluminações, sem dizer que a luz é que nos permite ver.”

NOVOS PRODUTOS. A indústria oferece uma grande variedade de produtos considerando estética, performance e economia.

Por exemplo, as lâmpadas fluorescentes com LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz), que têm um gerador de íons negativos e agem na corrente sanguínea acelerando a oxigenação de células e tecidos. Outras novidades são a lâmpada que apresenta iluminação semelhante à luz do sol e as fluorescentes com luz em tom amarelado.

Apesar de muito econômicas, as lâmpadas fluorescentes ainda são um problema no Brasil, que não possui uma política pública para o seu descarte devido ao mercúrio usado em sua composição, que pode agredir o meio ambiente se não houver destinação adequada.

Jornal Gazeta de Ribeirão - 28/09/08