O índice de reajuste médio dos aluguéis na cidade de São Paulo, acumulado nos últimos 12 meses terminados em agosto foi de 5%, abaixo dos de inflação registrados pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ou pelo IGP-M (Índice Geral de Preço do Mercado), que tiveram variação de 13% e 22%, respectivamente.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Valores de Locação Residencial, do Secovi-SP (sindicato de construtoras e imobiliárias), que registro, em agosto, aumento de 0,4% nos valores dos aluguéis de casas e apartamentos em relação a julho.

O estudo constatou que a maior alta foi nas casas e nos apartamentos de até dois dormitórios (0,5%). A maior queda aconteceu entre as unidades de três dormitórios (1%).

Para 37% das 155 empresas entrevistadas pelo Secovi-SP, caiu o número de imóveis locados no mês passado, enquanto que para 35% delas, o volume de unidades manteve-se estabilizado. As casas tiveram pior desempenho, com 41% de diminuição; a queda para o segmento de apartamentos foi de 34%.

"A queda de desempenho deve ter sido influenciada pela diminuição no volume locado de casas, pois a maioria dos entrevistados afirmou que houve retração nesse segmento", analisa o vice-presidente de Locação do Secovi, Sérgio Luiz Abrantes Lembi.

Segundo ele, "isso deve ser creditado, principalmente, ao estado de conservação dos imóveis, que costuma ser pior para casas que para apartamentos", disse Lembi.

De acordo com o levantamento, a resposta mais frequente das imobiliárias para o produto apartamentos foi a de que o volume alugado desse tipo de imóvel foi semelhante em agosto ao de julho.

Em relação à oferta de unidades em prédios, 56% dos entrevistados responderam que a quantidade disponível de moradias vagas permaneceu no mesmo nível no período anteriormente pesquisado.