Negócio mais rentável do grupo Gafisa, que teve prejuízo de R$ 945 milhões no ano passado, a Alphaville Urbanismo trabalha em um projeto de expansão agressivo.
São 80 empreendimentos em desenvolvimento e três lançamentos previstos para este semestre. Cada um demanda aporte de R$ 50 milhões em média.
Até junho, a empresa anunciará condomínios em Teresina e Belo Horizonte, além da segunda etapa do empreendimento de Brasília.
Os três projetos seguem linhas diferentes de produtos da empresa.
Em Teresina, o residencial é voltado para a classe média. Terá mil lotes com cerca de 300 m2 cada um e preços a partir de R$ 80 mil.
Esse modelo econômico, que hoje corresponde a 25% do total dos produtos, deve alavancar o crescimento da empresa. "Em dois ou três anos, atingirá 40%", diz Marcelo Willer, diretor-executivo.
O projeto de Brasília envolve a construção de 15 condomínios e R$ 1 bilhão em investimentos. Pronto, deve ser ocupado por 200 mil pessoas e terá o dobro do tamanho do de São Paulo.
"É quase uma nova cidade", diz Fábio Valle, da empresa.
Empreendimentos similares, mas de menor porte, com capacidade para até 50 mil moradores, serão lançados em Fortaleza e Natal. Um terceiro está em andamento em Recife.
O projeto de Belo Horizonte, que consumirá R$ 90 milhões, segue o padrão original da Alphaville, com terrenos de cerca de R$ 250 mil.