Imóveis sempre foram uma opção de investimento tanto no Brasil como em todo país que busca o regime capitalista.
Mas, há imóveis e imóveis. Até recentemente, investir em apartamento era uma boa opção. Apartamento e todo imóvel sobre o qual incida a taxa denominada de condomínio. Claro que há apartamentos que ainda representam excelente alternativa de investimento, de aplicação de capitais. Mas é preciso atentar para o que se segue.
Se o investimento em imóveis sobre os quais incide taxa de condomínio for para uso próprio, a escolha pode estar correta. Inclusive na maioria das vezes, está. A pessoa, digamos, optou por imóvel com fins não residenciais para, ali, instalar uma unidade produtiva, uma empresa. No caso, terá rendimentos – pelo menos deduz-se e espera-se – para inclusive efetuar o pagamento extra do condomínio. E se optou por imóvel residencial, sobre o qual também incide esta taxa, certamente fez a opção em busca de conforto, tranqüilidade, segurança. Aí está perfeito, correto.
Agora, se a escolha for para aplicação de capitais visando a rendimentos, então é preciso mais cautela no momento da aplicação.
Todos sabemos da crise que acomete – como nunca se viu – o mercado de locação. É conseqüência da crise econômica que atinge, sobretudo, as empresas muito pequenas (micro) e pequenas. Ora, com as empresas em crise, a locação residencial igualmente padece de insuficiência de procura. No tempo em que o apartamento ou o imóvel nas condições acima descritos ficar vago, não locado, evidente que o proprietário, além de não ter rendimentos, ainda terá uma despesa não desprezível de manutenção do imóvel, de IPTU e de condomínio.
Claro?

Antônio Vicente Golfeto