Há um ditado para quem quer vender um imóvel: o que os olhos do comprador veem, o bolso do vendedor sentirá.

"Muitas pessoas não se preocupam com a aparência do quintal, do portão, da pintura e, muitas vezes, do cheiro. A aparência faz muita diferença para a venda", diz a diretora comercial da Lello Imóveis, Roseli Hernandes.

Assim, não basta a estrutura estar em dia, com redes hidráulica e elétrica em boas condições, por exemplo. Aquela cor mais chamativa na parede da sala ou um banheiro bagunçado podem desvalorizar o patrimônio.

Para evitar esse tipo de problema, surgiu a técnica do "home staging", que consiste em encenar os ambientes da casa para causar boa impressão no possível comprador.

A despersonalização e o uso de objetos e cores neutras são exemplos de estratégias utilizadas. Algumas medidas são simples, como criar uma atmosfera agradável na hora de mostrar os cômodos.

Vale lançar mão de flores para enfeitar a casa e uma música calma de fundo, mas é preciso tomar cuidado com excessos. Esqueça, por exemplo, aquele disco de rock pesado. E nem todo mundo gosta de incenso.

"Pintei paredes, coloquei um vaso com flores e organizei tudo. Tirei as fotos da família, abri as portas e deixei um odor agradável", elenca a dentista Silvia Ribeiro, 42.

Ribeiro levou três meses para vender o imóvel em que morava. "Eu dei entrada em um apartamento novo e precisava vender o meu em pouco tempo. Descobri o 'home staging' em um programa de TV americano, comecei a pesquisar e fiz sozinha", comenta.

REFORMAS
Certos casos requerem pequenas reformas. "Contratei serviços de pintura e de troca de azulejos e de pisos", cita a líder de produção Valdete Pires, 48, que vendeu uma casa em Santo André (Grande São Paulo) em dois meses.

As técnicas do "home staging" podem reduzir o tempo da venda em até 78%, de acordo com a Resa (Associação de Encenação Imobiliária, na sigla em inglês).
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