Com a valorização do mercado, quem recorreu ao crédito habitacional para comprar seu imóvel financiou, em média, 71% do valor da casa própria. O aumento da demanda por imóveis, impulsionado pela melhora da economia brasileira, tem reflexo nos preços das unidades habitacionais.
Levantamento da Caixa Econômica Federal mostra que o valor médio financiado hoje ficou em R$ 80,5 mil - 223,29% acima da média registrada em 2002, de R$ 24,9 mil. Já o valor médio de cada prestação acertada com a Caixa é de R$ 406,75.
O coordenador do curso de pós-graduação em negócios imobiliários da Faap, Ricardo Almeida, destaca que o mercado atual é completamente diferente de 2002, quando não existiam as facilidades e planos de financiamento. As altas taxas de juros cobradas não se encaixavam no orçamento da população de baixa renda.
Segundo Almeida, o mercado imobiliário começou a se valorizar mais fortemente há cerca de seis anos. Na comparação do valor médio de avaliação dos imóveis de 2002 com 2010, a alta foi de 230,5%. “O Brasil ficou mais forte e o mercado reagiu automaticamente. Só a crise econômica de 2008 deu uma esfriada”, afirma.
O grande impulso foi o programa do governo “Minha Casa, Minha Vida” voltado para famílias com renda de até R$ 4,9 mil. “O programa mexeu com toda a indústria, não só da construção civil, mas da linha branca e moveleira, por exemplo. O plano fortaleceu o mercado com subsídios e juros mais baixos, e trouxe um novo público que não era comprador”, afirma Almeida.
Além do programa do governo federal, o economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Celso Petrucci, também destaca a queda das taxas de juros, maiores prazos e a maior facilidade para a comprovação de renda como fatores que ajudaram o mercado a evoluir.
O economista do Secovi não vê como preocupante o financiamento de 71% do valor do imóvel. A explicação está na estabilidade da taxa de inadimplência em 1,5% desde o começo do ano.
Na avaliação do gerente regional de Habitação da Caixa, Nédio Henrique Rosselli Filho, as pessoas estão perdendo o medo do financiamento. “O aumento do crédito e menores taxas de juros facilitam a compra da casa própria, além do processo de comprovação de renda ser menos burocrático”, completa.
Brasileiro financia 71% do valor da casa própria
Com a valorização do mercado, quem recorreu ao crédito habitacional para comprar seu imóvel financiou, em média, 71% do valor da casa própria. O aumento da demanda por imóveis, impulsionado pela melhora da economia brasileira, tem reflexo nos preços das unidades habitacionais.
Levantamento da Caixa Econômica Federal mostra que o valor médio financiado hoje ficou em R$ 80,5 mil - 223,29% acima da média registrada em 2002, de R$ 24,9 mil. Já o valor médio de cada prestação acertada com a Caixa é de R$ 406,75.
O coordenador do curso de pós-graduação em negócios imobiliários da Faap, Ricardo Almeida, destaca que o mercado atual é completamente diferente de 2002, quando não existiam as facilidades e planos de financiamento. As altas taxas de juros cobradas não se encaixavam no orçamento da população de baixa renda.
Segundo Almeida, o mercado imobiliário começou a se valorizar mais fortemente há cerca de seis anos. Na comparação do valor médio de avaliação dos imóveis de 2002 com 2010, a alta foi de 230,5%. “O Brasil ficou mais forte e o mercado reagiu automaticamente. Só a crise econômica de 2008 deu uma esfriada”, afirma.
O grande impulso foi o programa do governo “Minha Casa, Minha Vida” voltado para famílias com renda de até R$ 4,9 mil. “O programa mexeu com toda a indústria, não só da construção civil, mas da linha branca e moveleira, por exemplo. O plano fortaleceu o mercado com subsídios e juros mais baixos, e trouxe um novo público que não era comprador”, afirma Almeida.
Além do programa do governo federal, o economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Celso Petrucci, também destaca a queda das taxas de juros, maiores prazos e a maior facilidade para a comprovação de renda como fatores que ajudaram o mercado a evoluir.
O economista do Secovi não vê como preocupante o financiamento de 71% do valor do imóvel. A explicação está na estabilidade da taxa de inadimplência em 1,5% desde o começo do ano.
Na avaliação do gerente regional de Habitação da Caixa, Nédio Henrique Rosselli Filho, as pessoas estão perdendo o medo do financiamento. “O aumento do crédito e menores taxas de juros facilitam a compra da casa própria, além do processo de comprovação de renda ser menos burocrático”, completa.
Os trabalhadores sem carteira assinada podem comprovar renda por meio de extratos bancários, contratos de aluguel e mensalidade escolar, por exemplo. “Por meio desses documentos, a Caixa avalia quanto a pessoa pode pagar”, diz o gerente regional.
Os trabalhadores sem carteira assinada podem comprovar renda por meio de extratos bancários, contratos de aluguel e mensalidade escolar, por exemplo. “Por meio desses documentos, a Caixa avalia quanto a pessoa pode pagar”, diz o gerente regional.