Custo de vida IGP-M teve uma queda de 0,27% na segunda leitura de julho, diz a Fundação Getulio Vargas. 

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel, teve queda de 0,27% na segunda leitura de julho, conforme informações divulgadas ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo do observado no mesmo período do mês anterior, quando houve leve alta de 0,07 %. No ano, o índice acumula queda de 1,51% e nos últimos 12 meses, de 0,51%.

O movimento foi influenciado pelos preços por atacado, cuja taxa ficou em -0,56%, caindo mais do que um mês antes, quando registrou -0,21%. Os bens finais passaram de 0,28% para -0,03%, com a contribuição de alimentos in natura (de -0,89% para –4,57%). Os bens intermediários tiveram queda menos forte (de -0,98% para -0,80%), puxados por materiais e componentes para a manufatura (de -0,88% para -0,15%). As matérias-primas brutas reverteram a leve alta do mês passado (0,38%) registrando queda de 0,93% neste levantamento, com influência da soja (de 1,80% para -1,67%), do café (de 3,29% para -5,25%) e da laranja (de 3,19% para -13,18%).

IPC. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,15% para 0,25%. Ficaram mais caros os alimentos (de –0,36% para 0,33%), com destaque para frutas (de –6,33% para –0,02%), arroz e feijão (de –2,83% para –0,22%) e adoçantes (de –2,06% para 4,10%); e transportes (de –0,03% para 0,02%), com a contribuição de álcool combustível (de –3,44% para –2,01%).

Os índices relativos aos demais grupos tiveram queda entre os dois levantamentos: despesas diversas (de 1,36% para 0,18%), saúde e cuidados pessoais (de 0,40% para 0,27%), educação, leitura e recreação (de 0,07% para –0,02%), vestuário (de 0,79% para 0,71%) e habitação (de 0,35% para 0,29%).

EM QUEDA

-1,51% É o índice do IGP-M acumulado no ano.

Copom vai definir taxa de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne hoje para discutir a possível manutenção da política de redução da taxa básica de juros (Selic), que neste ano já cedeu 4,5 pontos percentuais, caindo de 13,75% para os atuais 9,25% ao ano. Os analistas financeiros acreditam em mais afrouxamento da política monetária, só que em ritmo mais reduzido em relação aos cortes das quatro últimas reuniões: três de 1 ponto percentual e uma de 1,5 ponto percentual. O economista-chefe do Banco Schahin, Sílvio Campos Neto, diz que “existe uma aposta praticamente unânime” de que a redução desta vez será de meio ponto, com a Selic caindo para 8,75%. Segundo ele, há percepção no mercado financeiro de que o anúncio a ser feito amanhã à noite traga a última redução do ciclo atual de quedas da taxa Selic. (ABr)