Para imóveis dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), taxas caem para 9% ao ano e valem para contratos assinados a partir de 4 de maio. 

BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal reduziu as taxas de juros do crédito imobiliário em até 21%, informou nesta quarta-feira, 25,  o banco estatal.

Para imóveis dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), os juros hoje são de 10% ao ano para o público geral e 8,9% ao ano para cliente com relacionamento (cliente do banco). Essas taxas caem agora para 9% e 8,4% ao ano, respectivamente. Haverá ainda taxa de 7,9% para cliente que recebe salário no banco.

Para imóveis fora do SFH, os juros hoje são de 11% ao ano para o público geral e 10,5% ao ano para cliente com relacionamento. Essas taxas caem agora para 10% e 9,2% ao ano, respectivamente. Haverá ainda taxa de 9% para cliente que recebe salário no banco.

O vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, afirmou que a redução das taxas de juros do crédito imobiliário só vale para novos contratos, assinados a partir de 4 de maio. Financiamentos antigos não serão beneficiados.

Atualmente, a taxa média é de 7,5% ao ano nesses financiamentos, sendo 9,5% no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e 5,3% no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A Caixa não divulgou projeção para a nova taxa média. O valor médio do financiamento está hoje em R$ 99 mil.

Em relação a tarifas, Duarte disse que a Caixa deve rever os valores cobrados hoje. "Estamos sempre olhando a questão de preços dos nossos produtos, que já estão entre as menores. Estamos em processo contínuo de revisão disso. Pode cair com certeza", afirmou.

Crescimento do crédito imobiliário

Duarte afirmou que ainda tem espaço para crescimento do crédito imobiliário do País, que deve passar dos atuais 5,3% do PIB para 11% em 2014. Ele disse, no entanto, que o crescimento não se dará na mesma velocidade verificada em 2009 e 2010.

Disse ainda que o banco deve rever a projeção de emprestar R$ 90 bilhões neste ano, dado que, até o dia 20 de abril, já emprestou R$ 26,1 bilhões, 43% a mais do que no mesmo período do ano passado. "É uma previsão conservadora. Temos a sensação de que vamos ter de rever a projeção para este ano", afirmou.

Sobre a redução nas taxas de juros anunciadas hoje, Duarte afirmou que a inadimplência está próxima do nível atual, de 1,7%, desde julho de 2010, e que houve ganhos de eficiência e de escala nos últimos anos. Os atrasos estavam em 3% da carteira em julho de 2007. "Estamos nos valendo disso para compartilhar com o cliente parte desses ganhos."

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