Licenças de construção Prefeitura já autorizou mais obras em 2010 do que em todo o ano passado.
O aumento no número de licenciamentos de obras em Ribeirão Preto não é registrado apenas entre os condomínios. Na soma geral, já incluindo também outras modalidades de construções (casas em loteamentos, obras institucionais, entre outras), os dados da Secretaria de Planejamento e Gestão Pública mostram que em 2010, até outubro, o crescimento é de 9,2% em relação a todo o ano de 2009.

São 1,91 milhão de metros quadrados ante 1,75 milhão de metros quadrados licenciados no ano passado. Os dados podem ser conferidos no site da Prefeitura Municipal, que disponibiliza os resultados desde 2004. O volume deste ano só perde para 2008, quando foram registrados 2,4 milhões de metros quadrados, recorde da década.

Grande parte das obras autorizadas em 2010 deve ficar pronta em dois ou três anos. Mas neste ano, porém, a previsão é de que cerca de 6,8 mil unidades imobiliárias sejam inauguradas, conforme estudo do Painel do Mercado Imobiliário, divulgado pela consultoria Mercadotecnia. Essa previsão é com base no fechamento de dados do primeiro trimestre do ano de 2010, quando já havia superado todo o ano de 2009.

São imóveis licenciados nos últimos anos, que juntos representam um crescimento de entrega para 2010 três vezes maior em relação a 2009, quando foram entregues 1,9 mil unidades em Ribeirão Preto, conforme o Painel Imobiliário. O estudo aponta ainda que as inaugurações de 2010 deverão ser o dobro da previsão de 2011 (confira gráfico abaixo).

A pesquisa mostra também que entre 2007 e 2009 foram lançadas 13.947 unidades. Em termos de valores, é um mercado que projeta vendas totais de R$ 2 bilhões ao longo dos últimos três anos. Em 2009, o mercado absorveu a oferta média de 280 unidades verticais (apartamentos) ao mês.

"Este é um ano diferenciado para o setor, porque a maioria das entregas é referente aos lançamentos de 2008, quando houve o ‘boom’ do mercado imobiliário da década, antes da crise financeira mundial. Nestes dois anos, a economia brasileira conseguiu driblar a crise e a demanda fez o setor da construção civil continuar investindo. E os resultados podem ser vistos em vários pontos da cidade" , comenta a analista Giovana da Silveira Marques Pereira, da Mercadotecnia.

Na Capital, tendência é de queda

O lançamento de imóveis residenciais na cidade de São Paulo caiu 36,8%, em agosto sobre julho enquanto, no mesmo período, houve um crescimento de 17% nos novos empreendimentos que surgiram nos demais municípios da região metropolitana de São Paulo. Já as vendas tiveram diminuição ainda mais acentuada (48,4%) na capital e 11,5% na região metropolitana. Isso não significa que o setor tenha revertido o bom desempenho dos últimos anos, segundo o economista chefe do Sindicato de Habitação(Secovi), Celso Petrucci. "O mercado está saudável" , disse.

O economista observou que no acumulado de janeiro a agosto houve um aumento de 25,5% nos lançamentos ocorridos na cidade de São Paulo, correspondentes a 17.781 moradias, e uma alta nas vendas de 8,9%, totalizando 21.820 unidades.

O NÚMERO

9,2% Foi o crescimento das licenças dadas pela Prefeitura neste ano

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