foto: DIVULGAÇÃO Um imenso pano de vidro caracteriza a fachada da sede da Casa Cor Interior São Paulo. Para permitir a visualização dos espaços externos e garantir a privacidade dos ambientes, o vidro recebeu uma película. O conforto térmico e iluminação natural foram garantidos”, comenta Marco Castro, que assina o projeto com os sócios Gustavo Tavares e Luciano Baldo. Para Marco Castro, é um material versátil. “Possui uma grande diversidade, de cores e padrões, que nem sempre pode ser reproduzida somente com o vidro”, comenta Castro. Segundo o arquiteto, além do tratamento de bloqueio de raios ultravioletas e de calor, a película possibilita um ganho de produtividade do ambiente. Ela agrega ao vidro valores como conforto, privacidade e decoração. “O vidro funciona como uma estufa. A película permite a entrada da claridade sem o ganho de calor. Serve como isolante térmico”, avalia Castro. Por isso, além de valorizar o ambiente a película pode diminuir o gasto com climatização. “Nas películas de controle solar há rejeição de energia solar em até 79% e o bloqueio de raios ultravioletas pode chegar a 99,9%”, afirma Luciano Arruda, gerente regional da Solutia. Em residências, as películas cumprem também a propriedade de proteção, auxiliam na conservação de móveis em ambientes com panos de vidro. “A incidência excessiva de raios solares provoca um desgaste nos móveis. Com o tempo os tecidos começam a amarelar e os tons dos materiais naturais se modificam”, fala o arquiteto. Para Castro o uso de película se adequa perfeitamente às salas de jantar, aos livings, a uma home teather, às fachadas e em detalhes decorativos. As películas espelhadas são muito usadas em espaços que se deseja manter a privacidade. “A pessoa tem o conforto de visualizar o jardim sem estar sendo visto”, explica o arquiteto. Em outras situações, ela desempenha a função de segurança, porque em caso de acidentes o vidro não estilhaça. Mas o arquiteto comenta que a utilização da película na arquitetura ainda está um pouco restrita a projetos modernos e contemporâneos. “Numa casa em estilo neoclássico ou romântico não cabem determinadas películas de efeito decorativo”, analisa Costa. Antes conhecidas apenas no setor automotivo, o uso da película na arquitetura surgiu em fachadas de vidro, inicialmente em edifícios comerciais, explorando a claridade natural. Segundo o arquiteto, o conhecido ‘insulfilme’ foi testado para solucionar os problemas das fachadas envidraçadas, como aquecimento excessivo do interior do ambiente. “Elas tiveram a mesma origem das películas de carro. Como foram ganhando espaço na arquitetura, a indústria passou a desenvolver produtos específicos para o setor da construção civil”, conta Castro. Para o arquiteto, a flexibilidade do material permite mudanças sem o inconveniente de grandes reformas. Ela permite constates alterações no projeto, condizente com o dinamismo da vida moderna. “Você pode decorar um espelho ou mudar o tom de um boxe, por exemplo, num apartamento alugado”, comenta Castro. A película possibilita alterar características das obras ou amenizar falhas na execução. “ É uma altenativa para evitar a substituição de um vidro, que depois de instalado, não cumpriu de forma satisfatória a entrada de calor ou luz no ambiente”, fala Arruda. No caso de um imóvel comercial para locação, o uso da película pode adequar à fachada ao padrão da nova empresa. “Há uma tendência crescente do uso da película”, conclui Castro.
DETALHE Como um efeito decorativo
A arquiteta Lígia Olivi usa película nos seus projetos de arquitetura de interiores, como no quarto do bebê da Casa Cor Interior SP. Para criar um designer difenciado, o espelho do banheiro do bebê recebeu detalhes em película, produzindo um efeito decorativo. “Com a película espelhada e a verde pude criar uma composição inédita, trabalhando com bolas de tamanhos diferentes”, avalia Lígia. Ela afirma que em vidro o custo seria muito alto. Lígia comenta que a película é um material versátil e prático. “As decorativas apresentam várias possibilidades de criação”, fala. Segundo ela, na decoração os banheiros ganham um charme especial com o uso das películas coloridas nos boxes. Em janelas, as de controle solar podem até substituir persianas. “Conferem conforto, beleza e bem estar ao ambiente”, conclui Lígia. Para o diretor Arruda os arquitetos e decoradores encontraram nas películas a oportunidade de apresentar um designer personalizado aos clientes. “A partir de uma paleta de cores, padrões ou texturas é possível criar efeitos surpreendentes”, comenta Arruda. Mas o material exige manutenção e aplicação perfeita para que não apresente problemas. “É de extrema importância a contratação de uma empresa especializada na hora de aplicar a película’, ressalta o arquiteto Marco Castro. |