A Emgea (Empresa Gestora de Ativos) está estudando uma forma de resolver o problema do desequilíbrio financeiro de cerca de 200 mil mutuários que tiveram seus contratos assinados até 1994 --e que possuem diversos tipos de distorções, como saldo devedor superior ao valor do imóvel e prestações altas demais. A maioria desses mutuários, que tomaram empréstimos para a compra de imóveis na Caixa Econômica Federal, está em situação de inadimplência.

"Existem mutuários que são profissionais liberais e seus contratos de equivalência salarial são reajustados de acordo com o salário mínimo. Como o salário mínimo obteve ganhos reais, esses mutuários ficaram com prestações impagáveis", disse Gilton Pacheco, presidente da Emgea.

No entanto, o executivo disse que por enquanto a abertura de um plano de renegociação desses contratos está na esfera do planejamento. "Estamos estudando ainda a situação desses contratos. Qualquer decisão será tomada em outra esfera", disse.

A Emgea foi uma estatal criada em 2001 durante a reestruturação patrimonial da Caixa Econômica Federal. Na ocasião, a Caixa transferiu para a Emgea todos os contratos mobiliários tidos como desequilibrados financeiramente e de difícil recebimento.

Segundo Pacheco, os contratos que poderão ser beneficiados com um possível plano de renegociação são aqueles sem a cobertura do FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais).