A sirene que anunciava o fim do turno de trabalho nas antigas fábricas paulistanas, aposentada há anos, começa a dar lugar aos sons dos canteiros de obras.

Esse é o panorama em antigos distritos industriais, como Barra Funda, Ipiranga e Mooca, já que o Plano Diretor e a Lei de Zoneamento incentivam sua ocupação com empreendimentos maiores do que no resto da cidade.

Quando as indústrias migraram, deixaram um rastro de galpões abandonados. Hoje, a maioria deles está no perímetro das operações urbanas previstas pelo Plano Diretor.

Nessas áreas, que também oferecem espaços grandes e mais baratos, as construções podem ter até quatro vezes o tamanho do terreno, diferentemente do que ocorre na maioria dos lotes da cidade, onde a área dos edifícios é de duas vezes a metragem do lote.

Por enquanto, os distritos mais visados são a Mooca, que teve o maior crescimento (233%) em número de lançamentos residenciais, e a Barra Funda, onde o preço dos terrenos já começa a subir. No Ipiranga, o maior atrativo são as novas estações de metrô.