foto: Weber Sian/A CIDADE
O mercado imobiliário de Ribeirão Preto aposta no mês de julho para reaquecer as locações residenciais. As expectativas de crescimento de procura por imóveis para locação varia de 20% a 60%, dependendo da região de oferta dos imóveis.
O movimento é o segundo melhor do ano e só perde para os meses de janeiro, fevereiro e março. Muito embora nos dois períodos, o motivo seja o mesmo: a chegada de estudantes universitários recém-aprovados nos vestibulares que, no meio de ano, são em menor quantidade do que os realizados no início do ano.
Segundo Antonio Maçonetto, diretor da Maçonetto Empreendimentos Imobiliários, os apartamentos do tipo quitinete e de um dormitório são os mais procurados. Ele tem à disposição do mercado, cerca de 50 imóveis para locação e acredita ter condições de atender à demanda.
Este ano, o aumento da procura em julho deve ser igual aos anos anteriores. “Deve ficar em 30% de crescimento de demanda”, afirma José Luiz Zanato, diretor de locação da Magna Imóveis. Segundo ele, a procura é em julho, mas os negócios se concretizam em agosto, mês que registra o reflexo de aumento dessa demanda. Entre quitinetes e apartamentos de um dormitório, a Magna oferece 30 imóveis para locação.
Para um semestre em que as locações se mantiveram estáveis, apresentando crescimento pequeno, mas contínuo todos os meses em casos específicos, como na Mundial Imóveis, a expectativa para o mês de julho são as mesmas dos anos anteriores, ou seja, crescimento de procura de 30 a 40%. “São na sua maioria estudantes que alugam imóveis, mas há também famílias e profissionais liberais”, afirma Roberto Alves Corrêa, diretor da imobiliária. Para atender a essa demanda, a Mundial possui cerca de 300 apartamentos disponíveis.
A média de locação, para apartamentos de um dormitório, varia entre R$ 300 e R$ 400, dependendo do lugar.
A San Marino, por exemplo, possui cerca de 20 apartamentos para locação voltados para o nicho de estudantes universitários. A maioria, de acordo com Valkiria Dominato, do departamento de locação, fica nas proximidades das universidades, como Unip e Unaerp.
“A localização do imóvel é tão importante para o estudante, quanto o preço do aluguel”, avalia. Segundo Maçonetto, a localização é um dos primeiros itens na hora de o estudante decidir pela locação do imóvel. Em segundo lugar, a facilidade de acesso e transporte, no caso de o estudante depender de ônibus.
“Os imóveis na região da Ribeirânea, Iguatemi, Jd. Irajá, Nova Aliança, Centro, por exemplo, são os mais procurados”, afirma Maçonetto. Ele diz que o estudante faz as contas do gasto médio mensal para saber se aluga sozinho ou se divide a conta com dois ou três colegas.
Nesse segmento, quase todos afirmam que a locação de casas é praticamente nenhuma. “A questão da segurança preocupa mais, mesmo que os estudantes aluguem um apartamento para montar uma república e encontrem certa resistência dos condomínios”, conclui Maçonetto.