A oferta de imóveis usados e as facilidades de crédito bancário contribuíram para os financiamentos imobiliários. No Interior os financiamentos predominaram em 58,54% das vendas realizadas no mês de agosto, de acordo com levantamento feito pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).

Segundo o delegado do Creci em Ribeirão Preto, Sinésio Donizeti Nunes Rodrigues, na cidade a tendência dos financiamentos não foi diferente do restante do Interior. “A maioria das vendas foram feitas com financiamentos. Hoje o valor que a pessoa pagaria de aluguel ela paga um financiamento de um imóvel”, disse.

A economista Rosalinda Pimentel afirmou que algumas facilidades como de crédito bancário possibilitam esse tipo de compra. “Há mais financiamentos pela facilidade de crédito, pela possibilidade maior de assumir a prestação de uma casa, além dos juros mais baixos e a oferta maior no mercado”, disse. O bancário Keith Tanaka optou por um financiamento e logo deve mudar para a casa nova. “Com o incentivo aos financiamentos ficou mais fácil. Sem financiar eu não teria condições de comprar o imóvel, por isso decidi aproveitar e comprar uma casa, que é sempre um bom investimento”, disse.

Tanaka investiu em um imóvel de R$ 80 mil, faixa de preço média do Interior onde foram registradas vendas de imóveis usados de até R$ 120 mil. Já na Capital esse índice de preço é maior: os imóveis usados de até R$ 180 mil foram os mais comercializados, apesar das vendas à vista terem predominado em 50,56% dos negócios fechados. Ribeirão Preto seguiu a tendência de preços da Capital, apesar do índice maior de financiamentos. “Os imóveis mais procurados da cidade foram os com valores de até R$ 180 mil, mas com financiamento”, disse Rodrigues.

Para a economista Rosalinda Pimentel, o índice maior de vendas à vista na Capital se deve a uma quantidade menor de vendas comparada às realizadas no Interior. “As oportunidades no Interior são maiores do que em grandes centros urbanos, além da possibilidade de capitalização que também é maior aqui”, disse

Vendas tiveram queda no mês

Mesmo com a possibilidade dos financiamentos, as vendas de imóveis usados caíram em agosto após dois meses de alta. As locações também acompanharam o ritmo de queda. No entanto, a expectativa é que o final do ano seja promissor para o mercado imobiliário. De acordo com o Creci-SP, foram vendidos 969 imóveis no período, o que fez o índice de vendas no Estado baixar de 0,7711 para 0,7269. A locação de imóveis residenciais também diminuiu em agosto. De acordo com o Creci, houve uma redução de 9,81% no número de imóveis locados no Estado na comparação com julho. As 1.333 imobiliárias pesquisadas pelo Creci-SP alugaram 2.589 casas e apartamentos em 33 cidades, o que fez o índice estadual de locação baixar de 2,1536 para 1,9422. Apesar das quedas, a expectativa é positiva para o mercado imobiliário no final do ano. “O mercado já está em ascensão novamente”, afirmou o delegado do Creci em Ribeirão Preto, Sinésio Donizeti Nunes Rodrigues. (LA)