O pagamento de horas extras e o consumo de água são os grandes vilões da taxa de condomínio paga pelo moradores de edifícios residenciais de São Paulo. É o que aponta um levantamento feito pela Lello Condomínios.

De acordo com o estudo, a análise das folhas de pagamento apontou que pelo menos 25% dos edifícios da região metropolitana gastam com horas extras mais do que se recorressem à contratação de folguistas.

"Normalmente o zelador, que tem o maior salário, acaba sendo escalado para cumprir a jornada de porteiros em folga, inflando a folha", explica o gerente administrativa da Lello Condomínios, José Maria Bamonde. Nesses prédios, segundo ele, o gasto com funcionários representa 60% do valor do condomínio, quando o ideal seria entre 45% e 50%.

Outro fator que incide diretamente no valor da taxa de condomínio é conta de fornecimento de água. Segundo a empresa, em alguns casos ela chega a representar até 15% do valor da quota condominial. "O aceitável é entre 9% e 11%", afirma o gerente.

Para Bamonde, isso acontece porque o consumo dos apartamentos é rateado entre todos os condôminos nos prédios em que não há medidores individuais, que são a maioria.

O levantamento foi feito com os condomínios que adotaram o Programa de Redução de Custos oferecido pela empresa, que administra 1.080 condomínios, sendo 90% residenciais, onde moram cerca de 270.000 pessoas e trabalham 7.000 funcionários.