A inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, teve variação de 0,88% na segunda prévia de fevereiro, ante alta de 0,63% no mesmo período do mês anterior. No acumulado dos últimos doze meses, a variação registrada foi de 11,18%, enquanto registra 1,68% no ano.

A prévia do IGP-M foi calculada com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) apresentou variação de 1,07%, no segundo decêndio de fevereiro. No mesmo período do mês anterior, a variação foi de 0,60%. A taxa de variação dos bens finais recuou de 0,25% para -0,24%. A maior contribuição para esta desaceleração teve origem no subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,40% para -1,90%.

A taxa de variação do grupo bens intermediários passou de 0,57%, em janeiro, para 0,87%, em fevereiro. O destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,63% para 0,94%.

O índice referente a matérias-primas brutas teve sua taxa de variação elevada de 1,03% para 2,86%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: minério de ferro (-1,48% para 5,37%), milho em grão (1,92% para 8,93%) e algodão em caroço (5,59% para 16,28%). Salomão Quadros, economista da FGV, lembra da importância do milho como ração animal, o que pode acarretar em elevação no preço do frango e da carne suína. "O mercado mundial de commodities está propício a aumentos", completa.

Em sentido oposto, destacam-se: aves (1,69% para -1,91%), soja (em grão) (1,14% para -0,32%) e leite in natura (2,77% para 0,33%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou variação de 0,54%, no segundo decêndio de fevereiro, ante 0,85%, no mesmo período do mês anterior. Três das sete classes de despesa componentes do índice registraram decréscimos em suas taxas de variação, com destaque para o grupo alimentação (1,33% para -0,07%). Nesta classe de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: frutas (2,07% para -2,42%), carnes bovinas (-0,35% para -2,54%) e hortaliças e legumes (7,41% para 4,48%).

Para Quadros, no curto prazo, o desempenho do grupo deve continuar "contrastando fortemente com o dado de janeiro".

Também registraram decréscimos em suas taxas de variação os grupos vestuário (0,59% para -0,45%) e saúde e cuidados pessoais (0,51% para 0,31%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos preços dos itens: roupas (0,68% para -0,62%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,69% para -0,19%), respectivamente.

Em sentido oposto, apresentaram avanços em suas taxas de variação os grupos: despesas diversas (0,72% para 1,49%), transportes (1,24% para 1,56%), habitação (0,23% para 0,48%) e educação, leitura e recreação (1,54% para 1,68%). Os itens que mais influenciaram a aceleração destas classes de despesa foram: cigarro (0,00% para 1,47%), tarifa de ônibus urbano (2,26% para 3,34%), aluguel residencial (0,16% para 1,05%) e cursos não formais (1,04% para 2,97%), respectivamente.

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) apresentou, no segundo decêndio de fevereiro, taxa de 0,42%. No segundo decêndio de janeiro, a taxa foi de 0,38%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,67%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,34%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou taxa de 0,17%, no segundo decêndio de fevereiro. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 0,43%.

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