Secretaria de Habitação planeja adotar novas tecnologias para construir casas ambientalmente sustentáveis. 
 
A Secretaria Estadual de Habitação planeja adotar, nos próximos anos, novas tecnologias e propor inovações nas construções de casas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para fazer com que as moradias sejam aliadas na preservação do meio ambiente.

Foi o que afirmou o secretário da Habitação e presidente da CDHU, Lair Krähenbühl, durante esta semana, quando participou do "Encontro Sobre Habitação Popular e Industrialização da Construção", promovido pelo Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), na capital paulista.

Krähenbühl expôs o plano habitacional do Governo do Estado na atual gestão e afirmou que a preocupação na elaboração de projetos de empreendimentos "de interesse social deve ir muito além da obra de edificação propriamente dita". Para ele, é preciso que os núcleos habitacionais sejam "ambientalmente sustentáveis".

O secretário destacou que, tanto em condomínios verticais quanto em loteamentos horizontais, os projetos não devem deixar de lado a implantação de praças e áreas de lazer, o plantio de hortas comunitárias, a arborização urbana, a preservação das espécies vegetais existentes e a destinação de áreas de compensação para reflorestamento.

O secretário destacou, ainda, que o Governo do Estado vai investir em novas tecnologias e inovações como estratégia para reduzir o consumo de água e energia elétrica nos núcleos populares. Entre elas, estão, por exemplo, a ampliação do uso de energia solar nas construções, principalmente nas regiões com alto índice de insolação, mecanismos para aproveitar a água das chuvas, utilização de gás no aquecimento de água e individualização na medição do consumo de água em empreendimentos verticais.

Sobre a energia solar, Krähenbühl declara que o principal objetivo é minimizar o impacto causado pelo chuveiro elétrico, um dos os equipamentos que mais incidem sobre o valor das contas de energia elétrica. "Com estas iniciativas, queremos contribuir para recuperar o meio ambiente", disse o secretário no encontro.

A preocupação ambiental tem aumentado sobretudo após a divulgação de relatórios da ONU (Organização das Nações Unidas), em janeiro deste ano, sobre a necessidade de implementar medidas urgentes para reduzir o consumo no planeta e evitar o desperdício de bens fundamentais à sobrevivência dos seres humanos, como água a energia. A ONU chamou a atenção, também, para a destruição de áreas verdes e o aquecimento da Terra causado pelas expansão das atividades industriais.

Em Ribeirão Preto, onde a CDHU está construindo unidades habitacionais numa área remanescente do Jardim João Rossi e prepara licitação para mais 704 residências em condomínio vertical na antiga Fazenda Baixadão, o gerente regional, Milton Leite, declara que, por enquanto, a única medida prevista, das apresentadas por Krähenbühl, é a individualização das medições de água.

"Os hidrômetros separados já fazem parte dos projetos há pelo menos cinco anos. Isso permite que cada morador controle a quantidade que gasta. E daqui pra frente, a tendência é que novas medidas de economia sejam implantadas. A Secretaria de Habitação está fazendo um levantamento das alternativas que existem no mercado e já autorizando sua implantando para alguns novos empreendimentos".

Segundo Leite, a CDHU ainda pode incluir novas tecnologias nas casas a serem erguidas na Fazenda Baixadão. "Pode ser que na hora da elaboração do projeto, o Estado decida implantá-las. É uma possibilidade", emenda.

IGOR SAVENHAGO 

Piramid Imóveis na cabeça dos Ribeirão-pretanos.