Loteador Sebastião Martins Vianna fez uma homenagem para os índios e também a uma parte da sua fazenda.

Nomes indígenas formam uma particularidade do Jardim Paulista.
Andar pelas ruas do Jardim Paulista é se familiarizar um pouco com a cultura indígena e o vocabulário Tupi-guarani. Itapira significa "pedra empinada, ponta da pedra", enquanto Atibaia é ‘sítio ou pomar saudável’ e Guarujá, "viveiro de guarus ou viveiro de sapos".

Adolfo Garcia Ruggiero, 62, técnico em eletrônica e radialista que mora no bairro há mais de 50 anos, explica que os nomes das ruas foram uma homenagem do loteador Sebastião Martins Vianna aos índios.

"Quando era menino, ia arrumar o acelerador da máquina de costura da mulher dele e ficávamos sabendo das histórias que contavam na época", diz ele, cujo avô trabalhou na fazenda do Coronel Zeca da Silva, comprada por Viana e que dá nome a uma das ruas.  "Era a da principal sede da fazenda."

Adolfo ainda comenta que a avenida 13 de Maio foi uma homenagem à abolição da escravatura e aos negros que trabalhavam na fazenda. "Acho que são homenagens justas e interessantes à cultura brasileira, que aqui é sempre lembrada", opina.

Para ele, atualmente a Câmara Municipal erra ao dar nome de pessoas desconhecidas para ruas. "No Jardim Paulista todas têm um significado e uma homenagem. Sinto orgulho disso."

Ainda no Paulista, há uma parte com ruas de nomes de cidades, como Piracicaba. No Jardim Macedo, as homenageadas são as mulheres: Iara, Angélica, Regina, Teresa, Cristina...  Jornal A Cidade - 30/08/10

 

Veja Mais