Habitação irregular Na ofensiva contra áreas invadidas, Fiscalização Geral derrubou ontem uma casa de alvenaria.
A Fiscalização Geral da Prefeitura Municipal derrubou ontem uma casa de alvenaria, construída na Avenida dos Andradas, além de um barraco no local. Na Avenida Cásper Líbero, uma área que foi alvo de três ocupações irregulares desde o ano passado começou a ser cercada depois de determinação do Ministério Público Estadual (MPE).

As operações contra invasões em áreas públicas foram intensificadas nessa semana. Na terça-feira, uma ofensiva anti-invasão formada pela Fiscalização, além da Guarda Civil Municipal e a Secretaria de Infraestrutura, derrubou 22 barracos em quatro áreas distintas —em uma delas, na Rua Guiana Francesa, na Vila Mariana, 14 barracos foram colocados no chão. A maioria deles pertence a usuários de entorpecentes.

A casa de alvenaria derrubada ontem foi doada pela Prefeitura ao antigo Centro Cultural José do Patrocínio. “A entidade acabou abandonando, e houve uma reintegração de posse”, afirmou Osvaldo Braga, chefe da Fiscalização. O departamento encontrou dois homens que passaram a morar no local, há pelo menos um ano. “Não tenho onde ficar. Mas a gente dá um jeito, não tem problema”, afirmou Auricelio Honorato, 34 anos. Duas áreas invadidas naquela região, de 13,6 mil metros quadrados e 52,7 metros quadrados, serão destinadas para a construção de apartamentos do programa Moradia Legal, de acordo com Braga.

CERCADO. Na Avenida Cásper Líbero, a Fiscalização retirou animais e um estábulo improvisado em uma área invadida. Há três dias, os fiscais retiraram estacas de madeira, que serviam como demarcações de lotes para futuras invasões.Por determinação do MPE, a Fiscalização está construindo uma cerca no local para delimitar a área antiga de invasão, onde há casas de alvenaria e quatro bares. Os responsáveis enfrentam um processo judicial. Com a construção da cerca, a Fiscalização e a Guarda Civil Municipal devem evitar novas invasões no local.

Cerca colocada em um dia

A expansão da favela na Avenida Cásper Líbero foi evitada pela Fiscalização Geral na última quarta-feira. “De um dia para o outro, o pessoal cercou e delimitou os locais de construção. Eles são muito rápidos”, afirmou Osvaldo Braga, chefe da Fiscalização. Segundo ele, em alguns casos, os lotes são vendidos a terceiros. “No Jardim Aeroporto soubemos que alguns lotes foram vendidos a R$ 500”, disse. Invasores do terreno alegaram, entretanto, que a área cercada seria usada para guardar carros dos moradores do bairro. Braga disse que há dez dias foram recolhidos sete caminhões de entulho, o que, na visão dele, seriam usados para construir casas. (GY)