Não vamos falar de transação informal de imóveis. Nada de contrato de gaveta. Vamos falar de compra e venda – apenas – mas que tenha produzido uma escritura com anotação em um dos dois cartórios de registro de imóveis de Ribeirão Preto.
O mercado formal de imóveis – rurais e urbanos – em Ribeirão Preto obedece à realidade brasileira. Nós optamos por imóveis para aplicar nossa poupança, nosso capital, nossas sobras de dinheiro porque o imóvel oferece mais segurança do que outras alternativas. Muito mais do que o mercado de ações, centrado na bolsa de valores e muito mais, também, do que o mercado financeiro.

Cardápio
O cardápio dos bancos está aí para confirmar o que estamos falando. Estamos diante de uma questão cultural. Além de cultural, o brasileiro prefere aplicar em imóveis porque o próprio empresário, somente agora, começa, ainda que muito timidamente, a abrir o capital de sua empresa.
Aplica-se ainda em imóvel não raro também por falta de boas alternativas.
Indo aos fatos.
Em 2005, a soma do valor de todas as escrituras lavradas e registradas nos dois cartórios de Ribeirão Preto atingiu o total de R$ 507 milhões. Em 2006, chegou a R$ 613,5 milhões, num crescimento de 21% em termos nominais em relação ao ano anterior. Muito acima da inflação, portanto.
A expectativa dos analistas de investimento é que neste ano de 2007 o mercado imobiliário de Ribeirão Preto venha apresentar uma expansão superior a 10% no valor das escrituras no cotejo com o valor total do ano passado. Portanto, vai chegar próximo de R$ 670 milhões. Este é o tamanho do mercado imobiliário de Ribeirão Preto. Mercado formal, é bom lembrar. Vamos repetir: mais de 300 milhões de dólares por ano. Convenhamos: é muito dinheiro, não é mesmo?

Valor médio
O valor médio da escritura registrada em Ribeirão Preto teve a seguinte alteração. Em 2005 foi de R$ 48 192,00. Em 2006 bateu em R$ 51 mil, esperando-se número superior a R$ 60 mil para este ano de 2007. Até julho, o valor médio da escritura chegou a 57 mil reais.
A expectativa para o mercado imobiliário é de subida. Ele vem acoplado à expansão da indústria da construção civil que, com financiamentos à disposição de empresas e de pessoas físicas, está retomando seu ritmo de crescimento de anos passados.
Muitos investidores de olho na zona sul. Mas – anotem – não apenas na zona sul. Empresas de fora estão de olho gordo neste filão.

ANTÔNIO VICENTE GOLFETO