O mercado imobiliário teve saldo positivo nas vendas e locações de imóveis usados na comparação dos meses de maio e junho de acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). No Interior, o índice de vendas aumentou 72,65%, o melhor desempenho do Estado. Já as locações tiveram um aumento de 28,31%.
Segundo o economista Ricardo Feijó, este crescimento está associado a expansão da taxa de crédito e a burocracia menor. O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, afirmou ainda que além destas facilidades, a redução da construção de imóveis novos também favoreceu o mercado dos usados. “Com isso, os imóveis usados aparecem mais e são mais comercializados”, disse.
Além do aumento nas vendas e locações deste segmento, algumas características dos imóveis mais procurados também se destacaram e o valor de compra e venda foi uma delas. Em Ribeirão Preto, as vendas da maioria deles foram realizadas por valores entre R$81 mil e R$100 mil.
Para Feijó, “os empréstimos para compras de até R$100 mil são mais fáceis. Além disso, é mais fácil vender imóveis com esse valor. E estes imóveis mais baratos também são vantajosos para quem vai investir em locação.” De acordo com a pesquisa, o valor médio dos imóveis locados no mês de junho foi de R$600. Em Ribeirão este índice foi um pouco maior, até R$800.
Outra particularidade do Interior em comparação aos outros pontos do Estado, foi a forma de pagamento das compras de usados. Diferente das vendas à vista que predominaram na capital, no ABCD e no litoral, no Interior os imóveis trocaram de mãos graças a financiamentos concedidos pela Caixa Econômica Federal e demais bancos privados e estatais.
Para Viana Neto, estas características do mercado devem se manter. No entanto, segundo ele, a tendência para os próximos meses é um mercado imobiliário mais estável.
Casa ainda é preferência
A pesquisa do Creci-SP ainda apontou que as casas predominaram tanto para quem optou pela compra quanto para quem escolheu pagar aluguel. Das vendas realizadas em Ribeirão 64,18% foram de casas. O funcionário público Anizor Vieira ajudou a engrossar estas estatísticas. A opção dele também foi por uma casa. “Possibilita mais qualidade de vida”, disse. Ele contou também que preferiu fazer negócio com um imóvel usado. “Pelo preço que estava bem mais acessível e pela localização”, afirmou.
Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, o momento ainda é bom para o mercado de usados e essa movimentação aquece ainda mais a economia. “Além do dinheiro que circula mais na sociedade, a venda de imóveis ainda aquece a industria de reformas”, disse. (LA)