O programa habitacional do governo, Minha Casa, Minha Vida, acabou estimulando uma legião de empreiteiros independentes, informam Sheila D'Amorim e Larissa Guimarães em reportagem na Folha deste sábado.

Nas estatísticas da Caixa, esses novos empreiteiros são classificados como "financiamentos a pessoas físicas", porque os construtores usam dinheiro próprio para tocar os projetos e quem se endivida no banco oficial são os compradores. Em nove meses, a quantidade de imóveis financiados pela Caixa nessa linha quase triplicou. Em março de 2010, eram 80.389 contratos. Em dezembro, 217.542.

Como os novos empreiteiros não tomam financiamentos na Caixa para construir, ficam livres de fiscalização durante as obras, mas também se beneficiam dos subsídios oficiais.

Parte deles, porém, não vem cumprindo os padrões exigidos nas demais linhas do programa. Resultado: meses após a entrega, as casas apresentam infiltração, mofo, alagamento e rachaduras.

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