"Estamos colocando tabelas para o que o programa tenha êxito em todos os níveis" diz Fortes.

São Paulo - O Ministro das Cidades, Marcio Fortes, afirmou hoje que as tabelas de preços das moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida" são adequadas e que os valores "serão levados adiante". "Estamos colocando tabelas para o que o programa tenha êxito em todos os níveis, seja em região metropolitana, cidade de porte médio ou de porte menor", afirmou Fortes.

Esta semana, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe, afirmou que o setor terá dificuldades para produzir, na cidade de São Paulo, as moradias destinadas à população com renda de até três salários mínimos em razão dos preços definidos pelo governo no programa federal de habitação.

Segundo portaria do Ministério das Cidades publicada esta semana, para municípios da Região Metropolitana de São Paulo, o valor máximo de aquisição da unidade será de R$ 52 mil para apartamentos e R$ 48 mil para casas. No país, os valores variam de R$ 37 mil a R$ 48 mil para casas e de R$ 41 mil a R$ 52 mil para apartamentos de municípios com população acima de 50 mil habitantes, conforme a região em que se encontram.

"Liberamos a portaria com os valores já colocados. Esses valores estão sendo atendidos em função do que foi discutido e levantado pela Caixa. São valores de mercado", disse Fortes. Ele acrescentou que parte dos projetos em análise na Caixa Econômica Federal (CEF) para moradias destinadas à faixa a partir de três salários mínimos serão ajustados em razão dos novos subsídios, decorrentes do programa. "Antes, uma moradia para famílias com renda de três salários mínimos tinha subsídio de ''''R$ 6 mil e pouco'''' e agora, tem subsídio de R$ 23 mil. Vai entrar muita gente no programa", afirmou o ministro das Cidades.