O setor imobiliário brasileiro vive um momento de euforia. A queda dos juros, o alongamento dos prazos de financiamento e a alteração na modalidade dos contratos de aquisição de imóveis vêm impulsionando o setor.

A atual fase positiva teve reflexos na Bolsa de Valores, com a valorização das ações da maioria das empresas de construção civil que abriram seu capital.

Embora o cenário seja muito diferente no setor imobiliário nos EUA, o que, junto com a alta do petróleo e dos alimentos, deve empurrar a maior economia do mundo para a recessão, no Brasil, segundo analistas, a realidade pode ser diferente.

A expectativa é que em 2008 os bons resultados de 2007 se repitam na construção civil, seja de imóveis residenciais sejam de imóveis comerciais.

Essa agitação do mercado imobiliário pode ser testemunhada em Ribeirão Preto, onde várias empresas, entre elas as maiores do setor no país, planejam lançamentos.

A Prefeitura já aprovou, em pouco mais de 12 meses, 28 projetos para construção de condomínios (18 verticais e 10 horizontais). A Zona Sul da cidade se tornou um verdadeiro canteiro de obras de moradias de médio e alto padrões. O metro quadrado ali saltou para R$ 1.300,00, o maior da cidade.

É muito provável que esse aquecimento na construção civil vá além de 2008 e permaneça nos próximos anos, pois muitos projetos ainda estão em andamento e sua implementação não ocorre em menos de cinco anos.

Mas a principal vantagem de o setor da construção civil estar em pleno valor é a geração de oportunidades de trabalho. Ontem, sexta-feira, o Sinduscon (Sindicato das Empresas de Construção Civil do Estado de São Paulo) teve uma iniciativa muito importante nesse sentido. A entidade sugeriu que o governo subsidie a construção de moradias para famílias de baixa renda para acabar com o déficit habitacional no país, estimado em 8 milhões unidades habitacionais. Se for acatada pelo governo, essa proposta representa não só mais empregos, mas também uma existência mais digna para os compradores.