Assim são alguns dos "condomínios aeronáuticos", residenciais que possuem pistas para aeronaves e que estão em ascendência no Brasil, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.

Grupos de aviadores criam pistas para aviação em condomínios
Com lançamento previsto para o começo de 2012, o Fly Villa Resort, condomínio aeronáutico da incorporadora MPA na região do lago de Furnas (MG), contará com 1,4 km de pista de pouso e decolagem para jatos.

Divulgação 
 
Projeto 3D do Fly Ville, em Governador Celso Ramos (SC), onde se pretende construir um hangar dentro do terreno

Terá também uma pista secundária, que interliga a pista principal ao terreno residencial.

Conhecida como taxiway, essa pista permite que a aeronave seja estacionada no terreno da casa.

O custo médio do lote é de R$ 2 milhões, sendo que eles medem em média 4 mil m² e o preço do m² é R$ 500.

Na cidade de Governador Celso Ramos (SC), está sendo construído o condomínio Fly Ville, que pretende oferecer duas possibilidades de estacionamento para as aeronaves, com 78 hangares separados das casas e 281 terrenos residenciais com espaço para construir uma "hangar-garagem".

Pessoas que têm a aviação como um hobby ou como uma necessidade de trabalho são os interessados em morar nesse tipo de condomínio, explica o gerente comercial da construtora Locks, Pedro Meller.

Outra explicação para o crescimento desses empreendimentos é que "o bom momento da economia brasileira elevou a comercialização de aeronaves particulares", observa o diretor da MPA, Alexandre Elias Penido.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), foram registradas 5.749 aeronaves privadas até setembro de 2011 - 438 a mais do que em 2010.

REGULAMENTAÇÃO

Um condomínio aeronáutico deve obedecer a condições mínimas de implantação para ser aprovado.

Segundo Meller, precisa ser regulamentado pela Anac, pela prefeitura da cidade e por órgãos relacionados à regulação do meio ambiente (secretarias estadual e municipal, além do Ibama).

O projeto do condomínio também deve ser submetido a uma audiência pública, na qual os moradores do município e qualquer ONG contra o desenvolvimento do empreendimento podem se manifestar.

Também é necessário que não haja vizinhos em uma área, no mínimo, 100 hectares, nem obstruções nas pontas da pista de pouso.

O tempo de aprovação pode passar de três anos, estima Meller.

No caso do condomínio Fly Ville, o projeto está em fase de análise pelo órgão estadual Fatma (Fundação do Meio Ambiente - SC) e pela Anac, segundo a prefeitura da cidade de Governador Celso Ramos (SC).

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