Carla Monique Bigatto

foto: F.L. Piton/A CIDADE
Depois de quase completa, a avenida de construções mais luxuosas de Ribeirão Preto deve continuar a crescer rumo à Zona Sul. Essa é a afirmação do empreendedor do primeiro edifício da João Fiusa, Paulo Tadeu Rivalta de Barros. O planejamento que deu origem à avenida João Fiusa, teve seu início em 1991. Nessa época foram projetados nichos que comportavam 24 edifícios. Hoje, 14 anos mais tarde, desses 24 edifícios, 20 já estão prontos e as construtoras buscam novos rumos para empreitadas.
Tadeu Rivalta de Barros, diretor da construtora Habiarte Barc define o novo vetor de crescimento de edifícios de altíssimo padrão em Ribeirão Preto como sendo a zona sul. “O crescimento da Fiusa agora deve acontecer em sua parte alta e seguir rumo a Bonfim Paulista”, afirma.
A construtora Habiarte Barc foi a responsável pela primeira construção do padrão na avenida, o edifício Village Quebéc. Para Tadeu, o segredo para que as construtoras sobrevivam ao grande número de construções é o planejamento estratégico adiantado. “O Village Quebec, por exemplo, entregue em 1997, começou a ser planejado em 1991”.

PLANEJAMENTO
Construtora preocupa-se com desenvolvimento urbano

A Habiarte Barc tem 20 anos de história. No começo era focada na construção de casas. Mais tarde voltou-se à construção de edifícios de alto padrão. Procurando já novos rumos de expansão o diretor da construtora, Paulo Tadeu Rivalta de Barros, criou o GDU (Grupo de Desenvolvimento Urbano), especificamente voltado ao planejamento e desenvolvimento racional de núcleos urbanos.
O GDU planejou bairros como o que hoje é sede da Avenida João Fiusa, no começo dos anos 90. “Desde essa época em que os terrenos da Fiusa eram de propriedade do colégio Santa Úrsula, começamos o planejamento de expansão da construtora e da avenida em si”, diz Tadeu.
A história da avenida e da construtora foi intimamente ligada nos anos seguintes. Em toda a Fiusa a Habiarte tem seis prédios construídos totalizando 322 unidades vendidas. Há mais um edifício em fase de conclusão, o edifício Atlanta, além da nova construção, o Mirante Morro do Ypê.
Embora com obras em andamento, o empreendedor já pensa no futuro. Cada empreendimento é planejado com no mínimo cinco anos de antecedência, Tadeu de Barros continua olhando para frente. Ele define a Habiarte Barc como sendo uma construtora experiente, mas ao mesmo tempo moderna e arrojada. “Seguimos as antigas receitas de sucesso, que só são adquiridas com a maturidade, mas sempre inovando, como em nosso novo empreendimento, o Mirante Morro do Ypê, que é diferente de todos os outros condomínios da região”.

FUTURO
Os próximos dez anos

Para Paulo Tadeu Rivalta de Barros, diretor da construtora Habiarte Barc, o planejamento para os próximos anos de expansão da Avenida João Fiusa já começou. O terreno localizado no ponto mais alto da avenida é o local escolhido para sediar o mais novo projeto da construtora.
O planejamento dessa obra começou em 1999, quando a Habiarte adquiriu o terreno utilizado na construção do condomínio Mirante Morro do Ypê. O empreendimento será composto por oito torres independentes dentro de um terreno distante da avenida.
Tadeu de Barros explica que o empreendimento será fundamentado sobre toda a experiência adquirida em quase vinte anos de João Fiusa. “Procuramos aqui eliminar eventuais desacertos que aconteceram na parte baixa da avenida”, explica.
Mirante
Morro do Ypê
O novo condomínio promete driblar inconvenientes como a forte incidência da luz solar e o barulho de carros em função do tráfego intenso. O gerente de vendas da construtora, Romeu Balardin, conta que o recuo da entrada do condomínio é de 80 metros, o que diminuirá significativamente a entrada do barulho no condomínio.
Para os empreendedores outro diferencial é o tamanho da área onde os edifícios serão construídos. A área total é de 42 mil metros quadrados. “Esse é um comparativo interessante. O nicho de prédios projetado para a Fiusa é de 80 mil metros quadrados e possui 24 edifícios. O Mirante do Ypê terá apenas oito edifícios em 42 mil metros quadrados”, afirma.
Tomando como experiência a forte incidência do sol nos outros edifícios da parte baixa da avenida a construtora aproveitou a liberdade permitida pela amplitude do terreno e projetou os edifícios de modo que o sol não incomode os moradores.
A previsão é de que o primeiro edifício do condomínio, o ‘Cidade de Petrópolis’ seja entregue em 2007. Aproximadamente 45% dos apartamentos disponíveis já foram vendidos (ainda na planta).
Segundo o gerente comercial da Habiarte Barc, as vendas foram efetuadas mais facilmente por causa da possibilidade de personalização na construção do imóvel. “Os proprietários podem escolher entre quatro dormitórios com duas suítes ou três suítes com sala de tv planejada. Mantivemos o mesmo padrão em todos os edifícios do condomínio”, explica Romeu.
A construtora investiu em outros elementos de diferenciação como a medição individual do consumo de água, eletricidade e gás (fonte de energia do aquecimento do edifício). Segundo Romeu essas modificações podem gerar economia de até 30% nos gastos e, por conseqüência, o valor do condomínio também cai. Outro atrativo do condomínio é a captação e armazenamento de água pluvial e sua utilização em áreas comuns aos moradores. A construtora foi pioneira ao adotar tal sistema em outro edifício, também da João Fiusa. “Além de evitar que o excesso de água provoque enchentes nas áreas baixas próximas ao bairro, ainda pode-se utilizar essa água para regar plantas ou lavar calçadas, por exemplo”, explica Romeu Balardin.
Perfil
O diretor da Habiarte, baseado em muitos anos de experiência na área da construção define o perfil de quem procura condomínios de padrão elevados como “pessoas que procuram maior segurança e menos trabalho com manutenção”.
Projetado para este perfil de consumo o edifício ‘Cidade de Petrópolis’ leva a assinatura do arquiteto Adolpho Lindenberg. O terreno do edifício, assim como os demais do condomínio, possui três mil metros quadrados.
Seria possível a construção de mais de um prédio nesse espaço. Ao invés disso a construtora procurou enfatizar a área de lazer, que possui três piscinas, sendo uma delas com raia semi-olímpica.
Tadeu também explica que essas pessoas são as que procuram outros diferenciais como a melhor vista do bairro, oferecida pelo Morro do Ypê. O terreno onde o condomínio está localizado está 35 metros acima do nível da avenida.
Isto equivale a um prédio de doze andares, o que faz com que o edifício já saia do chão com uma vista deslumbrante das imediações. “Durante a noite podem ser vistas até as luzes de outras cidades da região como Brodowski e Serrana. É muito bonito”, conta Tadeu