Rio de Janeiro - A fila de candidatos para aluguel de imóveis de um e dois quartos praticamente triplicou nos últimos dois anos na cidade de São Paulo. Essa fila é engrossada diariamente por estudantes de classe média (muitos vindos do interior), casais novos, funcionários transferidos e pessoas que estão começando a vida economicamente ativa, todos com renda suficiente para pagar entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil mensalmente de aluguel. Com essa demanda crescente, muitos chegam a esperar de dois a quatro meses para entrar no imóvel desejado.

“Para alugar um imóvel de um e dois quartos em boas condições e na localização desejada, tem que esperar. Não tem outro jeito - resume Roseli Hernandes, gerente de locação da Lello Imóveis, empresa que tem 13 filiais, com imóveis em todas as regiões da cidade.”

Como esses apartamentos estão escassos, Roseli tem oferecido como opção imóveis maiores (de três quartos), mas com uma adequação no preço, dependendo, claro, da sua localização. Segundo ela, a curto prazo, não existe solução para essa situação, já que as empresas pararam por um tempo de construir prédios para essa faixa de público e os existentes estão praticamente todos alugados.

“Muitos inquilinos, antes de mudar, já trazem um parente ou conhecido para transferir o contrato de locação para o nome dele, de modo que o imóvel nem chega a ser anunciado”, afirma Roseli.