Famílias que vivem há três anos em barracão devem ser levadas para conjunto habitacional.
Um projeto de desfavelamento da União por Moradia Popular de Sertãozinho e Região prevê a construção de 544 apartamentos pelo Programa Minha, Casa Minha Vida para mais de 300 famílias sem-teto.

Desse total, 194 ocupam há três anos um prédio do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e 82 vivem na favela da Vila Garcia. Serão beneficiadas ainda outras famílias em situação de extrema pobreza da cidade.

Para iniciar a construção das moradias neste ano, o movimento dos sem-teto assina na terça-feira contrato com a construtora, prefeitura e com a CEF (Caixa Econômica Federal). A prefeitura confirmou a doação de terreno ao lado do bairro Santa Rosa 2.

Sonho

Enquanto isso, a expectativa é grande entre as famílias, que sonham em ter um novo lar. A desempregada Adriana da Silva, de 32 anos, por exemplo, afirma que uma casa própria é sinônimo de dignidade.

"Estou com um barraco aqui no INSS há dois anos e quero um futuro melhor para os meus filhos. Não quero continuar assim", diz. Adriana tem três filhos e hoje sobrevive com uma renda de R$ 60 do Bolsa- Família e com o auxílio-doença pago pela Previdência para um dos filhos. Ela recebe ainda uma cesta básica da prefeitura de Sertãozinho.

Os sem-teto decidiram ocupar o prédio do INSS porque ele estava abandonado há 25 anos, desde quando um refinadora de açúcar deixou de operar no local. No passado, o imóvel pertencia a uma usina da região, que mantinha débitos com o instituto.

A doméstica Áurea Aparecida Gonçalves Lúcio, 60, diz contar os dias para a data da entrega da chave dos apartamentos, em 2012.

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