A construção de 2 milhões de moradias e consequente redução do déficit habitacional pode gerar 5,5 milhões de empregos no prazo de 5 anos. Nesse mesmo período, a arrecadação de impostos ganharia um incremento de R$ 5 bilhões.
Essa é a conclusão do estudo divulgado hoje pela consultoria Booz Allen Hamilton, que foi encomendado por 21 empresas do setor de material de construção, como Gerdau, Tigre e Votorantim Cimentos.
No entanto, para alcançar esses números, os fabricantes de material de construção pedem um conjunto de medidas para desenvolver o setor. As medidas vão desde ampliação de crédito para a baixa renda, capacitação da mão-de-obra da construção civil, adequação dos programas habitacionais para a realidade do país até a criação de uma cesta básica de materiais de construção.
Ao mesmo tempo, os fabricantes de materiais de construção preparam o lançamento de uma entidade de representação do setor.
Segundo a Booz Allen, o desenvolvimento da construção civil depende do reconhecimento da realidade do setor no país.
De acordo com o estudo, as construções auto-geridas (feitas por iniciativa do proprietário) respondem por 67% do mercado e o auto-financiamento (com recursos próprios) é utilizado em 92% dos casos. Os dois modelos juntos representam 62% de todo gasto em construção habitacional do país.