O ritmo de concessão de crédito imobiliário começa a dar sinais de desaceleração. Os bancos destinaram em R$ 315,05 milhões em agosto para as operações de financiamento habitacional, uma queda de 39,35% em relação a julho.
Essa redução nas contratações de crédito para a habitação acontece logo depois do CMN (Conselho Monetário Nacional) decidir elevar, no final de julho, para 50% a meta de expansão da concessão de crédito dos bancos para o segundo semestre. Esse percentual é superior às metas fixadas para os primeiro (30%) e segundo (45%) trimestres do ano.
Na comparação com agosto de 2004, entretanto, quando os empréstimos para a habitação totalizaram R$ 225,05 milhões, houve um aumento de 39,9% na concessão de crédito imobiliário.
No acumulado de janeiro a agosto houve uma ampliação de 57,73% na concessão de crédito para a habitação, que somou R$ 2,869 bilhões, segundo números da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Todas essas operações foram financiadas com recursos da caderneta de poupança, cujo saldo de agosto recuou 0,08% em relação a julho, passando para R$ 128,35 bilhões. Em relação a dezembro, o saldo da poupança evoluiu 1,18%.
Para atingir as metas de expansão do crédito do CMN, os bancos estão reformulando seus produtos e lançando linhas de crédito com taxas menores de juros ou com prazos maiores de pagamento. Entre as instituições que já reformaram suas linhas de crédito estão o HSBC, Nossa Caixa e Bradesco, por exemplo.
Unidades financiadas
Os recursos destinados para o crédito imobiliário financiaram 34.494 unidades habitacionais de janeiro a agosto deste ano, 3,23% a menos do que o volume financiado em igual período de 2004. Em agosto foram financiadas 3.798 unidades, uma queda de 31,85% frente a julho. Na comparação com agosto de 2004, houve um aumento de 8,79% no número de imóveis financiados com recursos da poupança.


Fabiana Futema
(Folhapress)