Para prefeita Dárcy Vera, só a revisão do acordo com a promotoria salvaria Leite Lopes. O superintendente do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Sérgio Augusto Camargo, admitiu nesta quarta-feira, durante reunião com a prefeita Dárcy Vera (DEM), que o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público em 2008, congelando o tamanho da pista, deve comprometer os potenciais investimentos do aeroporto.

O encontro durou pouco mais de uma hora e foi marcado pela cobrança da prefeita sobre a definição das medidas que estão sendo implementadas para agilizar o início das operações do transporte de carga internacional.

Camargo explicou que a Tead-Brasil, empresa que vai explorar o terminal internacional de cargas, está providenciando a documentação junto a Cetesb e, assim que as licenças estiverem prontas, o Daesp emitirá a ordem de serviço para o início da construção dos galpões.

Cobrança

A prefeita Dárcy Vera cobrou do superintendente do Daesp uma solução sobre a questão do TAC assinado com o Ministério Público e que impede a ampliação da pista. "A cidade não pode viver em cima da questão do TAC que vocês assinaram e engessou o aeroporto", disse Dárcy.

"É preciso que o Daesp volte a discutir esta questão com o Ministério Público, a cidade não pode ficar presa a isto", insistiu a prefeita.

Sérgio Camargo justificou que agora com a conclusão da curva de ruído o Daesp possui condições de renegociar com o Ministério Público a ampliação da pista.

Segundo ele a internacionalização do aeroporto e a exploração de cargas internacionais não estão relacionadas com a ampliação da pista. O que acontece, segundo Camargo é que o aeroporto fica limitado em sua capacidade e não tem como se expandir.

MP

O promotor regional do Meio Ambiente, Marcelo Goulart afirmou que não vai aceitar rever o TAC sobre a pista. "Na época, avisei que era um risco investir neste aeroporto", disse Goulart.