Os resultados do setor de locações em 2003 foram inferiores aos obtidos no ano passado, informou nesta quarta-feira o Secovi-SP (sindicato das construtoras e imobiliárias). No segmento de apartamentos, por exemplo, 49,6% das 153 imobiliárias consultadas declararam que alugaram bem menos que em 2002. Entre as casas, 38% das empresas registraram queda no volume de locações.
"O mercado de locação neste ano teve desempenho inferior ao de 2002, em função do desaquecimento da economia no primeiro semestre deste ano e do pequeno crescimento da atividade econômica nos últimos seis meses de 2003", analisa o vice-presidente de Locação do Secovi-SP, Sergio Luiz Abrantes Lembi.
Em compensação, a procura por imóveis para alugar esteve em ritmo frenético. A pesquisa do Secovi-SP informa que 60% das empresas indicaram que houve elevação na procura por casas e 50% delas disseram ter havido queda na busca por apartamentos.
Inadimplência
Segundo as imobiliárias, tanto a impontualidade e a inadimplência dos inquilinos das carteiras das empresas quanto a entrega de chaves de imóveis locados (rescisão de contratos) permaneceram nos mesmos patamares do ano anterior, demonstrando um maior diálogo entre as partes.
O tipo de imóvel com maior volume de oferta foi o de dois dormitórios (38% do total das carteiras das empresas). Já as unidades mais caras (com mais de três dormitórios) foram as menos procuradas. A maior demanda aconteceu por imóveis médios (até dois dormitórios, com valor de R$ 450).
Outro dado interessante é o número de dias que os imóveis demoram para ser alugados. As casas permaneceram fechadas em média por 43 dias (dez a mais do que em 2002) e os apartamentos, 55 dias (em 2002, foram 46 dias).
Para 2004, 63% das imobiliárias pesquisadas esperam melhores resultados e 25% acreditam em estabilidade. E a grande dificuldade do segmento continuará sendo a ficha corrida do pretendente a inquilino na Serasa e no SCPC.