Foram vendidas 163 unidades, em fevereiro deste ano, na cidade de São Paulo.
A venda de imóveis usados voltou a crescer em fevereiro deste ano e retornou ao patamar do período que antecedeu a crise econômica internacional. De acordo com os dados divulgados pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), foram vendidas 163 unidades no período na cidade de São Paulo, um aumento de 140,29% em relação a janeiro, quando foram negociados 63 imóveis. Foram consultadas 463 imobiliárias da capital para o levantamento.
"Acredito que as pessoas agora têm informação de que essa crise não é no mercado imobiliário nacional, e sim nos Estados Unidos. Também houve medidas para redução de juros e incentivar a compra, o que ajudou o setor imobiliário", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.
Outro ponto que, na opinião de Viana Neto, influenciou na retomada do mercado de usados foi a redução das propagandas dos imóveis novos, que competem diretamente com esse mercado. "Acredito que com todas as medidas para o aquecimento do mercado, esse será um ano bom para o comércio de imóveis", analisa.
No bairro do Tatuapé, por exemplo, a expectativa é de aumento das vendas. "Acredito que a alteração do limite para financiamento com uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que passou de R$ 350 mil para R$ 500 mil, deve movimentar o comércio no bairro", comenta Décio Morato, corretor da Tatuapé Imóveis, citando uma das medidas do pacote da habitação anunciado recentemente pelo governo.
Os imóveis mais vendidos na capital em fevereiro foram as unidades com valor superior a R$ 200 mil. Esses representaram 33,33% do total. Na análise por tipo de imóvel, a preferência foi por apartamentos, com 57,06% das vendas realizadas.
A maior parte dos negócios foi fechada à vista (60,58%), tendo os financiamentos (31,73%) na sequência, os consórcios (6,73%) e a venda a prazo realizada diretamente com o proprietário (0,96%). Na média geral, preço do metro quadrado também ficou menor 6,59% no período em relação ao mês anterior.

ALUGUEL - No segmento de locação, o número de negócios fechados cresceu 31,23% no mês de fevereiro na comparação com os resultados de janeiro, de acordo com a pesquisa. Foram 674 imóveis locados no período, sendo que 53,26% eram apartamentos.Segundo Viana Neto, a locação cresceu porque há mais imóveis para esse tipo de negócio na cidade de São Paulo. "Houve uma migração dos investidores financeiros para o mercado imobiliário, o que aumento a oferta de imóveis. Porém, o volume de unidades ainda é insuficiente para a demanda atual", comenta.Pela pesquisa do Creci-SP, a queda no valor da mensalidade de locação foi de 2,38% na comparação com o mês anterior, mas o presidente do conselho de corretores conta que os contratos estão sendo renovados com forte aumento. "Hoje, o investidor consegue receber mensalmente 1% do valor investido", afirma Viana Neto. Contudo, a previsão é de estabilidade nesse patamar. "Acima disso seria demais para quem aluga", diz.