O mercado imobiliário paulista sustentou em fevereiro o bom desempenho registrado no mês anterior. As vendas de imóveis usados cresceram 49,45% e o número de unidades residenciais alugadas foi 42,05% maior, segundo pesquisa feita pelo Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) do Estado de São Paulo divulgada nesta segunda-feira.

O crescimento das vendas foi marcado pela preferência dos compradores pelas casas (53,45%) em relação aos apartamentos. A maioria das vendas na capital foi feita à vista, representando 74,76% do total.

Os negócios fechados por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal aparecem em segundo lugar (20,39%), enquanto aqueles realizados com crédito imobiliário de outros bancos somaram 4,85%.

"O mercado parece seguir no embalo do crescimento da economia, que se mantém forte, mas tem o pé ainda manco porque o necessário suporte de crédito imobiliário para uma expansão sustentada das vendas a médio e longo prazo está praticamente dependente dos recursos da Caixa", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.

Locação

A locação cresceu nas quatro regiões pesquisadas em fevereiro, com destaque para o interior (74,39%). Os imóveis mais alugados no Estado foram os de valor mensal até R$ 800.

De acordo com o Creci-SP, alugaram-se mais apartamentos (52,24% do total) do que casas e o fiador foi dominante como garantidor dos contratos, principalmente no interior (89,07%).

A inadimplência em fevereiro nas imobiliárias pesquisadas ficou em 3,91% do total de clientes, inferior à registrada em janeiro (3,98%).

A pesquisa do Creci-SP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carl os, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Mongaguá e Itanhaém.

Folha Online - 10/05/10