Uma das principais preocupações de comerciantes e moradores é o risco de suas casas ou estabelecimentos serem assaltados. Para evitar o pior, e não depender somente da segurança pública, alguns optam por contratar serviços de proteção patrimonial e particular. De acordo com dados do Sindicato de Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo (Sesvesp), o Estado possui 136 empresas especializadas em segurança patrimonial, eletrônica e pessoal.
As empresas de segurança podem se diferenciar em alguns aspectos. Segundo o diretor da SL Segurança Privada, Roberto Leão, há uma grande diferença entre vigias e vigilantes. “Os vigilantes possuem porte de arma de fogo e podem intervir em situações de risco. O vigia apenas observa a movimentação, e caso precise, ele aciona a Policia Militar”, explica. Leão conta que os vigilantes passam por um treinamento de dois meses para possuir porte legal de arma. “Eles são preparados para não agir de forma irresponsável nas horas de tensão”, disse.
Além do vigilante, as empresas disponibilizam monitoramento por câmeras de segurança. “O vigilante sozinho não resolve nada. É preciso que ele tenha apoio da empresa. As câmeras protegem o estabelecimento e o vigilante”, afirmou o gerente comercial da SL Segurança Privada, Ronaldo Leão. Segundo ele, a Polícia Federal (PF) é o órgão responsável por regulamentar e vistoriar empresas de segurança. “É possível pesquisar a idoneidade da empresa pelo site da PF. Basta colocar o CNPJ no sistema. Caso ela não esteja registrada, é uma empresa clandestina”, afirmou.
Não são somente empresas de grande porte que contratam serviços de segurança patrimonial e privada. De acordo com Leão, pequenos comerciantes também têm buscado apoio. “Um dos principais casos de assalto acontece na hora de transporte de valores. A escolta armada é muito solicitada para evitar esse delito", afirmou. Artistas, políticos e gerentes de banco também procuram por segurança. “Aí já são vigilantes sem uniforme. O profissional acompanha a pessoa para onde ela for, assim garante a segurança do cliente”, contou o diretor.
Condomínios se adaptam
Os condomínios residenciais também costumam contratar serviços de segurança. A síndica do condomínio Ouro Verde, Magali Victal Garbeloti, conta que após uma situação de risco, os moradores decidiram instalar um circuito interno de câmeras. “Nós já tínhamos portaria 24h. Mas, quando tentaram assaltar uma casa vizinha ao condomínio, resolvemos nos proteger mais”, afirmou. Segundo Magali, uma mata rodeia o condomínio, o que facilitava a ação de bandidos. “Agora as câmeras vigiam toda essa área verde, além das outras que cercam o condomínio”, disse a síndica.
Segundo o gerente comercial da Sl Segurança Privada, Ronaldo Leão, as pessoas decidem procurar empresas de segurança após sofrem algum tipo de risco. “É nessa hora que as pessoas sentem a necessidade de estarem mais protegidas. Situações de assalto podem resultar em traumas que são irreversíveis”, afirmou. Leão conta que a maioria dos condomínios de Ribeirão Preto opta pelo vigia desarmado. “É preciso avaliar melhor. Um vigilante pode evitar uma situação no ato, enquanto o vigia terá que esperar o atendimento da Polícia”, disse. (MA)