Comprar um imóvel na planta pode significar preços mais baixos e melhores condições de pagamento. Segundo Fábio Rossi, diretor de marketing do sindicato do setor imobiliário Secovi-SP, o valor de venda de um imóvel pronto é bem superior e a diferença pode chegar a 20%. Mas é preciso analisar o empreendimento.
“Na planta o prazo de pagamento é maior e as parcelas não têm juros embutidos, apenas a correção pelo Índice Nacional de Construção Civil”, informa Rossi.
“O incentivo do preço é uma das principais vantagens de se comprar na planta”, comenta o gerente de vendas de uma imobiliária, Antônio Carlos Peixoto.
Foi justamente por conseguir uma negociação melhor que o empresário da área de comunicação social Daniel Navarro comprou em junho do ano passado sua casa, de 90 m², ainda na fase de lançamento de um condomínio fechado na zona Sul de RP.
“Os imóveis prontos estavam muito caros em relação ao que ofereciam. Fiz as contas levando em consideração o valor do aluguel que pago, e o do financiamento de uma casa pronta, e percebi que compensava”, conta.

Valorização
Na verdade, o que justifica essa diferença, segundo o gerente de vendas do Sistema Fácil, André Rafael, é que no preço na planta ainda não está agregado o lucro imobiliário, ou seja, a valorização que o imóvel tem na entrega das chaves. “Essa valorização que varia entre 25% e 30% pode ser sentida, em média, três meses após a entrega do empreendimento, quando as casas começam a ser revendidas”, explica.
Mas o percentual de valorização depende do empreendimento e da vendagem.
Apesar dessas vantagens, é preciso cuidados ao adquirir um imóvel na planta para não correr riscos, como o da construtora abortar o projeto no meio do empreendimento, como ocorreu no caso da Encol.
Segundo Peixoto, o comprador deve analisar a idoneidade da construtora e dar preferência às de capital aberto.
“Elas não dependem do montante de vendas para dar continuidade ao empreendimento e possuem acionistas na Bolsa que acompanham o investimento”, explica.
Além disso, a pessoa deve acompanhar o andamento da obra.
Para Rossi, este tipo de investimento é seguro, porque há leis que protegem o consumidor.
Para se garantir e minimizar os riscos, Navarro contratou um seguro de garantia imobiliário. “Paguei 1% sobre o valor do imóvel”, afirma.

Jornal A Cidade -25/11/07