Quando o assaltante saca uma arma, o que ele menos deseja é conversar. O mais provável é que esteja nervoso diante da vítima, exija obediência imediata e demonstre vontade de desaparecer rapidamente, antes de ser notado por eventuais testemunhas. O criminoso não costuma ter um grau razoável de instrução e muito menos bom senso. Pode estar embriagado ou drogado. Para piorar, é possível que deixe transparecer sentimentos que misturam revolta pela sua condição social, inveja e ao mesmo tempo a superioridade característica daqueles que empunham armas. Especialistas e policiais recomendam que jamais se deve reagir a um assalto. Mas apenas isso não basta para escapar com vida. Tentar conversar também envolve perigo. Você pode aumentar a irritação do ladrão e agravar o risco. Tentar fugir pode ser o que faltava para uma agressão ou um tiro. Além disso, gestos bruscos podem ser interpretados como uma tentativa de reação ou de fuga. Recomenda-se que todos os movimentos sejam lentos e avisados com antecedência. Você pode tentar memorizar o rosto de seu algoz, para depois tentar auxiliar no retrato falado. Mas tome o cuidado de não encará-lo diretamente. Numa situação como essa, não há o que fazer. Não tente bancar o herói. DICAS DE SOBREVIVÊNCIA Em hipótese alguma tente reagir Faça apenas o que o assaltante mandar Não conte com a ajuda de outras pessoas nessa hora Avise antes de fazer qualquer gesto e não faça movimentos bruscos Não espere ponderação e bom senso de um assaltante Tente memorizar a fisionomia para o retrato falado, mas procure não encarar o agressor Tente não demonstrar insegurança nem confiança excessiva Revista Veja