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Cássia dos Coqueiros cada dia menor

Nos últimos dez anos, Cássia perdeu 237 habitantes. O número de mortes já supera o de nascimentos. É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que existir em Cássia dos Coqueiros pai e mãe que não tenham ao menos um filho adulto vivendo fora. O normal, é a prole inteira sair em busca de emprego e estudo. Em razão disso e de uma longa estagnação comercial e industrial, a cidade diminuiu. Em 2000, Cássia tinha 2.871 habitantes. Em 2010, caiu para 2.634 - 217 moradores a menos. O número de natalidade e óbitos contribui para o enxugamento da população. Em 2010, segundo o IBGE, a cidade registrou 17 nascimentos e 20 mortes. Ao longo da década, o número de óbitos levou vantagem. Os jovens que ainda continuam em Cássia, fazem planos para alçar voos. Jéssica Dizaio, 20, estudante de fisioterapia em Batatais, trabalha na sorveteria da família e promete ir para longe assim que tiver condição. Breno Campos Viana, 10 anos, está no primeiro ano do ginásio. Quer ir para um lugar onde possa ter chance de jogar futebol. A faixa etária entre 10 a 14 anos, de absoluta dependência familiar, é a mais populosa, com 217 moradores. Já entre os jovens de 18 a 19 anos, apenas 99 continuam em Cássia. Na faixa de 20 a 24, são 181 moradores. A população acima de 40 anos é majoritária: são 1.099 no total. Veja Mais  

12 de dezembro de 2011

Construção civil será o grande destaque da economia em 2012

Parte do otimismo se deve aos reflexos do Programa Minha Casa, Minha Vida no mercado de imóveis destinados às classes média e baixa, além das obras da Copa de 2014, das Olimpíadas de 2016 e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) A crise internacional não está assustando a construção civil brasileira. Ao contrário, para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, há boas chances de o setor ser "o grande player" de 2012, com um crescimento projetado de 5,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor. Na cadeia, a expectativa é de crescimento ainda maior, entre 8,5% e 9%. "Não temos problemas de recursos, de regras e nem de modelos ou projetos. E o mercado imobiliário tem batido recorde atrás de recorde, com uma previsão de recursos superior a R$ 110 bilhões, contando com os da poupança e do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço]", disse Paulo Simão em almoço oferecido aos jornalistas especializados, em Brasília. Parte do otimismo se deve aos reflexos do Programa Minha Casa, Minha Vida no mercado de imóveis destinados às classes média e baixa, além das obras da Copa de 2014, das Olimpíadas de 2016 e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Nós somos um dos elementos da economia que ajudarão o país a não sofrer todos os efeitos negativos da crise", garantiu ele. Desde 2004, o setor vem registrando, de acordo com a Cbic, "incremento consistente em suas atividades, deixando para trás décadas de dificuldades". Em 2010, o PIB da construção registrou desempenho recorde, com crescimento de 11,6%. "Em 2011, nosso setor cresceu 4,8%. Trata-se de um crescimento extremamente importante, apesar de menor do que o registrado no ano anterior, porque 2010 representa uma base de comparação muito elevada", avaliou Simão. A situação pode ficar ainda melhor, caso se confirme a expectativa de entrada de capital estrangeiro na construção civil brasileira. "Ainda virão muitos recursos do exterior, porque esses investidores estão sem condições de investir nos outros mercados, principalmente no europeu. Isso é muito bom para nosso setor. E as medidas adotadas recentemente pelo governo favorecerão ainda mais esses investimentos [estrangeiros] em infraestrutura", acrescentou o presidente da Cbic, ao se referir às medidas que reduziram de 6% para zero a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações de estrangeiros em títulos privados (debêntures) de longo prazo, com prazos de vencimento superiores a quatro anos. Mas o representante das indústrias do setor não deixou de fazer críticas severas à falta de iniciativas para a área de saneamento. "Saneamento básico no Brasil é uma vergonha e não condiz com as pretensões de sermos a quinta maior economia do mundo. Apesar dos investimentos em saneamento nunca terem sido tão grandes e robustos, sua aplicação é praticamente zero. Não chega a 10%. Faltam projetos e planejamento estratégico que levem em conta [aspectos como a situação das] bacias hidrográficas, por exemplo. O reflexo disso pode ser visto até nas mortes das crianças. Todos sabem que esse tipo de investimento ameniza gastos com saúde pública". Veja Mais  

12 de dezembro de 2011

Giro conta que Alphaville terá muro e controle de entrada e outras novidades

Coluna também mostra que Hemocentro terá show voluntário nesta sexta; Lançamento de livro na terça também é destaque. O loteamento Alphaville de Ribeirão Preto, localizado ao lado da Rodovia SP-328, que liga a cidade ao distrito de Bonfim Paulista, será entregue até março de 2012, com muro e controle de entrada. A confirmação foi feita nesta quinta-feira (24) pelo gerente geral de obras da empresa, Marcos Henrique Lisboa, durante evento no Restaurante S.A para apresentação dos 80 lotes que ainda estão à venda.  (Clique na foto ao lado para ver mais) Infraestrutura "O muro foi construído dentro dos lotes privados e teremos apenas uma célula de segurança para controlar o acesso ao local", explicou Lisboa. No primeiro semestre do ano passado, durante a venda dos lotes, uma polêmica surgiu após o Ministério Público questionar a construção de muro bloqueando as ruas do local e a instalação de guarita, por se tratar de um loteamento. Tudo pronto No evento desta quinta, corretores e convidados conheceram os lotes que ainda estão disponíveis para comercialização. A infraestrutura está pronta para ser entregue. "A previsão de entrega era março, mas vamos antecipar", disse o gerente regional comercial, Diogo Milanesi. Jornal A Cidade - 25/11/11 Veja Mais  

12 de dezembro de 2011

Preço de casa de alto padrão despenca

Casas relativamente novas de alto padrão em bairros nobres da capital estão perdendo valor. A última pesquisa mensal do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), referente a setembro, mostra que o metro quadrado das casas de luxo com até sete anos vendidas na zona A – que, segundo a instituição, compreende 20 distritos nobres, incluindo Vila Nova Conceição, Morumbi, Alto de Pinheiros e Jardim Anália Franco – custa aproximadamente um quarto do que um ano antes. De setembro de 2010 ao mesmo mês de 2011, o metro quadrado passou de R$ 9.642 para R$ 2.640. “Na medida em que o interesse de compra diminui, o preço é o instrumento que se usa no mercado”, diz o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. No Morumbi, de acordo com o corretor de imóveis Roberto Simonsen, da imobiliária Maber, o metro quadrado de uma casa chega a R$ 2,5 mil, bem menos do que os cerca R$ 4,5 mil cobrados em condomínios verticais ou horizontais da região. “Há um problema de liquidez. Em vez de vender em um prazo médio de seis meses, pode demorar de três a cinco anos”, conta. Somente num trecho da RuaAdalivia de Toledo, no Real Parque, pelo menos seis imóveis estão disponíveis para venda. Para a diretora comercial da imobiliária Lello, Roseli Hernandes, a violência explica a fuga dos moradores. “No Morumbi, as casas de alto padrão estão vivendo um drama. As pessoas não se sentem seguras e saem.” Neste ano, os roubos à residência tornaram-se problema frequente no bairro. A delegada titular do Creci-SP no distrito da zona sul, Shirley Toledo de Oliveira Kanazawa, acredita que a desvalorização dos imóveis e o aumento da oferta para venda sejam provocados por diversos fatores e agravados pela onda de crimes. “São casas com mais de 30 anos e pessoas que, com a idade, passaram a ganhar menos. Também há a dificuldade se obter funcionários para a manutenção dos imóveis”, explica. Mais seguro. A queda de preços verificada no Morumbi não se repete, entretanto, em todas as regiões – mesmo as próximas. De acordo com Shirley, áreas como Jardim Guedala e Vitória Régia ainda atraem a classe A. “E tenho imóveis no Jardim Europa que custam R$ 10 mil por m².” Em Perdizes, a procura é por casas de vilas, segundo o corretor Hermenegildo Vicente, há 15 anos no mercado. “Com os preços exorbitantes, está difícil. Uma pessoa não consegue um imóvel desses por menos de R$ 800 mil.” O valor, de acordo com ele, é maior no Pacaembu, onde o metro quadrado custa em média R$ 5 mil. Segundo o diretor local da Brasil Brokers, Marcelo Senna, os destinos de ex-moradores das casas são os empreendimentos verticais, menores e com reforço na segurança. “A migração é para apartamentos ou para casas em condomínios fechados”, diz. Viana Neto acredita que os problemas de liquidez e evasão sejam passageiros: “Quando começa a haver ocorrência de assaltos, há dificuldade para a comercialização na região, mas não é irrevogável”. Sanados os problemas, o mercado consegue se recuperar, segundo ele: “Em seis meses, tudo volta ao normal”. Para Roseli Hernandes, apenas um boato é capaz de interferir na procura de imóveis, e o problema da violência atinge todas as regiões da cidade. Se a intenção é a de evitar erros na aquisição de um imóvel, ela recomenda pesquisa: “Procure uma imobiliária local e se informe”, diz. Veja Mais  

12 de dezembro de 2011

Saiba o que fazer quando chega o período do fim de contrato de aluguel

Pouco antes de sair para o trabalho, a gerente de atacado Juliana Leite foi supreendida pela ligação do proprietário de seu apartamento: o contrato de aluguel de 30 meses estava a um mês do vencimento, e após esse periodo ela deveria deixar o imóvel. Pânico. Apesar de saber que o documento estava prestes a expirar, quis a carioca confiar na sorte de que o locador poderia aumentar o seu período de moradia ali. Podia nada. Ser um bom inquilino já não é suficiente para a garantia desta segurança. Por isso, dizem especialistas, quem vive de aluguel pode tomar algumas precauções para não entrar neste tipo de desespero e ter que correr para encontrar um novo teto num período máximo de 30 dias. A primeira delas, adverte a advogada especialista em negócios imobiliários Fernanda Duarte, é se certificar se há no documento a cláusula que permite ao inquilino rescindir o contrato de forma amigável e sem cobrança de multas. “É uma medida importante, que permite ao locatário mudar de imóvel antes do fim do contrato. O mercado do Rio anda tão maluco que, apesar do fato de ser bom inquilino ainda pesar na decisão do locador, o bolso tem falado mais alto”,  explica a especialista. No contrato de Juliana, a cláusula que lhe dava esta liberdade estava no contrato, mas, como não pretendia sair do apartamento, preferiu deixar o proprietário se manifestar para tentar uma negociação. - Esperava que pudesse haver um reajuste de 20%. Mas ele praticamente dobrou o preço do apartamento (saiu de R$ 1.400 para R$ 2.600) Para não ter essa má surpresa, Fernanda recomenda ao inquilino que deseja continuar morando no mesmo apê que, seis meses antes do fim do contrato, faça uma pesquisa de preços de imóveis na região com a mesma tipologia e entre em contato com o proprietário para sugerir um aditamento, reajustando o valor do aluguel de acordo com o que foi pesquisado. “Assim, o inquilino garante mais 30 meses no imóvel e com uma possibilidade melhor de negociação de valores”,  acrescenta a advogada imobiliária. Apesar de o caso de Juliana não ter tido um bom desfecho, o vice-presidente de locações do Sindicato de Habitação do Rio (Secovi – Rio), Antonio Paulo Monnerat, ao contrário do que afirma a advogada imobiliária, diz que, atualmente, os proprietários estão mais abertos à negociação para manter o bom inquilino. Isso porque os preços já andam espantando pretendentes. “Eles não querem deixar o bom inquilino a não ser que pretendam vender o imóvel e residir nele”, explica. De toda forma, Monnerat faz algumas observações para manter o locatário prevenido, caso precise mudar de residência. “É importante ter em mãos toda a documentação necessária para alugar um imóvel. Algumas coisas podem ser feitas antes da aproximação do fim do contrato, como: atualização da certificação de imóvel do fiador, ter já separado o comprovante de renda, identidade, CPF. E analisar outros tipos de fiança, caso não haja fiador.” Para quem faz o perfil prevenido e organizado, pode separar uma pasta com toda essa documentação. Assim, terá mais chances de vencer a barreira do tempo e evitar o pânico ao fim do contrato de aluguel. Além disso, não passar pelo que Juliana Leite enfrentou: no dia que ela recebeu a notícia de que deveria sair do apê, passou o almoço inteiro ligando para amigos e corretores. E estava em seu primeiro dia no emprego novo. Veja Mais  

12 de dezembro de 2011

Preço do aluguel no litoral sobe até 47%

Apartamento de dois dormitórios chega a R$ 515 por dia, ante R$ 350 no mesmo período de 2010. Quem pretende passar o Réveillon no litoral paulista deve preparar o bolso porque os preços das locações subiram até 47%. É o caso de apartamento de dois dormitórios no litoral norte, cuja diária está em médios R$ 515, ante R$ 350 no ano passado. Os valores estão em pesquisa recém-divulgada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) do estado de São Paulo. O aumento de preços reflete a maior procura dos turistas pelo litoral, e não apenas para as praias da região norte, como as de Ubatuba e de São Sebastião, mas também para as do litoral sul. "É o efeito das reformas urbanísticas feitas nas orlas das praias [do sul] e do reforço na infraestrutura em geral", diz José Viana Neto, presidente do Crecisp. A diária mais cara para os feriadões deste ano é a das casas de 4 dormitórios no litoral norte (R$ 1,7 mil) e mais barata é de R$ 175, valor médio de locação diária de casas de dois cômodos no litoral central. Imobiliárias registram alta Imobiliárias de Ribeirão Preto que trabalham com locações no litoral paulista registram grande procura de turistas locais. "Já tive várias ligações de interessados para apartamento de dois dormitórios que oferecemos na praia de Enseada, no Guarujá", diz Antonio Carlos de Oliveira, diretor da imobiliária TWR, de Ribeirão Preto. Em média, a diária de um apartamento desses custa R$ 300. Veja Mais  

06 de dezembro de 2011

Prédios inacabados recebem Habite-se

Mesmo sem o fim das obras, construtoras conseguem documento nas prefeituras e podem reajustar parcelas. Entre os problemas, estão imóveis sem luz, elevadores que não funcionam e áreas com pouco acabamento. Compradores de imóveis iniciam um novo capítulo na batalha contra as construtoras, dessa vez por problemas envolvendo a concessão do alvará de conclusão de obra, o Habite-se. O documento cedido pelas prefeituras atesta que o imóvel está regular, tem o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros e indica o fim da obra. Em cinco casos aos quais a reportagem teve acesso, entretanto, compradores dizem que as empresas conseguiram o documento muito antes do término real dos imóveis. A Folha soube dos problemas envolvendo o Habite-se pelo Folhaleaks, canal criado pelo jornal para receber informações e documentos. Entre as reclamações estão falta de ligação oficial de luz, elevadores sem funcionar e acabamento pendente. As queixas são ainda mais numerosas porque as construtoras reajustam as parcelas do imóvel segundo o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) depois da obtenção do Habite-se, conforme prevê a maioria dos contratos. Isso pode dobrar o valor cobrado na construção, quando incide o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção). Problemas estruturais foram registrados por um engenheiro que comprou um imóvel de R$ 1,1 milhão construído pela Cyrela e pela Lucio Engenharia, no Tatuapé, zona leste paulistana. As imagens foram feitas pelo comprador, que prefere não se identificar, 20 dias depois do Habite-se e mostram fios elétricos aparentes, hidrantes sem mangueiras e áreas incompletas. Com o Habite-se, porém, as parcelas subiram de R$ 2.800 para R$ 4.600. SEM LUZ Em Guarulhos, o condomínio Parque Imperial, da construtora MVG, recebeu o documento, mas os apartamentos não têm ligação oficial de luz. Quase um ano após a entrega, 150 dos 208 apartamentos recebem energia em esquema de rodízio a partir de um transformador provisório, segundo a moradora Suellen Mendes, 29. A concessionária EDP Bandeirante nega problemas e afirma que "atende aos critérios de segurança e qualidade". "Há uma epidemia de abusos na concessão do Habite-se. As empresas correm para conseguir o documento para se isentar da responsabilidade por atrasos", diz o advogado Marcelo Tapai, especializado em direito imobiliário, que teve 271 ações do gênero abertas só em 2011. No condomínio Reserva Santa Cecília, da Gafisa, em Volta Redonda (RJ), compradores reclamam que algumas unidades estavam ainda sem água e sem energia elétrica na emissão do Habite-se, além de relatarem obras bloqueando o acesso ao prédio. Em Santo André, na Grande São Paulo, denúncias do vereador Tiago Nogueira (PT) levaram à abertura de inquérito pelo Ministério Público Estadual para apurar como o documento foi emitido para o condomínio da construtora Irish, sendo que há até partes não construídas do topo de um dos três edifícios. Após a denúncia, o documento foi anulado. "Vamos investigar se a responsabilidade foi do funcionário municipal que emitiu o Habite-se, do fiscal do Corpo de Bombeiros ou do engenheiro da construtora", diz o promotor Fábio Franchi. Outro empreendimento, da incorporadora Trisul, também em Santo André, recebeu Habite-se para os quatro prédios. No entanto, apenas dois estavam de fato em condições de moradia. Procurado, o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) afirmou que o documento só pode ser emitido quando faltam poucos detalhes de acabamento da obra. Outro Lado Empresas negam irregularidade em obras. Segundo construtoras, laudo do Corpo de Bombeiros e outros documentos oficiais justificam o Habite-se. As cinco construtoras envolvidas nos casos apurados pela Folha negam irregularidades na expedição do Habite-se e dizem que as obras já estavam no fim quando o documento foi emitido. Sobre o prédio do Tatuapé onde o morador fotografou os problemas, a Lucio Engenharia afirma que há em fase final de acabamento apenas pinturas e retoques. A empresa também diz que os documentos exigidos para emissão do Habite-se (como auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, alvará de instalação e funcionamento dos elevadores, certificados de quitação de impostos municipais), além das ligações definitivas de água e esgoto, estavam em ordem. A Lucio Engenharia afirma ainda que o contrato prevê a correção das parcelas por IGP-M após a emissão do Habite-se e que a cobrança é "perfeitamente legal". Já a Gafisa nega que o imóvel de Volta Redonda -onde o morador verificou falta de água e de luz em unidades e problemas de acesso ao interior da obra- estivesse com a infraestrutura deficiente no momento da expedição do Habite-se. Afirmou também que mantém o reajuste das parcelas pelo INCC e que a migração para IGP-M só ocorrerá após a assembleia de condomínio, marcada para dezembro. A Irish Empreendimentos, responsável pelos três prédios denunciados em Santo André, informa que não concorda com a anulação do Habite-se e afirma que os imóveis estão concluídos. A previsão é entregar os prédios até o fim do novembro. A Trisul, que recebeu o Habite-se para os quatro prédios, também em Santo André, quando apenas dois estavam em condições de moradia, afirma que o erro foi da redação da prefeitura, que grafou "Habite-se Total" em vez de "Habite-se Parcial". Em outubro, o problema foi corrigido, relata a empresa.  Em Guarulhos, para o edifício sem energia elétrica, a MVG declarou que a responsabilidade pela ligação provisória atual é da concessionária, a EDP Bandeirante. A construtora afirma que a instalação do transformador provisório onerou a MVG em mais de R$ 18 mil, já que a empresa teve de estender os cabos internos até o poste em questão, fora do condomínio.  A EDP Bandeirante não comentou as acusações da MVG e ressaltou regularidade nas ligações. Outro Lado Prefeituras divergem sobre vistoria obrigatória de imóvel para Habite-se. Como as regras para emissão do Habite-se são municipais, cada prefeitura tem sua própria forma de agir para emitir o documento. Em São Paulo, segundo o decreto 38.058 de 1999, a visita de um fiscal para comprovar as condições de moradia e validar o Habite-se não é obrigatória em razão do grande volume de obras. A construtora deve apresentar à subprefeitura da região somente os documentos (auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, certificado de quitação de ISS, alvará de funcionamento e de instalação de elevadores e laudo do engenheiro da obra). "Se o imóvel não tem condições de ser ocupado, o responsável técnico da construtora pode ser responsabilizado legalmente", diz José Paulo Marzagão, do escritório Koury Lopes Advogados. A Subprefeitura de Aricanduva, responsável pela área do prédio da Cyrela e da Lucio Engenharia, afirma que os documentos foram checados e estavam corretos. "A prefeitura transferiu a responsabilidade da veracidade sobre a conclusão da obra às construtoras", diz Carlos Eduardo Baumann, do escritório Silveiro Advogados. O professor Leonardo Godoy, da faculdade Direito GV, aponta que uma alternativa é a contratação de empresas terceirizadas para a vistoria, assim como acontece com a inspeção veicular paulistana. O secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Santo André, Frederico Muraro Filho, afirmou que a visita de fiscais da prefeitura para a expedição do Habite-se está prevista em lei. Também foi aberta sindicância para apurar de quem foi a responsabilidade pela emissão do documento irregular à construtora Irish. Em Guarulhos, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano informou que a vistoria é obrigatória. O órgão afirmou que, no condomínio da MVG, técnicos comprovaram a ligação de luz e elevadores. Procurada, a Secretaria de Habitação de Volta Redonda, responsável por liberar o documento à Gafisa, não respondeu aos pedidos de entrevista. Análise Consumidor deve agir como 'fiscal' da construção do imóvel. Comprador precisa se informar sobre a empresa, exigir documentos, recusar taxas abusivas e acompanhar obra.  Com o boom imobiliário, o que era sonho está se tornando pesadelo. O consumidor tem que conviver com o atraso na entrega das chaves em razão de problemas com a documentação do imóvel, com autorizações públicas para a conclusão da obra e a liberação do empreendimento, frustrações com o tamanho do imóvel ou defeitos constatados no ato da entrega. Assim, cuidados básicos são essenciais. O consumidor deve pesquisar a empresa responsável pelo empreendimento, observando a regularidade da construção e da entrega de outros imóveis, reclamações existentes no Procon ou em sites de queixas na web e, se conhecer alguém que já comprou da construtora, procurar saber se a pessoa enfrentou problemas. O consumidor também tem direito de receber a documentação que consta em cartório (registro imobiliário) e o memorial descritivo, importante documento para saber qual material será utilizado na construção. O cliente também poderá consultar a regularidade da obra na prefeitura. É preciso ler o contrato com atenção: nele devem constar valor do bem, forma de pagamento detalhada (com parcelas fixas e intermediárias e reajustes), taxas nominal e efetiva de juros em caso de financiamento, data de entrega, eventual prazo de tolerância (no máximo, seis meses) e qual a multa por descumprimento de prazo. É necessária atenção a taxas consideradas abusivas: taxas de transferência do bem, de entrega de chaves, de concessão de financiamento e de consultoria jurídica. Elas não devem ser cobradas; exija a retirada de cláusula nesse sentido. Por fim, é importante ter um cronograma da obra: previsões para a edificação da obra, obtenção do Habite-se e outras autorizações. Os cuidados não acabam com a assinatura: o consumidor precisa acompanhar a construção. No caso de atraso, mesmo não havendo previsão de multa no contrato, segundo o Código de Defesa do Consumidor, deve haver indenização ampla e irrestrita dos seus prejuízos. Assim, é possível cobrar judicialmente todas as despesas suportadas pelo consumidor após o prazo final de entrega das chaves (aluguel, entrega de bens, eventuais impostos e taxas), bem como obter indenização por eventuais danos morais. Folha S. Paulo - 20/11/11 Veja Mais    

06 de dezembro de 2011

Lançamentos imobiliários ficam 14% acima de 2010

Zona Sul de Ribeirão Preto concentra 72% dos novos empreendimentos, diz pesquisa. Nos 11 primeiros meses do ano, Ribeirão Preto contabiliza 40 lançamentos de empreen.dimentos residenciais e comerciais (edifícios, condomínios e loteamentos) de construtoras e de incorporadoras. O número representa 6.001 unidades e é 14% acima do total de lançamentos de 2010. Os dados são de levantamento divulgado nesta quinta-feira (1º) pela Mercadotecnia, empresa de pesquisa e estratégia de mercado. O estudo não contempla os empreendimentos construídos a preço de custo por um grupo de investidores, uma vez que não se utilizaram de meios de comunicação de massa, para vendas das unidades. Dos imóveis listados no levantamento, 29 deles (ou 72% do total) ficam na zona Sul de Ribeirão Preto. O bairro Bosque dos Juritis lidera em lançamentos na zona Sul, com seis deles. Segundo Dirceu Tornavoi de Carvalho, consultor da empresa, chama a atenção o porte dos imóveis. "Em 2007, predominaram os apartamentos de três dormitórios e, neste ano, eles empatam com os de um dormitório", diz. Do total de unidades lançadas nesse ano, 35% têm um ou três dormitórios. "Os lançamentos de apartamentos menores são para atender a um público mais jovem, ou para famílias menores", comenta. Em sua opinião, os lançamentos de 2012 deverão se manter no ritmo do registrado neste ano. "Serão unidades menores, para facilitar o processo de comercialização". (Com Analídia Ferri, Especial para A Cidade)  Veja Mais  

05 de dezembro de 2011

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