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Notícias

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"Aprendemos a voar como passáros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a arte de conviver como irmãos."

05 de julho de 2009

Fila para alugar imóveis em São Paulo chega a quatro meses.

Por conta da falta de imóveis disponíveis, está cada vez mais difícil encontrar um apartamento ou uma casa para alugar em São Paulo. Em várias regiões na cidade, mais que dobrou o número de pessoas que procuram um imóvel em algumas imobiliárias. Nos casos de imóveis com preços mais populares, o tempo de espera pode chegar a quatro meses.   "A falta de imóveis residenciais para locação é algo que vem crescendo nos últimos anos. E isso é um problema que ocorre em todo o país, mas em São Paulo há fatores que agravam a situação, como a falta de terrenos para novas construções", afirma o vice-presidente de locação do Secovi-SP (sindicado da habitação), José Roberto Federighi. Os imóveis mais procurados na capital são de um e de dois dormitórios, com aluguel entre R$ 1.000 e R$ 1.600, segundo Federighi. A alta demanda faz com que os preços dos alugueis também aumentem constantemente. De acordo com pesquisa realizada pelo Secovi-SP, o preço do aluguel subiu cerca de 11,1% na capital paulista, entre junho de 2008 e maio desse ano --aumento bem maior do que a variação no período do índice base para reajuste dos contratos de aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), que foi de 3,6%. Só em 2009, o acréscimo no valor médio do aluguel já chega a 2,93%. "Está praticamente impossível locar um imóvel para morar na cidade. Faltam opções", diz o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), José Augusto Viana Neto. O principal motivo, segundo Viana, é que investidores estão preferindo projetos de alto padrão e deixando de lado os imóveis mais populares. Na Lello Imóveis, por exemplo, mais que dobrou o número de pessoas que procuram locar uma moradia. A fila de espera aumentou 113% em um ano --saltando de 860, em 2008, para 2.000, em 2009. O tempo médio de espera é de até quatro meses. Na Pacheco Imóveis, a procura aumentou cerca de 40% em comparação ao ano passado. A espera, em média, é de dois a três meses por uma oferta de aluguel. Dependendo do bairro, chega a quatro meses. LUÍS EDUARDO SOUZA do Agora Folha Online - 29-06-09

05 de julho de 2009

Jardim: lento, fácil e barato

Numa tarde quente, Felder Rushing, horticultor e apresentador do programa Gestalt do Jardineiro, da Rádio Pública do Mississippi, senta-se numa cadeira feita de pneus de moto. O cortador de grama se faz ouvir na casa do vizinho. Rushing olha seu jardim sem grama e sorri. “Fico tomando sol feito um lagarto velho e gordo enquanto estão todos transpirando, ofegantes”, diz. A mistura de arbustos e flores plantada por Rushing no lugar da grama é um exemplo da maneira como vê jardins, que ele chama de slow gardening - ou jardinagem lenta. O termo empresta o nome do movimento slow food, cujos adeptos acreditam no uso de ingredientes produzidos no local e colhidos de maneira ecologicamente responsável. Rushing, de 56 anos, há muito defende a dependência das plantas perenes e a aceitação de certo grau de desordem. Em resumo, sua doutrina sugere que os jardineiros relaxem, trabalhem no seu próprio ritmo e não tentem fazer tudo de uma só vez. “As pessoas são capazes de plantar 24 pés de tomate dos quais não poderão cuidar.” Para ele, é melhor começar modestamente, com um ou dois vasos. “Vá aumentando o jardim gradualmente, na medida da sua disponibilidade, adquirindo experiência. Não comece com uma área grande, ou você se verá trabalhando a terra feito um lavrador.” Seguir os próprios instintos em vez de regras já estabelecidas é outro dos aspectos dessa filosofia. “As pessoas dizem que rosas precisam ser podadas numa determinada inclinação, acima de uma certa folha. Dizem que é necessário regar a grama uma vez por semana. A verdade é que não é preciso se ater a nada disso enquanto regras absolutas”, afirma. Rushing plantou um jardim na caçamba do seu rodado Ford F-150. E cuida dele como se fosse uma peça publicitária para a divulgação de suas ideias. Seu principal jardim, uma fantasia cheia de folhas que obscurece seu chalé cor de lavanda, reflete sua filosofia de cultivo lento. Plantas como pimenta e alface ficam em vasos, e não no solo, para facilitar seu cultivo (nada de se agachar) e aumentar a versatilidade (nem todos têm canteiros em casa). E apesar de ele e a mulher, Terryl, gostarem da ideia de cultivar o próprio alimento, no jardim deles não há batatas, porque é menos trabalhoso e mais barato comprá-las no supermercado. Ele economiza dinheiro no fertilizante ao empregar a compostagem, mas não se guia pelos complexos princípios científicos expostos nos livros que tratam da questão. “Sigo duas regras: pare de jogar tudo fora e reúna todo o lixo orgânico no mesmo lugar.” METODOLOGIA NO CAOS - À primeira vista, o jardim de Rushing parece uma confusão de materiais reaproveitados e penduricalhos de sucata. Há várias árvores adornadas com garrafas de vidro e vigas enferrujadas metidas no chão, e o espaço é limitado por uma cerca de zinco. Ainda assim, há metodologia no seu trabalho. Por exemplo, para decidir como preencher o espaço ao redor de uma instalação artística composta por três círculos de vidro, ele e Rick Griffin, paisagista que o ajuda a projetar jardins, tiveram uma longa discussão. Entre tábuas e uma cortina de arame farpado ficaram com a segunda opção. “Penso que é uma ideia poderosa. Uma obra de arte”, afirmou Griffin. Rushing também desenvolveu técnicas de “jardinagem barata”, como transformar pneus velhos em canteiros e usar baldes de tinta como vasos. “É fácil de jogar o resto fora e replantar, sem a necessidade de ferramentas pesadas.” Mesmo para quem não tem espaço fora de casa, é possível cultivar alguma coisa - manjericão ou alecrim, por exemplo - numa janela ensolarada. “Isto já basta para transmitir aquela sensação de estar ligado à terra.” Para os iniciantes na jardinagem, Rushing sugere que se comece com plantas pequenas que produzem muito num espaço pequeno durante bastante tempo. “Morangos são sexy, mas levam o ano todo para crescer e podem sair parecidos com saquinhos de água com açúcar”, disse. “Por outro lado, o cultivo da alface é de uma simplicidade constrangedora. Cultivei algumas num canteiro suspenso no ano passado. Bastou uma salpicada de vinagrete e eu nem precisei me abaixar para colhê-las.” Para ele, deve-se pensar para além da primavera: “A jardinagem lenta deve lhe dar algo que possa ser apreciado durante os 12 meses do ano”.

05 de julho de 2009

Novas obras proibidas

Ocupação urbana Diretrizes para a Zona Leste, em área de recarga do aquífero, devem barrar construções em trecho desocupado.  As novas diretrizes para a Zona Leste de Ribeirão Preto devem ter como base a divisão da área em duas partes: uma mais ao norte, que será totalmente rural e terá novas instalações urbanas proibidas, e outra mais ao sul, onde a cidade já chegou e na qual será finalizado o projeto de ocupação. A região é uma das maiores áreas de recarga do Aquífero Guarani e a impermeabilização ou poluição do solo no local representaria risco ao abastecimento de água da cidade e de municípios vizinhos. O Pacto de Ribeirão deve ser encampado e aplicado na regional pelo Estado, que divulgará este ano uma lei e um plano para desenvolvimento e proteção das áreas de recarga. “O plano vai determinar três tipos de área de intervenção, que vão de ocupação permitida até veto total. A proposta de Ribeirão deve ser respeitada e servirá até como subsídio”, disse José Luís Albuquerque, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado (IPT), órgão responsável pelo plano. Ontem, durante a segunda audiência convocada pelo Ministério Público parta discutir a questão, foram apresentados dois projetos, um da ONG ambientalista Pau-Brasil e outro do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). Embora os dois tenham diretrizes particulares, houve consenso e coincidência quanto à necessidade de proteção extrema da área ainda não ocupada (ao norte) e de preenchimento dos vazios urbanos criados na área semipovoada (sul). A área rural ficaria no trecho que vai do final do bairro Candido Portinari até o Rio Pardo. Apenas o secretário de Meio Ambiente de Ribeirão, Joaquim Rezende, se opôs ao bloqueio permanente da área não ocupada. “Há áreas como as da rodovia que vai para Serrana que já estão sendo ocupadas e não podemos deixar de fazer diretrizes mais amplas e que cheguem até os limites da cidade”, disse Rezende. Uma comissão com representantes técnicos de órgão públicos e civis deve se reunir no próximo dia 14 para definir com precisão a divisão da Zona Leste e os pontos que ficaram em aberto. Três construções na mira do MP A Promotoria vai abrir inquérito para barrar três empreendimentos imobiliários autorizados em primeira etapa pela Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública na Zona Leste. Os projetos seriam construídos em áreas além do limite de ocupação existente hoje, para dentro da parte rural que será criada pela nova regulamentação. “Já temos tomado providências na tentativa de evitar empreendimentos nessa região. Assim que me informarem os dados vou imediatamente instaurar o inquérito. Teremos uma zona urbana e uma zona rural com regras para ambas e tudo caminha para um pacto que pode, inclusive, servir de base para uma legislação específica”, disse o promotor Marcelo Goulart. Os projetos já foram encaminhados para análise da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O secretário Joaquim Rezende disse que a Prefeitura preferiu informar sobre os processos para que o MP não interpretasse a omissão como má-fé, mas declarou ainda não saber quais os tipos de construções solicitadas.(DC)  DANIELLE CASTRO Gazeta de Ribeirão - 03-07-09

05 de julho de 2009

Regularização barrada

Polêmica à vista Projeto de Dárcy para legalizar imóveis não passa por comissão e sai da pauta da Câmara. Os vereadores retiraram da pauta de ontem um projeto da prefeita Dárcy Vera (DEM) que regulariza construções civis. A proposta, na verdade um substitutivo a outro já aprovado no dia 2 de junho, com uma emenda restritiva, ficou sem parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por conter artigos inconstitucionais. Agora, o projeto será discutido em audiências públicas para as quais serão convidados o secretário do Planejamento e Gestão Pública, Ivo Colichio Júnior, e representantes do Conselho Municipal de Urbanismo (Comur). Para o vereador Gilberto Abreu (PV), que havia apresentado emenda ao projeto anterior restringindo as regularizações a imóveis sociais, a proposta, como está, anula atos jurídicos perfeitos. “Há muitas coisas a serem discutidas”, disse. O vereador Marcelo Palinkas (DEM), líder do Governo na Câmara, admitiu que o projeto é muito abrangente e que “abre muitas portas.” “Vamos discutir melhora a questão, para melhorar o projeto”, afirmou. O simples fato de o projeto entrar na pauta de votação da Câmara gerou polêmica. Para o presidente da Associação de Moradores do Jardim Canadá, Honyldo Roberto Pereira Pinto, a proposta é “absurda” e “desestrutura toda a cidade”, além de ferir o Plano Diretor. “Demoramos mais de dez anos para aprovar um plano diretor e agora uma simples lei permite a regularização de imóveis de forma irrestrita? Isso não pode acontecer”, disse Honyldo. Ele comentou ainda que o projeto desvaloriza engenheiros e arquitetos, pois permite a regularização de imóveis sem projetos. O presidente da Associação de Moradores da Ribeirânia (Amor), Ivens Telles, já havia prometido representar contra a lei, por entender que ela, se aprovada, seria inconstitucional. O presidente do Comur, Fernando Freire, disse que não emitiria opinião em nome do Conselho, porque antes a proposta deveria ser analisada por conselheiros. "Mas como arquiteto, considero a proposta antiética e imoral, além de premiar o profissional que executa obras irregulares", afirmou. Maestrello aprova lei O presidente da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (Aeaarp), Roberto Maestrello, disse que a lei é necessária. Mas ressaltou também estar emitindo opinião pessoal, de engenheiro, não de presidente da entidade. “Se houver critério para analisar os pedidos, não há problema. E a Prefeitura precisa fazer a regularização, porque muitos processos ficam esperando. E o projeto vai corrigir pequenos deslizes. Não há porque não regularizar”, afirmou. Ele informou que tem essa opinião por confiar nos profissionais responsáveis pela análise dos pedidos de regularização. “Mas a comissão tem que analisar. Não pode aprovar todos os pedidos.” (GS) GUTO SILVEIRA Gazeta de Ribeirão - 03-07-09

05 de julho de 2009

Condomínios podem contratar síndico profissional?

Sim. Hoje uma quantidade significativa de condomínios estão adotanto o síndico profissional.

04 de julho de 2009

Mais da metade dos síndicos estão há mais de três anos no posto

Se na política e no esporte é comum que mandatários se perpetuem no poder, isso também ocorre em condomínios. Levantamento da administradora Lello mostra que, em 53% dos 1.200 prédios residenciais que gerencia na cidade de São Paulo, os síndicos estão há mais de três mandatos no cargo. Mas a continuidade é benéfica para a administração do condomínio? Na maioria das vezes, há mais a ganhar do que a perder com um síndico com conhecimento do histórico do prédio, opina Maristela Borges, gerente-geral de condomínios da administradora Adbens. "Em geral, o síndico proativo continua no cargo, pois promove melhorias e sabe como as coisas funcionam ali. Também sabe como motivar os funcionários. Prédios que mudam muito de gestão não veem seus projetos se finalizarem com tanta rapidez", pontua. Para Borges, o poder do síndico independe do tempo de gestão: "Se ele não for um bom síndico, mesmo "antigo", não ficará, principalmente se houver alguém interessado na vaga". O que pode comprometer o trabalho de longo prazo é a falta de clareza na gestão -na prestação de contas, por exemplo. "Se o responsável pelo prédio não se acomodar e administrar com transparência, não haverá problema nenhum em permanecer por diversos mandatos", observa o diretor de condomínios da administradora Paris, José Roberto Iampolsky. A arquiteta Maria Pilar Sueiro, 49, síndica há nove anos do prédio em que mora, não se preocupa com a concorrência. "Aqui ninguém se candidata a síndico, nem por isso eu me acomodo", diz. "Procuro me cobrar para manter todos trabalhando bem, gosto de ver o prédio com a manutenção em dia. Fiz várias melhorias e sempre com transparência. Sei que não sou dona do prédio e que administro o dinheiro de todos."

28 de junho de 2009

Condomínios podem contratar síndico profissional

Condomínios sem novos candidatos passam por dificuldade quando o síndico se muda do local ou morre. Nesses casos, uma opção é o síndico profissional, lembra José Roberto Iampolsky, da administradora Paris. Angélica Arbex, da Lello, diz que 5% dos condomínios residenciais clientes da empresa em São Paulo possuem um síndico profissional que não é morador do prédio. "Ele faz o mesmo trabalho, cuida da manutenção, ouve os moradores", explica Arbex. E recebe honorários, que dependem do tamanho do prédio e da quantidade de horas trabalhadas. Sergio dos Santos, 63, é síndico há 24 anos -profissional há dez. 'Quando me mudei, os moradores pediram para que eu continuasse no cargo', conta. Para dar conta dos 13 mil m2 de área verde do condomínio, Santos cumpre expediente das 8h30 às 17h30, de segunda à sexta. "Dou uma passada aos sábados para conversar com quem não me encontra durante a semana."

28 de junho de 2009

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