|

Notícias

Inflação do aluguel sobe 0,44% em agosto

A taxa mensal foi a maior em quatro meses, mas ficou dentro das estimativas dos analistas. Após dois meses em queda, a deflação chegou ao fim no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). O indicador subiu 0,44% em agosto, após cair 0,12% em julho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa mensal foi a maior em quatro meses, mas ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado (entre 0,32% e 0,47%), sendo, no entanto, superior à mediana das projeções (0,41%). A FGV anunciou ainda os resultados dos três subindicadores que compõem o IGP-M de agosto. O IPA-M subiu 0,57% este mês, após mostrar queda de 0,22% em julho. O IPC-M apresentou alta de 0,21% em agosto, em comparação com a taxa negativa de 0,13% no mês passado. Já o INCC-M registrou taxa positiva de 0,16% este mês, em comparação com a elevação de 0,59% em julho. A taxa acumulada do IGP-M é muito usada no cálculo de reajustes de aluguel. Até agosto, o indicador acumula taxas de inflação de 3,48% no ano e de 8% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de agosto foi do dia 21 de julho a 20 de agosto. Preços agrícolas Os preços dos produtos agrícolas atacadistas pararam de cair este mês, e subiram 1,47% em agosto, em comparação com o recuo de 0,84% em julho, no âmbito do IGP-M. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou esta manhã o indicador, a variação de preços dos produtos industriais mostrou trajetória oposta, e avançou de 0,00% para 0,25% de julho para agosto. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 1,11% em agosto, após mostrarem alta de 0,02% em julho. Por sua vez, os preços dos bens intermediários registraram queda de 0,62% este mês, em comparação com a elevação de 0,16% em julho. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram alta de 1,51% em agosto, após caírem 1,00% no mês passado. Atacado A inflação atacadista medida pelo IPA-M acumula altas de 2,84% no ano e de 8,47% em 12 meses até agosto segundo informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou o IGP-M do mês. O IPA-M representa 60% do total do IGP-M. No atacado, os preços dos produtos agrícolas acumulam aumentos de 1,73% no ano e de 18,76% em 12 meses no âmbito do IGP-M. Já os preços dos produtos industriais registraram altas de 3,24% no ano e de 5,24% em 12 meses. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram aumentos de 2,28% no ano e de 5,95% em 12 meses até agosto. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram altas acumuladas de 2,29% no ano e de 4,45% em 12 meses. Já os preços das matérias-primas brutas acumularam aumentos de 4,21% no ano e de 17,51% em 12 meses, até agosto. Entre os produtos pesquisados para cálculo da inflação, as altas de preços mais expressivas foram registradas em aves (9,09%); carne bovina (7,55%); e açúcar cristal (15,49%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em batata-inglesa (-29,61%); milho em grão (-1,85%); e café em grão (-2,32%). Veja Mais  

30 de agosto de 2011

Cartilha dá dicas para evitar invasão de ladrões a prédios

O assalto a um prédio no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio, no último domingo, foi mais uma evidência de que a segurança predial é um assunto importantíssimo para administradores, síndicos e moradores. Para blindar o prédio contra bandidos, muitos investem em infraestrutura e tecnologia, mas, será que isso é suficiente? De acordo com Raimundo Castro, consultor de segurança predial do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio), não: “A segurança predial é baseada em um trinômio: recursos humanos, estrutura e tecnologia.” Por recursos humanos, entenda-se porteiros. Para quem pensa que cuidar do entra e sai dos moradores é uma tarefa fácil, um alerta: esse profissional tem que estar muito bem treinado. Caso contrário, todo o investimento feito para a segurança será em vão. Para ajudar esses profissionais, a Protel Administradora elaborou uma cartilha com os principais disfarces dos ladrões e a melhor maneira de evitar esses golpes. Então, atenção porteiros! Cuidado com entregadores de encomendas e com pessoas que tentam entrar sem a autorização de um morador. A Protel avisa que a maioria das invasões a condomínios se dá pela portaria de pedestres. Assim, mesmo que a pessoa pareça a mais inofensiva do mundo, nunca deixe de checar se a visita é esperada pelo morador, confirmando qual o nome e o andar do mesmo, antes de dizer qualquer informação que possa facilitar a vida do assaltante. “Uma dica para evitar invasões de entregadores é perguntar o telefone do local onde ele trabalha. Se ele se virar para ver o número, desconfie. Pode não ser nada, mas é preciso redobrar a atenção nesse caso”, afirma o consultor do Secovi Rio. Outro truque utilizado pelos bandidos é se valer da confiança passada por uniformes de empresas de serviços públicos. Para não cair nessa, o porteiro deve sempre pedir para olhar o crachá da empresa. Responsabilidade do morador - Apesar de os porteiros serem os principais responsáveis por evitar o assalto, os moradores podem e devem contribuir com a segurança do prédio. De acordo com a Protel, os condôminos também devem ficar atentos na hora de autorizar a entrada de entregadores, prestadores de serviço e visitas. Além disso, é indicado observar se há alguma pessoa estranha na hora de sair ou entrar da garagem. Se houver, a dica é ficar de olho e alertar o porteiro, caso seja necessário. E se o bandido já está dentro do prédio, o que fazer? O consultor de segurança Raimundo Castro diz que tranquilidade e cautela são as ações mais recomendadas. “Se o assaltante estiver dentro do prédio, a única coisa que o porteiro pode fazer é não reagir, ter calma e, se for possível, chamar a polícia sem que o bandido perceba.” O Secovi Rio oferece cursos de segurança predial para profissionais da portaria. O próximo será realizado entre os dias 27 e 29 de setembro, na Avenida Almirante Barroso 52, Centro. As inscrições devem ser feitas pelo site www.secovirio.com.br. Veja Mais  

30 de agosto de 2011

Risco marca aquisições em áreas em recuperação

Comprar um imóvel em áreas em processo de transformação, como ocorre no centro expandido da capital em função da alta de lançamentos, é uma aposta na incerteza. Os preços mais baixos são, sem dúvida, um atrativo a quem aposta na renovação. Mas a imprevisibilidade da chegada de melhorias - dependentes de ações públicas e privadas - transformam os negócios em investimentos de risco. Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, é preciso ter cautela antes de realizar uma aquisição: “A pessoa pode comprar um imóvel imaginando um resultado positivo e nada acontecer. Se eu tivesse vendido um apartamento na Rua dos Estudantes (no bairro da Liberdade) há dez anos, o que diria hoje para o cliente?”. Segundo ele, as tentativas frustradas de revitalização na cidade mostram a importância da avaliação prévia. Entre prós e contras, a dentista Elaine de Moura Campos, de 39 anos, tornou-se proprietária de um apartamento recém-inaugurado em Santa Cecília, a uma quadra do Minhocão e a 350 metros da Rua Apa - um ponto de concentração de viciados em drogas. “O prédio está a menos de 200 metros do meu trabalho. Em segundo lugar, gosto do comercio do local, e a localização me favorece: estou perto do centro e das saídas da cidade”, explica. Para a gerente da Lello Imóveis, Elaine Baiter, a localização costuma ser determinante na decisão de compra: “Isto suplanta todas as coisas. Você convive com isso por um tempo com a expectativa mudança”. A presença de mendigos preocupa a moradora - casada e mãe de um bebê -, mas ela diz respeitar a vizinhança. A dentista frequenta a área desde a infância e mora lá há três anos. Na atual residência, está há dois meses. A familiaridade com o local é uma característica comum dos compradores, segundo especialistas. “As pessoas, quando compram um imóvel, conhecem as imediações. E procuramos mostrar o que há no entorno”, diz a diretora de atendimento da Lopes, Mirella Parpinelli. Ela garante que a empresa realiza estudos do possível impacto sobre os clientes. Novos ares. No último fim de semana, a Lopes comercializou em 11 horas todas as 157 unidades do Capital Augusta, lançamento da incorporadora Esser previsto para ser instalado na Rua Paim, Bela Vista. “Há um canteiro de obras na área. Em três anos, quando os prédios forem entregues, haverá outra atmosfera”, prevê. A diretora de marketing da Abyara Brasil Brokers, Paola Alambert, acredita que a presença de empreendimentos alavanque o desenvolvimento de áreas degradadas: “O movimento do mercado imobiliário acabara empurrando a administração pública para fazer o papel dela”. Para Mirella, a chegada de novas unidades também movimenta o comércio, gerando um ciclo de renovação. “A verticalização traz infraestrutura de serviços. Se um prédio tem 300 unidades, há no mínimo, 600 pessoas consumindo.” A expansão informal dos domínios de bairros consolidados explica o dinamismo imobiliário no centro expandido, na opinião do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), Nabil Bonduki: “Essa região está passando por certo dinamismo, porque está muito próxima de uma área já valorizada”. Veja Mais  

30 de agosto de 2011

Preço do aluguel em SP sobe 60% em dois anos

O preço dos aluguéis residenciais na cidade de São Paulo cresceu 60,23% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2009. O valor médio registrado na primeira metade desde ano é de R$ 1.281 --R$ 481 mais caro do que há dois anos. Os dados são do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis). O aluguel de apartamentos registrou uma subida ainda maior: 82,97%. No primeiro semestre, o valor médio foi de R$ 1.809 --em 2009, foi de R$ 799. Em relação a 2010, o aumento é de 22,16%. A subida ocorre apesar da pequena diminuição no número de locações residenciais no mesmo período comparado, de 5.683 para 5.475 --queda de 3,7%. COMPRA O valor de venda dos imóveis usados também aumentou, aponta o levantamento. O preço médio subiu 30,26% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010. O metro quadrado saltou de R$3.088 para R$4.022. Do primeiro semestre do ano passado para o mesmo período de 2009, a subida foi maior: 44,46%. As vendas de casas e apartamentos no primeiro semestre deste ano foram 29,22% menores que as do primeiro semestre de 2010, período que havia registrado crescimento de 74,51% na comparação com os mesmos seis meses de 2009. Em 2010, por exemplo, as vendas de apartamentos cresceram 93,6% sobre 2009, mas este ano tiveram queda de 33,21%. No mesmo período, a queda na venda de casas foi menor, 19,86%. Veja Mais  

30 de agosto de 2011

.

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho, há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!  

20 de agosto de 2011

Falta de escritórios causa disputa de empresas por prédios em construção

Mesmo com a previsão de entrega recorde de novos edifícios em 2011, preços de escritórios de alto padrão nunca estiveram tão altos. SÃO PAULO - A construção de escritórios de alto padrão em São Paulo deve aumentar em 90% este ano, atingindo o recorde de 287 mil metros quadrados, segundo a consultoria Cushman & Wakefield. Mas o novo estoque já chega com destino carimbado: diante da escassez de escritórios de alto padrão - especialmente na Faria Lima e Avenida Paulista -, as empresas se movimentam cada vez mais cedo para garantir espaço físico para sua expansão. De acordo com Adriano Sartoni, diretor de locação da CB Richard Ellis, os contratos de novos edifícios começam a ser negociados pelo menos um ano antes da conclusão das obras civis. Ele cita o edifício Pátio Malzoni, que deve ficar pronto no fim do ano, mas tem 75% dos locatários definidos. "A ideia é ter 100% dos espaços locados até a inauguração", explica. "As empresas de grande porte representam 70% desse mercado. Elas tomam a decisão antecipada para eliminar o risco no longo prazo." Como a escassez de espaço de qualidade é resultado de anos de baixa expansão da área de escritórios, a taxa de vacância desses imóveis segue em queda mesmo com as novas entregas. A Cushman & Wakefield diz que o total de espaços vagos em prédios "classe A" nos principais bairros de São Paulo ficou em 9% no segundo trimestre de 2011, ante 9,9% de igual período do ano passado. E os preços nunca estiveram tão altos: segundo a consultoria, o valor médio por metro quadrado em São Paulo ficou em R$ 107, 20 no segundo trimestre, alta de 22% em relação a 2010. Cofres cheios. Segundo especialistas em mercado imobiliário ouvidos pelo Estado, o cenário do segmento de escritórios "classe A" não deve mudar nos próximos anos: preços e ritmo de construção devem seguir aquecidos. Em 2012, a previsão é que mais de 400 mil metros quadrados sejam entregues em São Paulo, informa a Cushman & Wakefield. Essa espécie de "boom" construtivo se explica pelo fator crédito: há financiamento barato disponível no mercado e os fundos de investimento imobiliário - que reúnem o dinheiro de brasileiros e estrangeiros interessados na renda futura com a locação - nunca estiveram com os cofres tão cheios. De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o patrimônio dos fundos superou a marca de R$ 11 bilhões no fim de junho - uma evolução de 57% sobre os R$ 7 bilhões contabilizados no fim do ano passado. A incorporadora Tishman Speyer, por exemplo, administra R$ 2 bilhões captados no exterior. Com dinheiro disponível, o presidente da Cyrela Commercial Properties (CCP), Roberto Perroni, explica que os terrenos são hoje o maior gargalo para a aprovação dos projetos. Ele diz que as áreas mais lucrativas têm poucos terrenos que permitem a construção de edifícios de pequeno porte. Um dos projetos que a CCP está envolvida atualmente é a polêmica Torre Matarazzo, na Avenida Paulista. O empreendimento inclui um shopping center e uma torre de escritórios. Segundo Perroni, é o primeiro novo edifício de escritórios de alto padrão a surgir na região em anos. Por isso, a CCP tem a perspectiva de conseguir cobrar pelo ativo os mesmos preços de locação praticados na Faria Lima. Hoje, o preço médio do metro quadrado na Paulista está em R$ 114,90, contra R$ 142,50 da Faria Lima, aponta a Cushman & Wakefield. A gerente de pesquisa de mercado da Cushman, Mariana Hanania, afirma que o mercado está longe de um "ponto de equilíbrio". Isso ocorre quando cerca de 15% dos espaços estão vagos - neste patamar, as empresas têm boas opções a escolher, enquanto as administradoras ainda conseguem lucrar com a operação. No entanto, mesmo com o novo estoque, a situação do mercado não deve mudar, na prática. "Um edifício só sai da lista de vacância quando a empresa efetivamente se instala nele. Hoje, porém, as empresas fazem a pré-locação pelo menos seis meses antes do fim da obra." A prova de que hoje o mercado é do locador - em detrimento do locatário - é a estrutura dos contratos mais comuns hoje no segmento. De acordo com Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer - que pretende entregar dois prédios que somam cerca de 90 mil metros quadrados de área até julho de 2012 -, a maior parte dos contratos com empresas é firmada por um período de cinco anos. No entanto, além da correção anual pelo IGP-M, fica garantida também uma adequação do valor de locação aos preços praticados no mercado a cada três anos.  Veja Mais

19 de agosto de 2011

Preço de imóveis começa a desacelerar

Mesmo com a turbulência, que atrai investidores para esse mercado, analistas apontam que ritmo deve diminuir. Valor dos lançamentos de um quarto subiu 24,5% em SP no 1ë semestre, ante 77,2% no mesmo período de 2010.  Após um período de alta vertiginosa, o preço dos imóveis residenciais começa a mostrar desaceleração, apesar de seguir em ritmo forte de crescimento. Os lançamentos de um quarto ou sem divisória, por exemplo, subiram 24,5%, na média, na capital paulista no primeiro semestre ante o mesmo período no ano anterior. Nos primeiros seis meses de 2010, a elevação havia chegado a 77,2%. A dúvida agora, com o agravamento da crise econômica mundial e os possíveis reflexos na economia brasileira, é como esse mercado vai se comportar. Em tempos de turbulência, os investidores que aplicam em ações buscam ativos menos voláteis, como imóveis. Especialistas do setor, porém, apontam que a diminuição no ritmo de alta deve continuar, já que a expansão registrada nos últimos anos não era sustentável. As vendas de imóveis novos na cidade no acumulado do ano até maio, dado mais recente divulgado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), também apontam isso, com redução de 34,3%. E, como lembra João Crestana, presidente da entidade, a comercialização dos lançamentos, que estava ocorrendo em intervalo de um a três meses no ano passado, agora fica entre seis e oito meses. "Após dois anos de forte elevação, o valor está acima do justo e não dá mais para readequar o tamanho dos imóveis [para uma dimensão menor]", diz João da Rocha Lima Jr., professor da Poli/USP e especialista na área. Para Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), responsável pelo levantamento de preços, "o ritmo começa a ser mais cadenciado". "Estamos começando a passar por uma desaceleração, o que poderá ser sentido com mais intensidade no próximo ano." Além disso, o movimento do mercado é impulsionado pelos compradores que efetivamente vão morar no imóvel. "O reflexo da entrada de investidores deverá ser pequeno. Historicamente, há quem compre mais imóveis na recessão, mas não é uma parcela significativa a ponto de afetar o desempenho do setor", diz Crestana. FUNDOS Lima Jr. pondera ainda que a tendência em momentos de crise econômica é aplicar em opções com maior liquidez (facilidade para vender), e não de imobilizar capital. A opinião é compartilhada por Fabio Nogueira, da Brazilian Finance & Real Estate, para quem os fundos imobiliários são uma opção mais adequada para esse investidor. "O valor da aplicação também é menor." O analista considera essa uma boa escolha para a diversificação do portfólio, apesar de esse segmento ainda representar uma pequena parcela na indústria de fundos. Quem quer investir em imóveis pode comprar também ações de construtoras ou CRIs (certificados de recebíveis imobiliários). Com relação à polêmica discussão sobre bolha imobiliária, Nogueira é enfático: "Bolha tem que ter um elemento fundamental: financiamento muito barato, o que não acontece no Brasil. Lá fora as pessoas entraram numa espiral suicida", afirma, destacando, por exemplo, os imóveis comprados sem nenhum valor de entrada.  Veja Mais No país, os grandes bancos financiam, no máximo, 90% do valor da moradia com recursos da caderneta de poupança.

16 de agosto de 2011

Venda de imóvel despenca no 1º semestre

Balanços divulgados por algumas das maiores construtoras mostram queda de até 26% de unidades negociadas.  Por valorização imobiliária, volume com vendas não caiu; companhias defendem "demanda sustentável".Algumas das maiores construtoras do país venderam menos imóveis novos no primeiro semestre deste ano que no mesmo período de 2010. É o que mostram os balanços das empresas divulgados nesta semana. A Rossi foi a que teve o maior percentual de redução (26%), seguida por Gafisa (22,1%), Cyrela (10,6%) e MRV (0,6%). A Tecnisa não informou os dados referentes a número de unidades. Ontem, as ações da Rossi, Gafisa e Cyrela lideraram as baixas do Ibovespa, o principal índice da Bolsa do país. Por causa da valorização imobiliária dos últimos 12 meses -que fez o preço do m² novo em bairros como Perdizes, zona oeste de SP, saltar 65%-, essa queda de unidades comercializadas não representou, para as companhias, redução do valor das vendas contratadas. Mas é sinal de que a explosão imobiliária perdeu ritmo. Reportagem da Folha mostrou, em julho, a diminuição da velocidade de venda de lançamentos residenciais em estandes montados em diversos bairros. Agora, o número menor de negociações aparece nos resultados financeiros das construtoras. "Já imaginávamos essa queda", disse José Florêncio Rodrigues Neto, vice-presidente financeiro da Cyrela. "Mas é preciso considerar que o 1º semestre costuma ser mais fraco. Além disso, nosso objetivo é crescer de forma sustentável. O ritmo de expansão dos últimos anos não deve mesmo se manter." João Crestana, presidente do Secovi (Sindicato da Habitação), aposta em uma "estabilidade de vendas" daqui para a frente, com o mercado mais acomodado. ANO ATÍPICO "Chegamos a uma 'velocidade de cruzeiro', voltando a índices históricos de venda -com até 30% do empreendimento total comercializado no 1º mês de lançamento e o restante vendido a um ritmo de 10% ao mês", diz. "O ano passado foi atípico, com uma demanda muito reprimida que resultou em vendas aceleradas", completa. Mas Ricardo Almeida, professor de mercados financeiros e avaliação de empresas do Insper, diz que "não se deve ter a falsa impressão de que o mercado brasileiro está saturado". Na avaliação de Almeida, há faixas de renda e regiões -como classes C e D e Nordeste e Centro-Oeste- ainda com grande demanda. "E, considerando que não estamos vendo retração do crédito imobiliário, esses são nichos a serem explorados, desde que as construtoras se estruturem para isso." Essa análise pode ajudar a explicar por que a MRV, focada no segmento de residências econômicas, do Minha Casa, Minha Vida, teve uma queda de unidades vendidas bem mais suave que a concorrência (apenas 0,6%). Veja Mais  

16 de agosto de 2011

0
|
0