|

Notícias

Imóveis usados atraem investidores.

Em meio a oscilações do mercado financeiro, os ramos de imóveis residenciais usados e comerciais percebe uma alta no número de investidores. "Eles buscam um porto mais seguro e uma rentabilidade menor", diz André Souyoltgis, da Coelho da Fonseca. "Investimento em imóvel é muito procurado em épocas de crise", afirma o consultor financeiro Caio Torralvo. Dados do Creci-SP (conselho de corretores) mostram que residenciais usados na capital valorizaram de 6,21% a 187,97%, conforme localização e tipo, de janeiro a setembro, acima de rendimentos como poupança e CDB (Certificado de Depósito Bancário). Entre os mais procurados estão os dois-quartos. Mesmo com uma percepção de retração no número de negócios fechados em outubro, "players" do mercado não acreditam em depreciação. "O usado não teve a loucura da valorização dos novos, valorizou-se em função de coisas concretas, como construção de metrô", explica Roseli Hernandes, gerente da Lello.Para Guilherme Ribeiro, diretor de seminovos da Fernandez Mera, "com o mercado ainda aquecido, os altos preços dos novos e a disponibilidade de financiamento, a liquidez do usado aumenta", afirma. Um aspecto que pode impulsionar o comércio de usados é a expectativa de redução do número de lançamentos. "O novo está muito caro, e sua oferta vai diminuir", opina José Viana Neto, presidente do Creci-SP. O professor de mercado de capitais Keyler Carvalho Rocha, da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), é mais reticente e acha difícil fazer um prognóstico da variação de preços. "Enquanto imóveis em região de metrô foram valorizados, imóveis na região da avenida Paulista, por exemplo, tiveram queda", relativiza. CRISTIANE CAPUCHINHO

16 de novembro de 2008

Diminuição da bolha.

Especulação imobiliária - Valor de loteamentos na Zona Sul de Ribeirão deve cair até 10% após euforia e excesso de oferta. Depois de meses de euforia no mercado imobiliário, a Zona Sul de Ribeirão, área da cidade com maior valorização no setor, começa um processo de realinhamento de preços dos terrenos para loteamentos. Especialistas afirmam que a grande oferta de negócios saturou o mercado e que promoverá ligeira redução de preços nos próximos meses —que pode chegar a 10% dos valores praticados até o final de setembro.De acordo com o presidente regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), José Batista Ferreira, esse comportamento já era esperado, uma vez que os preços praticados estavam inflacionados, motivados pela especulação de capital do setor na bolsa de valores. “O setor (da construção civil) ficou estagnado durante 20 anos, era considerado um investimento de risco. Porém, com a retomada do crescimento, em algumas áreas o mercado passou a praticar preços acima da realidade porque havia uma procura muito grande."Batista ainda afirmou que, com o esgotamento da procura das classes mais altas pelos empreendimentos, faltam atrativos e fôlego à classe média para integrar-se à esse mercado. “É preciso criar políticas públicas de estímulo financeiro a essas classes.”Corretor de imóveis em Ribeirão Preto há 20 anos, Paulo Márcio Sant’Anna disse que nunca viu preços tão altos na Zona Sul da cidade. “Vi áreas que antes eram vendidas a R$ 670 mil chegarem a custar R$ 1,5 milhão em menos de um ano. A Zona Sul transformou-se na coqueluche de Ribeirão”, disse o corretor, que apontou a chegada das grandes construtoras da capital paulista como um dos principais motivos para a inflação dos preços. “Houve uma saturação no mercado, as construtoras têm terrenos estocados para construir e o mercado não dá conta de absorver tudo isso.”Para o proprietário de imobiliária Jader da Fonseca Pinto, pode haver redução no preços das grandes áreas de loteamentos, mas o valor dos terrenos deve continuar em ascensão. “Faltam áreas nos bairros da Zona Sul para a construção de residências”, diz.Crise pode ser motivo O realinhamento de preços das grandes áreas da Zona Sul pode ser um indicador da crise financeira mundial, na visão do analista financeiro e coordenador do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad), Edson Carminatti. “O momento é de sensibilidade na economia, no Brasil isso já repercute nas vendas de automóveis. Isso deve refletir também no mercado de imóveis e terrenos.” (GT) GUILHERME TAVARES

16 de novembro de 2008

Brasil sem-teto nos EUA.

O estouro da "bolha imobiliária" e a paralisação do mercado de construção de novas residências nos EUA atingiu em cheio uma das maiores comunidades de brasileiros nos EUA, na cidade de Newark, no Estado de Nova Jersey. Nos últimos meses, dezenas de famílias deixaram Newark, muitas para voltar ao Brasil. Entre os Brasileiros, a maioria dos homens trabalha ou trabalhava na construção. Eles não só perderam os empregos. Agora, perdem em massa as suas casas. Há pouco mais de um ano, o mineiro Marcelo Costa, 37, estava comprando financiadas duas casas em Newark. Quando tomou os empréstimos, em 2004, os valores dos imóveis eram de US$ 400 mil e US$ 290 mil. Há pouco mais de dois anos, chegaram a US$ 620 mil e US$ 500 mil, no pico do "boom" imobiliário norte-americano. Na época, Costa surfava nessa boa onda trabalhando como corretor de imóveis, o que lhe garantia um rendimento superior a US$ 10 mil ao mês. "Em dois anos, minha vida virou de ponta-cabeça", afirma. Os preços dos imóveis que ele estava comprando começaram a desabar com o estouro da "bolha". Seu rendimento despencou junto. Como no período de alta os compradores usam a valorização para levantar novos empréstimos, Costa ficou na seguinte situação: duas prestações muito altas, relativamente ao valor dos imóveis (eles hoje valem quase o mesmo que há quatro anos), e sem a renda de antes. Resultado: teve de devolver os imóveis aos bancos. Hoje, Costa mora na casa de um ex-cunhado e luta para ganhar entre US$ 2.500 e US$ 3.000 por mês dirigindo uma limosine entre Newark e Manhattan, na vizinha Nova York. "Aqui não é como o Brasil. Vou me levantar de novo, pode apostar", diz Costa, há 17 anos nos EUA. Em Newark, há prédios e ruas inteiras com imóveis fechados, grande parte deixados para trás por brasileiros, que somam cerca de 30 mil nesta cidade de 280 mil habitantes. Segundo o corretor brasileiro Valtair quem perde a casa e não vai embora acaba alugando muitos dos imóveis disponíveis, que passam a ser administrados por bancos ou corretoras. Enquanto o valor de uma prestação ("mortgage", em inglês) mais taxas de propriedade em Newark estão hoje em US$ 5.000, em média, é possível alugar imóveis grandes por menos de US$ 2.000. É o que muitos acabam fazendo. O "boom" imobiliário foi tão intenso em Newark que muitas casas que chegaram a valer mais de US$ 600 mil foram construídas, por falta de terrenos, em áreas de indústrias e galpões abandonados, degradadas e violentas. Hoje, estão vazias, para alugar ou vender, e valem um terço do que custavam no auge do mercado. Quando estava em sua "grande fase", Costa trabalhava para outro brasileiro, o "Dr. Mortgage", como é conhecido Mario Damião, 44, âncora do programa de TV "Casa Nova" (agora suspenso), exibido nos EUA e Canadá, de orientação sobre o mercado imobiliário. Há 20 anos no país, o paulistano Damião tem há dez anos uma licença para "mortgage banking" nos EUA. No auge do "boom" passou a ter, além de Costa, outros 95 corretores na sua empresa. Na boa fase, a Castle Home Mortgage chegou a girar US$ 25 milhões vendendo 60 imóveis por mês. Hoje, trabalha com apenas 20 pessoas e fechou quatro de seus oito escritórios na região. "Na época do boom era assim: O sujeito respira?. Então tem financiamento", diz Damião. Como os preços não paravam de subir, o negócio era muito pouco arriscado para os bancos, que tinham imóveis em forte valorização como garantia caso o comprador ficasse inadimplente. Até o mercado inverter e embicar para baixo. Hoje, Damião diz ter vários imóveis para alugar vazios. Ele não confia em alugá-los a quem diz trabalhar, por exemplo, no setor de construção, caso da maioria dos brasileiros. "É um emprego em extinção", diz. Damião calcula "uns dez anos" para que a demanda para a compra de imóveis volte a se ajustar à oferta em Newark. A crise imobiliária que acertou os brasileiros já deprime também outros negócios, como as várias lojas de Newark voltadas a eles. Na cidade, há ruas inteiras delas, onde o português predomina. Segundo Marta Martins, da Pantanal, especializada em artigos importados do Brasil (de CDs de forró a balas 7 Belo), o movimento caiu "pela metade" no último ano. "Muita gente já foi embora ouvindo dizer que as coisas estão melhores no Brasil. Acho que agora em dezembro e janeiro, quando o frio apertar, vai mais uma boa leva", diz. Bancos com problemas A perda em massa de casas por famílias norte-americanas e de imigrantes nos EUA gerou um problema gigantesco para os bancos no país. Além de deixar de receber as prestações pelos financiamentos concedidos, os bancos estão tendo que administrar milhares de imóveis que acabam retomando dos seus clientes --uma atividade que nada tem a ver com o seu negócio. Enquanto não encontram solução para os imóveis, a tendência é que eles se deteriorem e percam ainda mais valor. Há centenas de relatos de casas abandonadas e que acabaram sendo vandalizadas ou infestadas por insetos e ratos por causa de restos de alimentos deixados para trás. Só no terceiro trimestre deste ano, 765,5 mil famílias nos EUA tiveram ordens de despejo concedidas pela Justiça (o site www.foreclosure.com dá uma boa idéia do tipo de imóvel retomado e agora à venda). O problema já obriga os bancos a aceitar valores muito baixos para se livrar dos imóveis. A operação, conhecida como "short sale" (venda rápida), é a seguinte: o comprador inadimplente do imóvel tenta encontrar, via um corretor, alguém interessado em sua casa. Esse potencial comprador faz uma oferta à vista, na maioria das vezes muito baixa. As partes vão ao banco e oferecem o negócio. Se o banco aceitar, fica com o dinheiro à vista. O novo comprador, com o imóvel. E o antigo comprador, sem nada (mas livre da sua dívida). Depois de terem suas carteiras abarrotadas por imóveis devolvidos, os bancos também estão partindo para a ofensiva e oferecendo o refinanciamento das dívidas, especialmente depois que o Fed (o banco central dos EUA) inundou o mercado financeiro com dinheiro a juros muito baixos. Nesse caso, o banco reduz, por exemplo, o juro do financiamento de 8% ao ano para 3,5% por um prazo de normalmente cinco anos, dando fôlego ao comprador. Na sexta, o JP Morgan, maior banco dos EUA em valor de mercado, anunciou que passará a refinanciar cerca de US$ 110 bilhões de sua carteira de empréstimo imobiliário. Disse ainda que suspenderá por até 90 dias os pedidos judiciais de despejos contra seus clientes inadimplentes, até que consiga uma renegociação com eles. A FDIC, agência federal garantidora dos depósitos bancários nos EUA, também vem pressionando o Tesouro para que use parte do pacote de US$ 700 bilhões aprovado no Congresso para ajudar os compradores inadimplentes. O plano prevê a utilização de até US$ 50 bilhões a serem usados no refinanciamento, a juros menores, de US$ 500 bilhões em dívidas não pagas. Mais de 4,5 milhões de famílias tem financiamentos imobiliários em atraso hoje. Fernando Canzian, 42, é repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Ganhou um Prêmio Esso em 2006.Escreve às segundas-feiras. E-mail: fcanzian@folhasp.com.br

14 de novembro de 2008

Vai virar arranha-céu.

Novo condomínio Após 4 anos de negociação com o MP, empresa começa a demolir antiga fábrica no Campos Elíseos Parte dos prédios da Cianê-Matarazzo, fábrica têxtil nos Campos Elíseos que marcou o início da industrialização em Ribeirão Preto, começou a ser demolido ontem. O local estava abandonado desde os anos 90, quando a Cianê, última dona, abriu falência e perdeu máquinas e terreno para bancos. Foram quatro anos de negociação com o Ministério Público antes da liberação para novo empreendimento. As empresas Fit e Bild, que irão construir oito torres de 18 andares no setor que está em demolição, respondem por 60% dos cerca de 240 mil m² de área. O restante, com os dois galpões tombados, ficou para o município, que irá reformar o local para abrigar secretarias e o Arquivo Público Municipal. A demolição dever durar cerca de 30 dias. O concreto será moído e reaproveitado para preenchimento do solo na própria obra. “Vamos lançar o Jardim do Cianê ainda este ano, mas o inicio da construção deve ser em torno de junho. É um projeto que vai revitalizar o bairro”, disse Rodrigo Villas Boas, diretor de Incorporações da Bild.De acordo com Gilberto Pinhata, presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto (Conppac), o condomínio resguardou um entorno de 50 metros da parte tombada, garantindo a visibilidade do patrimônio. “Está dentro da Lei. O projeto tem, inclusive, piso permeável e plantio de árvores.”Segundo o secretário de Planejamento e Gestão Pública, Marcos Augusto de Castro Spínola, o projeto de restauro da parte municipal está pronto, mas aguarda abertura de licitação. O documento foi enviado à Secretaria de Obras Públicas durante a gestão de José Aníbal Laguna, que substituiu o irmão Wilson Laguna em abril para que este concorresse como vereador. De volta ao cargo, Wilson verificou ontem a situação e informou que o processo voltou para Planejamento para correção de formato, mas deve ser devolvido hoje. “A idéia é trazer para os Campos Elíseos uma movimentação maior”, disse Spínola.Mais de 3,2 mil funcionáriosA aposentada Leonor Barroso, 73 anos, que trabalha hoje como comerciante, lembra com saudade da época em que foi uma das 3,2 mil funcionárias da fábrica da Matarazzo. “Entrei no dia 16 de agosto de 48 e sai dia 3 de outubro de 58, pouco antes de a Cianê comprar, para cuidar da minha menina que ia completar um ano. Tinha quatro pavilhões e era um lugar muito bonito, fiquei até doente quando sai.” Leonor começou abastecendo as espulinhas, peças que jogavam os fios dos carretéis nas lançadeiras dos teares de algodão e seda, mas depois passou para o escritório. “Quebrou depois da morte do velho Matarazzo. Agora está tudo acabado, todas as janelas quebradas, as máquinas que sobraram enferrujando, dá até dó.” Além da mangueira e dos eucaliptos, Leonor recorda do galpão onde mais de 70 bicicletas se enfileiravam. “Não tinha condução, então todo mundo usava bicicleta. E era uma delícia, um lugar fresco, fizeram até um piquenique lá para nós.” (DC) DANIELLE CASTRO

11 de novembro de 2008

A hora da poupança.

Contratos da habitação Empréstimos com recursos da poupança para compra da casa própria batem recorde em Ribeirão, afirma CEF. A regional da Caixa Econômica Federal (CEF) em Ribeirão bateu o recorde de financiamento habitacional com recursos da poupança. Segundo o levantamento do banco, de janeiro a outubro deste ano o valor dos empréstimos para a compra da casa própria com o recurso foi de R$ 131,4 milhões. Um aumento de 94,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram investidos R$ 67,6 milhões. Os números registrados até outubro deste ano pela CEF já superaram em 50% o valor total de empréstimos realizados em todo o ano de 2007, de R$ 87,4 milhões. Segundo o superintendente regional da CEF, Paulo Duarte de Freitas Lins, o aumento em relação ao ano passado já era esperado, mas em menor volume. “Me assustei quando vi o levantamento de valores”, disse.Os resultados nacionais também bateram recorde neste ano. Até outubro, foram R$ 8 bilhões em empréstimos com recursos da poupança, valor 69% superior ao registrado no mesmo período de 2007, quando foram emprestados R$ 4,7 bilhões. “Todo esse movimento positivo dos empréstimos com recursos da poupança é conseqüência da estabilidade econômica em que estávamos, e que gerou aumento no emprego e renda” disse Lins. De acordo com o superintendente, na regional da CEF (55 cidades), os contratos de empréstimo estão concentrados em Ribeirão, Franca e Araraquara. “Além da estabilidade econômica, existe a grande oferta de imóveis novos na cidade e em toda região. E a maioria dos imóveis financiados pela poupança são novos”, disse. Segundo Lins, os financiamentos de imóveis que utilizam os recursos da poupança são feitos por pessoas de classe média e alta. “São feitos financiamentos de imóveis acima de R$ 500 mil. O que chama atenção para essa modalidade de empréstimo é o valor dos imóveis.”De acordo com a CEF, neste ano foram assinados 3 mil contratos, com mais de 12,5 mil pessoas beneficiadas e 12,5 mil empregos gerados na região.RECORDE131,4 mi de reais foram usados da poupança para casa própriaCrise não influi em negóciosOs números recordes de empréstimos habitacionais feitos pela CEF mostram que os investimentos do banco passam longe da crise internacional. “A instabilidade do mercado internacional não influencia nos negócios da Caixa, até agora não sentimos nenhum efeito nas contratações de empréstimos”, disse Paulo Duarte Lins, superintendente regional da CEF. De acordo com Lins, os números positivos também foram influenciados pela alta captação que o banco teve na poupança. Além dos rendimentos da poupança, que geraram aumento no fluxo de empréstimos, o superintendente disse que a CEF manteve as taxas de juros, mesmo com a crise. O comerciante Júlio César Rota Franco, 28 anos, fez um empréstimo utilizando os recursos da poupança em setembro, para a compra de um apartamento novo em Ribeirão. “Foi na época que a crise começou, mas foi fácil para conseguir. Saiu em menos de 20 dias.” (RS) RAISSA SCHEFFER

11 de novembro de 2008

Alto padrão econômico.

Como os de luxo Trisul lança em Ribeirão condomínio de apartamentos voltado para famílias com renda entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Com área total de 33 mil metros quadrados, será lançado no final deste mês, em Ribeirão Preto, o condomínio Vida Plena Ribeirão, no bairro Lagoinha. O empreendimento vai oferecer a qualidade de um condomínio de alto padrão, mas com 720 apartamentos a preços acessíveis.O Vida Plena Condomínio será voltado para famílias com renda mensal entre R$ 3 mil e R$ 5 mil e terá, assim como os empreendimentos de luxo, ampla área de lazer.“São mais de 50 itens de lazer, entre salões de festas, piscinas, quadras, deck solarium, biribol, espaço fitness, espaço gourmet e churrasqueira”, afirma o gerente de incorporação Sergio Marão Filho.A Trisul, de São Paulo, é a construtora responsável pelo empreendimento. Com projeto arquitetônico de Fernando Rivaben, projeto de interiores de Renata Cafaro e paisagismo de Neusa Nakata, o condomínio será constituído por seis torres, três de 14 pavimentos cada e as outras três com 15 pavimentos. Há a opção de apartamentos de dois dormitórios sem suíte e de três dormitórios com suíte, com preços que variam entre R$ 90 mil e R$ 130 mil reais. Esses valores podem ser financiados pela Caixa Econômica Federal. A previsão para entrega dos apartamentos é novembro de 2010.Segundo Filho, o local é privilegiado pelo fácil acesso. “Além disso é um bairro que tem infra-estrutura. Tem escolas, pontos de ônibus, comércio, o shopping que fica próximo do local e também o acesso a uma das saídas da cidade”, afirmou.Outro diferencial do novo condomínio é o estilo neoclássico. Os espaços e áreas comuns também serão entregues mobiliados. O Vida Plena Ribeirão tem um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 80 milhões. (GR)Investimento no segmentoA construtora Trisul tem investido em empreendimentos populares. Segundo Sérgio Marão Filho, gerente de incorporação, dos R$ 5 bilhões aportados pela construtora para crédito e financiamento nos próximos anos, R$ 4 bilhões foram acordados com a Caixa Econômica Federal para produtos do segmento popular. Com mais investimentos e facilidade de crédito, famílias que moravam em bairros afastados e sem infra-estrutura têm a oportunidade de conquistar a casa própria em locais mais valorizados. O condomínio Vida Plena Ribeirão também oferece essa facilidade para os futuros moradores. Os apartamentos podem ser financiados pela Caixa Econômica Federal em até 360 meses. A venda dos apartamentos ainda não começou, mas quem estiver interessado em adquirir um espaço no novo condomínio da cidade pode fazer parte do processo de pré-venda dos apartamentos. Está sendo feito um cadastro dos clientes interessados em futuramente adquirir um imóvel. (GR)

10 de novembro de 2008

Comprador de apartamento deve pesar custo-benefício de equipamentos de áreas comuns.

Piscina, quadra gramada, quadra poliesportiva, salas de musculação e de "fitness", spa, salão de festas infantil, brinquedoteca, "pet care": a lista parece interminável. A cada lançamento surge um "novo conceito em moradia" a partir de itens da área de lazer. O clube no condomínio tornou-se importante ferramenta de marketing das construtoras. Mas como discernir entre equipamentos úteis ou não no momento da compra do imóvel? "Toda pessoa quer itens de lazer [no condomínio]. Mesmo para o público econômico, desenvolve-se o mesmo conceito de condomínio-clube", conta Márcio Kawashima, que estudou o tema em sua pós-graduação no Núcleo de Real State da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo). Os mais desejados e freqüentados ainda são piscina, salão de festas, sala de ginástica e quadras esportivas. Contudo, a intenção interfere no custo. "Se for dimensionar [conforme o número de moradores] para ter todo o conforto, chega-se a algo tecnicamente bom, mas economicamente inviável", explica Odair Senra, vice-presidente do SindusCon-SP (sindicato de construtoras). Piscina e quadras esportivas exigem espaço no terreno para ter dimensões que satisfaçam os moradores --e, por isso, são as que mais costumam encarecer o condomínio e o IPTU. "O consumidor deve ficar bastante atento a "lazeres" que podem aparentemente ser importantes mas custam muito no condomínio", alerta Senra. O princípio usado deve ser o de possuir o maior número de itens de lazer úteis sem comprometer o custo condominial. Na hora da compra é essencial saber o valor estimado da mensalidade do prédio. Renomeados Em lançamentos voltados para a família, com apartamentos de dois e três dormitórios e dimensões pequenas, o espaço comum é mais valorizado. "O morador não tem uma área social muito grande dentro de seu imóvel e encara o resto como uma extensão do seu apartamento", analisa Cyro Naufel, diretor de atendimento da imobiliária Lopes. Novidades como espaço gourmet e "lounge" são evoluções do tradicional salão de festas. Spa e sala de "fitness" nada mais são do que a especialização da sala de ginástica. Agregados como redários, spa, sala de lazer infantil, espaço verde e cinema a princípio não aumentam o custo de implantação. Mas, na escolha, seu uso deve ser ponderado. Ao deixar seu sobrado por um apartamento, Marilsa de Oliveira, 46, procurou condomínios com ampla área comum. "Meu marido queria bastante área de lazer", conta. Há quase um ano no novo imóvel, a comerciante utilizou poucas vezes o espaço. Trabalhando de segunda a domingo, não lhe sobra muito tempo. "O morador gosta de ter [muito lazer], ainda que não o utilize. Onera o condomínio e o IPTU, mas também é valorizado na hora da venda", pondera Romeo Busarello, da Tecnisa. CRISTIANE CAPUCHINHOda Folha de S.Paulo -02/11/08

08 de novembro de 2008

Imobiliárias em alerta.

Novo golpe na praça - Empresário é suspeito de usar documento falso, visitar imóveis para locação e furtar objetos de seu interior O empresário Jefferson Mello de Faria, 37 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por furto e uso de documento falso por suspeita de aplicar um golpe em, ao menos, três imobiliárias de Ribeirão Preto, segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), José Gonçalves Neto.Segundo a polícia, Faria apresentava um documento de identidade falso na imobiliária com o objetivo de visitar imóveis para alugar. O delegado afirmou que o empresário fazia uma cópia da chave para entrar no imóvel depois, ou praticava o furto de peças como chuveiros, fiação e torneiras durante a visita.Gonçalves Neto informou que outras duas pessoas são suspeitas de envolvimento com o golpe. Ninguém foi preso. A Polícia Civil recebeu a denúncia de um furto no dia 16 de outubro do corretor de imóveis Heitor José Venturi Júnior, 52. Na denúncia ele afirma que um rapaz entregou um documento no qual consta o nome de Sylvio José Gentilin Garbellini, e se disse interessado em alugar um apartamento no Colina Verde. Após o prazo estabelecido para a devolução da chave, o corretor e a proprietária do imóvel foram ao local e encontraram a porta aberta. O rapaz havia levado um chuveiro elétrico, nove registros e uma torneira.Ontem pela manhã, Venturi Júnior reconheceu Faria na Praça 15 de Novembro como sendo o rapaz que pediu a chave do imóvel furtado. Ele chamou a Polícia Militar, que levou à delegacia o empresário e outras duas pessoas que estavam com ele.Segundo o delegado, o empresário tem passagem por estelionato e praticava o golpe há cerca de um mês. Com a divulgação do furto, ele acredita que outras vítimas possam procurar a delegacia. “A partir de agora iremos investigar a participação de outras pessoas, como os receptadores, além de levantar o prejuízo causado aos proprietários dos imóveis”, disse o delegado. GABRIELA YAMADA

24 de outubro de 2008

0
|
0