O número de inadimplentes caiu 11,82% em abril deste ano em comparação com o mesmo mês de 2010. É o quarto mês seguido que isso ocorre, diz levantamento mensal da Aabic (Associação das Administradoras de Bens, Imóveis e Condomínios) com 17,1 mil imóveis alugados na capital paulista. Em janeiro deste ano, o número de pessoas que deixaram de pagar o aluguel na data de vencimento caiu 26%; em fevereiro, 17,48%; e, no mês de março, a taxa caiu 9,31%. O número de inquilinos que não pagaram o aluguel até 90 dias após o vencimento também caiu em fevereiro, último mês do levantamento: de 637 para 425 unidades. Uma das razões para essa queda pode estar no aumento do preço dos aluguéis, o que pressionaria os locatários a manter o pagamento do aluguel em dia, considera Omar Anauate, diretor de condomínios da Aabic. "Às vezes, temos no mesmo prédio uma locação por R$ 1.500 e outra igual, de contrato mais novo, por R$ 2.000, R$ 2.200. Com a valorização, os proprietários estão pressionando para trocar o inquilino. A diminuição da inadimplência é uma forma do inquilino se proteger", afirma. TAXA CONDOMINIAL Entre os condomínios, a inadimplência se manteve, oscilando entre 6% e 8%. Em abril deste ano, a inadimplência foi de 7,51%, segundo o mesmo levantamento. "Se você pegar a série histórica, vai ver que esses valores estão bem estabelecidos há algum tempo", diz o diretor da Aabic. Para a diminuição desta taxa, Anauate afirma que a atuação do síndico é fundamental. "É preciso fazer uma cobrança amigável. O síndico ter flexibilidade para fazer o parcelamento, para aceitar uma negociação, especialmente dos valores maiores, antes de entrar numa ação judicial". Ele também aconselha aos síndicos que, durante a negociação, sugiram a assinatura de um documento que formalize o acordo, o instrumento particular de confissão de dívida. "O documento agiliza muito a ação judicial, [o condômino] já confessou que deve e se comprometeu a executar o acordo". Veja Mais
30 de junho de 2011
Como a medição individual de água permite conhecer o gasto de cada unidade do prédio e quais não pagam pelo insumo, condomínios de São Paulo adotam o corte ou a redução do abastecimento de moradores inadimplentes. O corte, risco normal para quem mora em casa ou em apartamento com fornecimento individualizado pela Sabesp (concessionária de água do Estado de São Paulo), torna-se polêmico quando feito por empresas terceirizadas pelo condomínio que dividem a conta de água. A medida não é consenso nem entre os advogados consultados pela Folha nem entre juízes que já analisaram casos desse tipo. No condomínio Golden Life, na Penha (zona leste), após 45 dias de atraso o morador deixa de ter água quente na unidade, conta o síndico Marcelo de Oliveira. "Desde a individualização nunca mais tivemos problemas, e nossa inadimplência caiu de 30% para 5%." "O morador poderá tomar banho frio ou banho de canequinha, só não terá água quente", afirma. ARRISCADO Alguns advogados entendem que o corte feito pela administradora do condomínio é ilegal, pois apenas a concessionária de água teria a prerrogativa de interrupção. "Acho arriscado qualquer tipo de corte de serviços essenciais como luz e água", afirma o advogado imobiliário Marcelo Manhães. "Defendo a restrição de uso das áreas comuns, como o salão de festas, desde que prevista na convenção", diz. Mas, para o advogado Márcio Rachkorsky, especializado em direito condominial, o corte de água pode acontecer. "Se aprovado em assembleia e constar na convenção, já entendo como possível." Veja Mais
30 de junho de 2011
Como diz o ditado, quem casa, quer casa. Mas a jornalista Érica Soares, de 28 anos, não queria um apartamento ou uma moradia como as tantas que existem à venda. Queria construir um cantinho do seu jeito. Comprou um terreno financiado, em São Gonçalo, por R$ 33 mil. Vendeu um apartamento para conseguir a verba para a construção. Após um ano e três meses de obra, estava erguido o lar exatamente como havia projetado. “Na época, procuramos casas, mas nada valia a pena. Eram pequenas e caras, não cabiam no orçamento. Por isso decidi construir. Parei de contar os gastos na construção da minha casa, mas hoje ela vale uns R$ 500 mil. Saí na vantagem”, acredita Érica. Embora tenha parado de calcular o investimento ao longo do tempo, a jornalista acertou. O engenheiro civil do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) Antônio Eulálio Pedrosa diz que, ao adquirir um terreno e construir a moradia, em vez de comprar uma pronta, o proprietário economiza até 50%. “A estimativa é de R$ 3 mil por metro quadrado construído. Se for comparar com uma pronta, sai pela metade do preço”, diz ele. O conselheiro do Crea-RJ alerta, porém, para os cuidados com a construção: “É preciso contratar um profissional para fazer a sondagem do solo e o projeto. Isso não é um gasto. Significa uma economia de 30% no custo da obra, porque um leigo gasta materal demais.” Financiamento de lote em até 72 vezes - Desde que se casou, a assistente administrativo Maria Venâncio, de 63 anos, orgulha-se de nunca ter pago aluguel, graças à compra de um terreno adquirido em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, na década de 70. Hoje, a moradia que começou com os cômodos básicos para uma família morar, se transformou num casarão. “Comprar o terreno trouxe muitas vantagens. Fui construindo aos poucos, quando tinha dinheiro. Hoje, a casa tem cinco quartos, com duas suítes, quatro banheiros, sala, cozinha e um terraço. Demorei uns 30 anos até deixá-la do jeito que eu queria, mas não teria dinheiro para comprar uma casa como a minha’, afirma Maria. Após três anos de namoro, a funcionária pública Isabela Braga, de 25 anos, e o namorado Carlos Souza, de 27, estão planejando se casar. Antes de escolherem a data, compraram um terreno em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para erguer uma casa. A construção, iniciada em março, está a todo vapor. “Podemos fazer do nosso #bolso. Sem falar que depois vamos economizar com condomínio, que estão caros demais”, afirma Isabela. A partir de R$ 35 mil - O casal escolheu um bairro em constante crescimento. Apesar do boom de empreendimentos, Campo Grande é uma região que ainda tem muitos terrenos à venda. Somente a Fernandes Araujo comercializa cem lotes por lá, a partir de R$ 35 mil. Os terrenos podem ser financiados por famílias que tenham renda de R$ 2.700 por mês. Com o pagamento de uma entrada de R$ 7 mil, a empresa financia o restantes em 72 prestações de R$ 538,52, corrigidas pelo IGP-M. Mais...
30 de junho de 2011
Um imóvel comprado na planta geralmente custa de 30% a 40% menos do que um de perfil semelhante na mesma região.
24 de junho de 2011
Quem adquire imóvel na planta começa a financiá-lo com a construtora ou com a incorporadora. Essas empresas têm parceria com bancos para aprovar o crédito futuro (após entrega das chaves). Essa primeira fase dura de 2 a 3 anos, durante os quais o comprador paga à empresa para que ela financie a construção. Durante a construção não há cobrança de juros sobre as parcelas, pois o produto ainda não foi entregue. O índice de correção anual de parcelas, valor das chaves e saldo devedor pode ser o INCC (Índice Nacional de Custos da Construção) ou o CUB (Custos Unitários Básicos de Construção). Dois meses antes da expedição do Habite-se (autorização emitida pela prefeitura para a ocupação do imóvel), a construtora deve entregar ao comprador um processo que deverá ser analisado por uma instituição financeira, a quem repassará o financiamento. Nesses 60 dias, o comprador deve conseguir aprovação do crédito em algum banco. O novo financiamento só sai depois que o Habite-se for averbado e for feita a especificação de condomínio no Cartório de Registro de Imóveis. Algumas construtoras oferecem a possibilidade de continuar o financiamento no pós-chaves e mantêm o imóvel em nome da empresa como garantia. Após a entrega das chaves, porém, trocam o indexador geralmente pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) mais 1% mensais, mas a incidência de juros não pode ser retroativa, incide apenas sobre o saldo devedor. A cobrança de juros sobre o valor total, conhecida como “juros no pé”, é ilegal.
24 de junho de 2011
É importante prestar atenção no valor que a construtora pede para entregar as chaves, que chega a ultrapassar 15% do preço total do imóvel. Se na hora da entrega das chaves o mutuário não tiver essa quantia, poderá perder o negócio.
24 de junho de 2011
É importante prestar atenção no valor que a construtora pede para entregar as chaves, que chega a ultrapassar 15% do preço total do imóvel. Se na hora da entrega das chaves o mutuário não tiver essa quantia, poderá perder o negócio.
24 de junho de 2011
Busque informações sobre a construtora e a incorporadora em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP, a Proteste, o Ibedec e o Reclame Aqui para saber se há reclamações e quais foram as providências tomadas.
24 de junho de 2011