Em Alphaville e Tamboré, condomínios de classe média alta nos municípios de Barueri e Santana de Parnaíba (Grande São Paulo), compradores recorrem a contratos de gaveta para escapar de pagamentos exigidos para usar o terreno.Nessas regiões, considera-se que a União é dona das terras. Para ceder seu uso, cobra-se, na transferência do imóvel para o nome do novo proprietário, um valor chamado laudêmio. Também é preciso pagar anualmente outro débito, o foro.Para evitar a despesa com o laudêmio, compradores têm deixado de obter a escritura definitiva do bem em seu nome e optado pelo contrato de gaveta, transação que não é registrada oficialmente em cartório.Na transferência de posse, quem deve pagar o laudêmio, por lei, é o vendedor. Para isso, desembolsa 5% do valor venal do imóvel --cujos preços, na região, vão de R$ 150 mil a R$ 15 milhões. O foro equivale a 0,6% desse valor e deve ser pago pelo proprietário.Mas, na prática, o comprador que faz questão de ter o imóvel em seu nome costuma arcar com o laudêmio, afirma o corretor Gilson Toral.Geralmente isso é feito por um acordo entre as partes: o vendedor embute o valor da taxa no preço que pede pelo imóvel, por exemplo.Três "gavetas"O químico Arnaldo Menck, 60, morador do Alpha Empresarial há 20 anos, quitou o laudêmio ao adquirir seu primeiro apartamento no condomínio e pagou o foro anual.Segundo ele, a burocracia custou-lhe gastos extras: "Tive de contratar um agente para ficar em cima do serviço do patrimônio da União e conseguir que os documentos fossem emitidos", relata.Há dez anos, comprou outro apartamento que "havia passado por três contratos de gaveta" e diz não ter recolhido o laudêmio por causa da burocracia e por questionar a legalidade do aforamento-muitos consideram que foi abolido no Código Civil de 2002. Mas a Secretaria de Patrimônio da União sustenta sua obrigatoriedade (leia mais na página 2).A gerente do Patrimônio da União no Estado de São Paulo, Evangelina Pinho, 41, rebate: "Criou-se um mito de que aqui é tudo muito embaraçado. Entram até com mandado de segurança [para apressar a documentação], mas, em casos em que o imóvel esteja irregular, a emissão demora mesmo".A gerente afirma que casos irregulares são exceções e estima que 95% dos imóveis dos condomínios estejam com o laudêmio e o foro em dia.Uma porcentagem precisa só será conhecida daqui a um ano, prazo previsto para a secretaria concluir o levantamento dos imóveis aforados da região."Há prédios que não existem no nosso cadastro porque a incorporadora não entregou o registro", justifica Pinho.Quando o comprador só descobre que tem dívidas pendentes depois que fechou negócio, há poucas chances de pedir indenização na Justiça. DÉBORA FANTINIda Folha de S.Paulo -19/11/06
19 de novembro de 2006
Antônio Vicente Golfeto Recentemente falamos que, aos poucos, o nordeste paulista vai construindo uma região metropolitana.Trata-se da verdadeira e boa região metropolitana porque se assenta em processo lento de conurbação econômica.A conurbação econômica caracteriza-se por um fato: todos os municípios que compõem a região metropolitana – e que, portanto, interagem reciprocamente uns com outros – constituem bairros de uma única cidade. É isto uma metrópole.A metrópole soma bairros como se fossem municípios.A região metropolitana soma municípios como se fossem bairros. Os bairros somam o loteamento regulares ou irregulares, legais ou clandestinos. Fiquemos com um exemplo: a metrópole paulista.Os bairros de São Paulo interagem entre si. Alguns têm demografia tão expressiva que, se fossem municípios independentes, estariam entre os mais populosos do Estado de São Paulo. Uma região metropolitana difere de uma metrópole apenas porque os municípios que a compõem têm autonomia política enquanto que os bairros de uma metrópole não têm.Em virtude da região metropolitana que estamos construindo como tarefa de seguidas gerações mais o fato de os municípios serem bairros de uma única cidade econômica, a interação é grande. Sertãozinho, por exemplo, pode estar mais ligado – e certamente está – ao centro de Ribeirão Preto do que alguns bairros de Ribeirão Preto mesmo. Jardinópolis, também. Isto para ficarmos apenas em dois exemplos. Esta é a marca, o sinete, o diferencial que prova a conurbação econômica. A mesma conurbação pode ser vista através dos veículos estacionados em Ribeirão Preto – para ficarmos apenas com o exemplo daqui – nas ruas próximas das universidades, dos hospitais, dos centros de serviço e nos shoppings centers assim constituídos e conhecidos. Mas as ruas de outras cidades igualmente apresentam este panorama. Basta prestar atenção nas ruas de Pradópolis, Barretos, Araraquara. Quando foi instituído o pedágio foi fácil verificar famílias que moravam em cidades da região e trabalhavam em Ribeirão Preto transferirem residência para cá. E vice-versa, isto é, gente que morava aqui e trabalhava em Franca, em Sertãozinho e mesmo em Jaboticabal, mudar-se para lá.Jardinópolis, Brodowski, Cravinhos, por serem cidades menores em termos demográficos, oferecem o primeiro item no ranking de qualidade de vida. São boas pedidas para se tornarem cidades-bairros residenciais.Quem chega mais rápido ao centro de Ribeirão Preto: quem está em Jardinópolis ou quem está na Vila Abranches, simpático bairro da cidade?Há sempre quem nos pergunta sobre se há, no mercado, espaço para o lançamento de novos conjuntos fechados para residências. Haveria, segundo quem pergunta, quase que um esgotamento do lado da procura. Houvesse novos lançamentos, eles poderiam encalhar, ficar muito tempo em oferta e, então, as residências que os compõem perderiam muito em valorização pecuniária. Imóvel que perdura longo tempo em oferta acaba se desvalorizando. Os conjuntos residenciais também. Esta é uma regra do mercado imobiliário.A cautela tem razão de ser. Mas quando analisada com mais vagar pode ser questionada. Vejamos.Primeiro seria importante saber o preço de cada unidade lançada. Não é por acaso que preço é uma palavra que tem a mesma raiz de precioso – vêm de pretium, em Latim – o que indica uma necessidade embalada em cautela.Segundo, seria importante – para avaliar a viabilidade econômica do lançamento – considerar também a fotografia atual do mercado financeiro. A queda da taxa básica de juros – a tal de Selic - movimento que deve continuar se acentuando exatamente porque os índices de preço estão até aquém do que as autoridades haviam planejado, reflete-se na remuneração dos títulos públicos. Estes – notadamente as Letras Financeiras do Tesouro, as tais de LFTs – compõem o grosso das carteiras dos fundos de investimento, tanto os DI como os de renda fixa. Terceiro não é bom se esquecer de verificar o valor do condomínio.Analisando-se a menor rentabilidade das aplicações no mercado financeiro e outras opções oferecidas pelos bancos – inclusive a alternativa mais popular das cadernetas de poupança – segue-se que investimento em imóveis passou a ser uma alternativa viável.Evidente que este investimento é menos para se obter rendimento de maneira direta. Mas para se obter: 1- retorno sob a forma de valorização; 2 - retorno sob a forma de aluguel. O investidor possivelmente ocupe um imóvel que, vago com sua mudança para a unidade adquirida, pode gerar remuneração, dar retorno, sob a forma de locativo.Qualquer lançamento neste sentido é não raro precedido por pesquisa de mercado, instrumento a que qualquer empresa dinâmica e bem gerida não deixa de considerar. De maneira que, do lado da empresa do setor da construção civil, a cautela da viabilidade sempre precede qualquer lançamento. É preciso considerar o outro lado: o do investidor. E, para este, cada caso é um caso.
15 de novembro de 2006
foto: MATHEUS URENHAA tecnologia é uma aliada no cotidiano da vida moderna. Hoje, as casas são equipadas com inúmeros eletroeletrônicos. Uma cozinha prática é sinônimo de vários equipamentos: microondas, forno elétrico, cafeteira, lava-louça, torradeira, fritadeira, grill...Mas isto exige que a instalação elétrica da casa seja bem dimensionada. Os circuitos que alimentam estes equipamentos precisam ter uma capacidade de corrente maior. “Só o microondas consome 1.500 watts, e deveria ter uma tomada e um disjuntor exclusivo para proteger a fiação”, alerta o engenheiro elétrico, Roberto Teixeira Moura.Ele comenta que normalmente há apenas um disjuntos para a cozinha e as pessoas vão pendurando novos equipamentos, que consomem muita energia, e não se preocupam em reforçar a rede elétrica.“A fiação fica com uma capacidade aquém da carga instalada”, diz. Se a instalação estiver inadequada, com um disjuntor que não protege o fio pode ocorrer um curto-circuito. Caso a fiação tenha sido muito danificada, às vezes chega a derreter, será preciso trocá-la. Trocar apenas o disjuntor só vai aumentar o problema, pois ele não irá desarmar, aumentando assim o risco de acidentes. A solução é redimensionar a instalação de acordo com a capacidade necessária.Um erro comum é tentar sanar a falta de tomadas para plugar todos os eletroeletrônico com a colocação dos chamados ‘tês’, benjamins ou réguas. Na verdade você pode estar criando um problema. Está gerando um somatório da potência de cada aparelho numa mesma tomada, que nem sempre tem uma fiação compatível. Se todos forem ligados ao mesmo tempo pode acontecer uma sobrecarga.“Haverá um superaquecimento. A fiação vai se deteriorando. Se ela estiver exposta a algum material que propaga chamas por acontecer um incêndio”, esclarece o engenheiro. Este tipo de distúrbio pode queimar os equipamentos.Por isso antes de instalar os equipamentos é essencial analisar a voltagem total deles. Mesmo que a pessoa troque a fiação de vários circuitos pode correr o risco de afetar o disjuntor geral. “Ele vai receber a somatória de todos os aumentos de carga da residência, por isso precisa ser revisto. Caso contrário a casa pode ficar sem energia”, avisa.DispositivoNas construções mais modernas o quadro de força funciona com seletividade. Há um disjuntor específico para cada circuito, evitando que o problema afete o disjuntor geral e impeça o fornecimento de energia para toda a residência.Hoje é obrigatório o uso do DR - dispositivo diferencial residual - nas áreas molhadas da casa, cozinha, serviço e banheiros para diminuir o risco de choques graves. Mas o engenheiro ressalta que poucas pessoas sabem disso.“Quando você pega numa torneira, por exemplo, e sente um formigamento significa que está acontecendo uma fuga de corrente de energia pelo seu corpo, o que já é um choque”, explica Moura.O dispositivo detecta essa fuga e desarma a instalação, impedindo um choque fatal.“Quando começa a ocorrer muita queda de energiaalguma coisa está errada, é hora de fazer uma revisão”, alerta Moura.DICASVistoria do quadro de força pode prevenir problemasAntes de alugar um imóvel você pode se resguardar fazendo uma vistoria das condições da instalação elétrica. Se for um apartamento antigo provavelmente não há setorização no quadro.“Era colocado um alimentador tronco que derivava para várias tomadas, ou seja, poucos disjuntores para atender a todos os circuitos”, diz Moura.O eletricista cita alguns pontos a serem observados.Comece olhando o quadro de disjuntores e a organização dele. Quanto mais disjuntores, mais setorizada está a rede. Cada equipamento estará protegido por um disjuntor, o que facilita a troca e a manutenção.“A capacidade do disjuntor deve sempre ser inferior a do condutor”, ressalta.Revise se os interruptores estão acionando uma pequena quantidade de carga. Faça uma inspeção no estado de conservação das tomadas. “As mais novas possuem uma proteção adicional, em que a parte metálica não fica tão exposta, diminuindo o risco de choque”, diz.O engenheiro aconselha contratar um eletricista capacitado para verificar se há problemas ou desgaste na fiação. “Ela pode estar com o isolante ressecado devido ao uso. O ideal é que a fiação seja trocada com no máximo dez anos”, explica.O profissional poderá checar se há um subdimensionamento da fiação para atender às cargas necessárias.VALESKA MATEUS
15 de novembro de 2006
foto: WEBER SIANO aumento da inadimplência e a resistência de muitas pessoas em afiançar um contrato de aluguel fez surgir no mercado o termo ‘fiador profissional’. Mais comum nas capitais, este serviço também vem ganhando espaço no interior. “A prática está se expandindo”, assegura o diretor de locação do Secovi -SP, Jaques Bushatsky.Os ‘fiadores profissionais’ oferecem desde o comprovante de renda até documentos de imóveis e cobram em média o valor de um a dois aluguéis pelo serviço. “A pessoa cobra para assumir a responsabilidade como fiador numa locação”, explica o delegado regional do Creci-SP, Sinésio Rodrigues. Das formas de garantia locatícia, a fiança ainda é a mais utilizada, representando cerca de 70% dos contratos, segundo dados do Secovi – SP. Mas quem já alugou um imóvel sabe que não é fácil conseguir um fiador. Há uma lista de garantias exigidas pelas imobiliárias para que uma pessoa se enquadre. “Hoje em dia muitos amigos e parentes têm medo de assumir esta posição”, analisa Rodrigues.O diretor do Secovi explica que a fiança profissional não é crime, mas abre portas para precedentes criminais. O risco de contratar ou aceitar este tipo de serviço surge quando a documentação é falsa ou quando o imóvel colocado em garantia já está comprometido com outro contrato de locação. “Eles (os fiadores profissionais) fazem a mesma operação umas 200 vezes. Quando acionamos a pessoa para despejo do inquilino, descobre que o imóvel já foi penhorado. Aí você entra na fila de credores”, discorre Bushatsky.Ele explica que há riscos para locador, locatário e imobiliária. O proprietário do imóvel pode ficar sem garantia de pagamento. A imobiliária pode ser acionada na Justiça pelo dono do imóvel, caso ele prove que houve negligência na avaliação do contrato. Já o inquilino pode entrar como cúmplice no processo, mesmo sendo inocente.Para o delegado regional do Creci, esta situação é mais comum nos contratos particulares. “O proprietário nem sempre se atenta a verificar toda à documentação necessária, por isso está mais suscetível”, avalia.Já o diretor do Secovi afirma que algumas imobiliárias também podem cair nessa ‘cilada’.“Quanto mais sofisticada a análise de crédito, menor as chances de falhas. Mas somente as imobiliárias bem estruturadas têm meios de fazer isso”, revela Bushatsky.Segundo Rodrigues, as imobiliárias já estão precavidas sobre este tipo de problema, pois existe uma triagem detalhada dos documentos apresentados pelo futuro fiador. “Através da sua matrícula verificamos no cartório de registros de imóveis se há averbação. A certidão de propriedade atualizada mostra um breve relato do imóvel’, fala.Este tipo de profissional não é regulamentado, por isso não há fiscalização, exceto quando se configura crime.“Isso tem gerado insegurança para os locadores e riscos para os envolvidos”, conclui Bushatsky.OPÇÃOSeguro-fiança evita a procura de um fiadorPara quem não tem um fiador, os especialistas sugerem a contratação do seguro-fiança. Modalidade prevista na Lei 8.245 de 1991 e que vem crescendo no mercado. Segundo o diretor do Secovi, possui um preço semelhante ao de um ‘fiador profissional’’ e não apresenta riscos. No seguro-fiança locatícia, o inquilino paga uma taxa recolhida à seguradora. Caso fique inadimplente, a seguradora garante ao dono do imóvel o pagamento dos aluguéis. O seguro pode ser contratado por 12 meses, com renovação automática, ou pelo prazo legal de contrato. “O seguro básico fica em torno de 70% do primeiro aluguel”, diz Bushatsk. Mas a depender da apólice os valores podem chegar a custar um e meio do aluguel por ano, algo em torno de 12% a mais no valor mensal do aluguel. Apesar de ter um custo, diferente da fiança convencional, para algumas pessoas evita o constragimento de buscar um fiador. VALESKA MATEUS
06 de novembro de 2006
Algumas cidades têm economia rural mais forte do que a economia urbana. Pradópolis, para ficarmos em nossa região, é um oportuno exemplo. Outras, ao contrário, têm economia urbana mais forte do que a rural. Não raro, a economia destas cidades dá destaque ao binômio comércio e serviço embora também haja aquele tipo de cidade com indústria cuja renda pesa mais do que outros setores na geração do PIB. Ribeirão Preto tem forte economia urbana emoldurada por uma região em que a renda gerada vem mais do campo. É um híbrido que a torna diferente, do ângulo de análise, sobretudo para urbanistas.“Ao rei, tudo. Menos a minha honra”, dizia o deputado Djalma Marinho, do Rio Grande do Norte nos idos da década de 60 do século XX. Pode-se parafrasear o parlamentar, dizendo: “tirando a honra e ficando somente com os imóveis, todos podem ser transacionados. A questão é o preço”.Economia com forte matiz de mercado, com grande tendência de liderança que acelera os negócios, RP é singular. Tudo vira negócio. É certo que guerra, religião, esporte, arte, tudo o que no passado recente era área infensa a transação, virou igualmente negócio. É nesta velocidade que se muda de conceito. E que os imóveis mudam de residencial para comercial, embora o oposto não seja tão comum, isto é, imóvel comercial transformar-se em residencial. Já havíamos dito que escola e hospital, territórios típicos do binômio educação e saúde, são âncoras poderosas de qualquer centro comercial, tradução para o português da expressão inglesa shopping center. Onde existir o binômio hospital e escola – claro que quanto maior, mais movimentado for o estabelecimento, tanto um quanto outro, melhor – está criado um pólo de atração de pessoas transformáveis facilmente em consumidores.Atualmente os imóveis próximos destes estabelecimentos já são valorizados por natureza. Mas, se você souber que determinado imóvel vai ser transformado em hospital ou em estabelecimento de ensino ou, ainda, se for um terreno que vai receber construção para qualquer destas duas atividades, não tenha dúvida: aposte no investimento. É boa pedida. Todo shopping center tem uma âncora que é quem segura um movimento mínimo de pessoas. Quando esse shopping é de comércio que tem porta para rua ou comércio tradicional, escolas, hospitais, rodoviárias, são – dentre outros – âncoras poderosas.ANTÔNIO VICENTE GOLFETO
06 de novembro de 2006
ANGELA PEPE Antônio Diederichsen foi um empreendedor descendente de alemães que investiu no comércio e setor imobiliário de Ribeirão. De acordo com levantamento histórico, foi o responsável pela construção do primeiro prédio com mais de três pavimentos na cidade, o edifício Diederichsen, no Centro.A Avenida que leva seu nome fica no Jardim América, Zona Sul de Ribeirão. Antônio Diederichsen é a trigésima sétima reportagem da série "Sua Rua", que a Gazeta faz em homenagem aos 150 anos de Ribeirão.Segundo informação do Arquivo Público Municipal, Diederichsen nasceu no dia primeiro de agosto de 1875, era filho de Bernardo e Ana Carolina Diederichsen.Antônio estudou em colégio brasileiro-alemão no Brasil e seu pai o mandou para a Alemanha, onde se formou em agronomia. Após a faculdade, voltou para o Brasil para trabalhar em terras de propriedade de seu tio Arthur Diederichsen. No início do século XX, Diederichsen se mudou para São Paulo contratado para trabalhar no Banco Brasileiro-Alemão. Na seqüência, o Banco Construtor e Auxiliar de Santos decretou falência e Diederichsen comprou o espólio em sociedade com João Hibbeln.
30 de outubro de 2006
Ficar preso no elevador não é uma situação confortável e pode ser até desesperadora para quem tem claustrofobia e entra em pânico quando o aparelho emperra. Chegar em casa com as compras e encontrar o elevador quebrado altera o humor de muitas pessoas. Por isso, defeitos nos elevadores são reclamações constantes de condôminos. Uma manutenção preventiva eficaz pode evitar este tipo de transtorno.O diretor de uma empresa de manutenção e conservação de elevadores, Ricardo Rodrigues, que está há 16 anos no mercado, comenta que qualquer tipo de barulho já é índice de problemas. Se a lubrificação nas guias não for feita, por exemplo, o elevador começa a apresentar ruídos. A falta de ajuste no limitador de velocidade pode fazer com que o elevador se auto-desligue. “De tanto se movimentar ele sai da posição e pára na parede”, explica. Portas mais lentas é sinal de falta de regulagem. Outro item que gera defeito é a sujeira na casa de máquinas. Uma simples sacolinha de plástico jogada no poço do elevador pode levar alguém a ficar preso. Quando o elevador está parando muito, deve ser realizada uma investigação. Um técnico monta um plantão para acompanhar o funcionamento e detectar o defeito. “Ele vai checar a linha de segurança. Muitas vezes o zelador chama a assistência e quando chegamos ao local ele já voltou a funcionar, aí não se consegue identificar a causa”, comenta Rodrigues.A manutenção preventiva num prédio de dois elevadores sai em média R$ 300 a R$ 450 mensais, incluindo a visita mês e o atendimento de chamadas 24 horas.Mensalmente devem ser verificados os itens de segurança e de perfomance, como o nivelamento da cabine e se o elevador está trepidando. Deve ser realizada também a manutenção semestral, onde são checados a estrutura e todos os comandos. A empresa de manutenção também irá prestar consultoria na escolha de equipamentos que possam promover economia de energia. “O retorno automático que em muitos condomínios colocam para aumentar a comodidade e programa o elevador para ficar sempre em algum andar, aumenta o gasto energético”, ressalta o diretor.Já o comando dúplex, programa para que apenas um elevador atenda ao chamado. Isso impede que os dois elevadores se desloquem para atender a um mesmo andar. “Há uma economia de pelo menos 30% de energia”, ressalta Rodrigues. Elevador novo nem sempre é sinal de tranqüilidade. Às vezes há falhas de implantação que podem provocar problemas. “Já atendemos casos em que na montagem uma das ligações foi invertida e por conta disso às vezes a placa travava”, cita.ANTIGOSModernização traz economia de energiaA idade dos elevadores do edifício em que seu Luiz Carlos Prado é síndico começou a pesar no orçamento do condomínio. “O elevador tem 22 anos e já estava desgastado. Várias peças estavam sendo trocadas e muitos moradores ficavam presos”, conta Prado. A solução para economizar e proporcionar mais conforto aos condôminos foi modernizar o equipamento. O comando, antes mecânico, foi trocado por um eletrônico, os corredores receberam indicador de andar e nas cabines foram colocados sensores de presença. “O sistema moderno trouxe cerca de 40% de economia de energia para o condomínio”, fala.Como o prédio tem muitas pessoas idosas e também com deficiência foi adicionado o sistema braile nos botões de chamada das cabines. “Também colocamos luz de emergência e telefone. Antes se o elevador parasse a pessoa ficava presa no escuro”, comenta.Mas as mudanças não ficaram restritas à parte estrutural. O piso e o teto receberam novos revestimentos. “Além da melhoria estética, agora eles estão em pleno funcionamento. A manutenção tem sido feita apenas nas portas”, avalia Prado. DICASAtitudes ajudam a prevenir problemasNão tente economizar no orçamento do condomínio cortando a manutenção e conservação dos elevadores.- Não deixe que pessoas mexam nos equipamentos dos elevadores, somente a firma contratada está autorizada. Porteiros e zeladores não são técnicos.- Evite infiltração de água durante a lavagem do hall do elevador.- Não guarde objetos na casa de máquinas.- Avise aos moradores para não jogarem lixo e objetos no fosso.- Nunca ultrapasse a capacidade do elevador- Informe que o botão não deve ser apertado várias vezes, pode quebrar o sistema de mola interno.- O sistema de mola interno pode quebrar se o morador ficar apertando o botão várias vezes, por isso é melhor alertar os usuários.- Alerte as crianças para não ficarem pulando nos elevadores, porque o equipamento é programado parar caso seja detectado algo diferente. Logo a criança poderá ficar presa no elevador.- A chave de emergência só deve ser entregue a pessoas capacitadas.“Se o porteiro não travar direito a porta de um outro pavimento, alguém pode abri-la e cair no poço”, alerta Rodrigues.VALESKA MATEUS
30 de outubro de 2006
Ficar preso no elevador não é uma situação confortável e pode ser até desesperadora para quem tem claustrofobia e entra em pânico quando o aparelho emperra. Chegar em casa com as compras e encontrar o elevador quebrado altera o humor de muitas pessoas. Por isso, defeitos nos elevadores são reclamações constantes de condôminos. Uma manutenção preventiva eficaz pode evitar este tipo de transtorno.O diretor de uma empresa de manutenção e conservação de elevadores, Ricardo Rodrigues, que está há 16 anos no mercado, comenta que qualquer tipo de barulho já é índice de problemas. Se a lubrificação nas guias não for feita, por exemplo, o elevador começa a apresentar ruídos. A falta de ajuste no limitador de velocidade pode fazer com que o elevador se auto-desligue. “De tanto se movimentar ele sai da posição e pára na parede”, explica. Portas mais lentas é sinal de falta de regulagem. Outro item que gera defeito é a sujeira na casa de máquinas. Uma simples sacolinha de plástico jogada no poço do elevador pode levar alguém a ficar preso. Quando o elevador está parando muito, deve ser realizada uma investigação. Um técnico monta um plantão para acompanhar o funcionamento e detectar o defeito. “Ele vai checar a linha de segurança. Muitas vezes o zelador chama a assistência e quando chegamos ao local ele já voltou a funcionar, aí não se consegue identificar a causa”, comenta Rodrigues.A manutenção preventiva num prédio de dois elevadores sai em média R$ 300 a R$ 450 mensais, incluindo a visita mês e o atendimento de chamadas 24 horas.Mensalmente devem ser verificados os itens de segurança e de perfomance, como o nivelamento da cabine e se o elevador está trepidando. Deve ser realizada também a manutenção semestral, onde são checados a estrutura e todos os comandos. A empresa de manutenção também irá prestar consultoria na escolha de equipamentos que possam promover economia de energia. “O retorno automático que em muitos condomínios colocam para aumentar a comodidade e programa o elevador para ficar sempre em algum andar, aumenta o gasto energético”, ressalta o diretor.Já o comando dúplex, programa para que apenas um elevador atenda ao chamado. Isso impede que os dois elevadores se desloquem para atender a um mesmo andar. “Há uma economia de pelo menos 30% de energia”, ressalta Rodrigues. Elevador novo nem sempre é sinal de tranqüilidade. Às vezes há falhas de implantação que podem provocar problemas. “Já atendemos casos em que na montagem uma das ligações foi invertida e por conta disso às vezes a placa travava”, cita.ANTIGOSModernização traz economia de energiaA idade dos elevadores do edifício em que seu Luiz Carlos Prado é síndico começou a pesar no orçamento do condomínio. “O elevador tem 22 anos e já estava desgastado. Várias peças estavam sendo trocadas e muitos moradores ficavam presos”, conta Prado. A solução para economizar e proporcionar mais conforto aos condôminos foi modernizar o equipamento. O comando, antes mecânico, foi trocado por um eletrônico, os corredores receberam indicador de andar e nas cabines foram colocados sensores de presença. “O sistema moderno trouxe cerca de 40% de economia de energia para o condomínio”, fala.Como o prédio tem muitas pessoas idosas e também com deficiência foi adicionado o sistema braile nos botões de chamada das cabines. “Também colocamos luz de emergência e telefone. Antes se o elevador parasse a pessoa ficava presa no escuro”, comenta.Mas as mudanças não ficaram restritas à parte estrutural. O piso e o teto receberam novos revestimentos. “Além da melhoria estética, agora eles estão em pleno funcionamento. A manutenção tem sido feita apenas nas portas”, avalia Prado. DICASAtitudes ajudam a prevenir problemasNão tente economizar no orçamento do condomínio cortando a manutenção e conservação dos elevadores.- Não deixe que pessoas mexam nos equipamentos dos elevadores, somente a firma contratada está autorizada. Porteiros e zeladores não são técnicos.- Evite infiltração de água durante a lavagem do hall do elevador.- Não guarde objetos na casa de máquinas.- Avise aos moradores para não jogarem lixo e objetos no fosso.- Nunca ultrapasse a capacidade do elevador- Informe que o botão não deve ser apertado várias vezes, pode quebrar o sistema de mola interno.- O sistema de mola interno pode quebrar se o morador ficar apertando o botão várias vezes, por isso é melhor alertar os usuários.- Alerte as crianças para não ficarem pulando nos elevadores, porque o equipamento é programado parar caso seja detectado algo diferente. Logo a criança poderá ficar presa no elevador.- A chave de emergência só deve ser entregue a pessoas capacitadas.“Se o porteiro não travar direito a porta de um outro pavimento, alguém pode abri-la e cair no poço”, alerta Rodrigues.Jornal A Cidade -29/10/06VALESKA MATEUS
30 de outubro de 2006