|

Notícias

Fuga para o interior movimenta o mercado

O mercado imobiliário do interior está em alta - e ganhando uma ajuda extra da capital. O bom momento vivido pelo setor estimula o espírito bandeirante de muitos paulistanos que nos últimos anos resolveram ir em busca do sonho de uma vida com mais qualidade em municípios localizados a até 100 quilômetros da capital. Com isso, cidades como Sorocaba, Campinas e Jundiaí recebem boa parte desses novos moradores. Em Sorocaba, o vice-presidente de Interior do Secovi, Flávio Amary, afirma que, embora o setor imobiliário esteja num período de plena atividade em todo o País, o diferencial da cidade é a proximidade com a capital (92 quilômetros) e os indicadores sociais. “A cidade se destaca em quesitos como segurança, educação e emprego.” A chegada de indústrias, como a montadora da Toyota, em fase de instalação, está atraindo para a cidade um público com perfil qualificado. Nos últimos três anos, foram lançados 15 condomínios horizontais de alto padrão. A cidade ganhou o terceiro shopping center e tem outros três em construção. A boa infraestrutura atraiu o engenheiro químico Rogério Damatto, de 45 anos. Morador de Perdizes, na capital, ele optou por Sorocaba por causa da segurança e da qualidade de vida. “Como o preço da terra era mais em conta do que comprar um imóvel em São Paulo, pudemos escolher um lugar agradável e construir de acordo com o nosso gosto.” Se for preciso, ele vai fazer como o grande número de paulistanos que residem em Sorocaba e viajam para trabalhar na capital. As irmãs Rosilda, Rosa, Rosana e Regina Mitcovi são paulistanas, mas optaram, cada uma a sua vez, por morar no interior. Primeiro foi Rosilda, há quinze anos. Depois, Rosana, há três. Agora, Rosa e Regina acabaram de fechar negócio por meio de um financiamento no programa Minha Casa, Minha Vida. “Fiz propaganda mesmo porque aqui é tudo de bom. Não tem trânsito, nem poluição e é mais fácil conseguir escola, hospital, emprego”, conta Rosana. O plano das irmãs é convencer a mãe, que é viúva, a trocar a capital pelo interior. “Ela sempre morou naquele bairro (Santo Amaro) e, por isso, resiste”, diz Rosana. A quinta irmã, Aparecida, é a única que não tem planos de sair da capital. “Quem migra de São Paulo para Jundiaí (a 58 km da capital) busca casas ou apartamentos de 80 a 180 metros quadrados”, afirma a diretora geral do Secovi local, Célia Benassi. Embora o sindicato não tenha números oficiais para mensurar esse movimento, os dirigentes regionais identificam qualitativamente a demanda. “As pessoas procuram muito os bairros com fácil acesso às rodovias, e buscam qualidade de vida ao sair da capital.” O comerciante Edson de Assis, de 45 anos, que mora em Jundiaí há oito anos, também trabalhava na capital. Há quatro anos, decidiu ficar de vez no interior e apostar no comércio que abriu com o apoio da mulher. “Foi um projeto de vida. Vi outras cidades, mas escolhi Jundiaí porque é perto de São Paulo, com melhor acesso às rodovias”, conta. “Minhas filhas são praticamente jundiaienses. E minha família, de São Paulo, vem para a cidade nos fins de semana. A qualidade de vida no interior é outra.” Gerente internacional em um banco, Carlos Neumann, de 40 anos, não se importa de sair diariamente de Jundiaí para trabalhar em São Paulo. “Não vejo nenhuma desvantagem”, afirma o morador do bairro Eloy Chaves, localizado perto do acesso às rodovias Anhanguera e Bandeirantes. “As condições de vida em Jundiaí são muito melhores.” Polos. Em Campinas (a 95 km da capital), o diretor de incorporação do Secovi local, Flávio Bauer, diz que não há um levantamento quantitativo, mas projeta que 70% dos residentes não são da cidade. “É uma estimativa qualitativa. A migração começa nos polos universitários, onde quase 60% não são de Campinas e 70% desses que são de fora acabam ficando na cidade depois de concluírem os estudos.” Segundo ele, o contingente mais expressivo vem de São Paulo, embora sejam identificados grupos do Rio, Paraná, sul de Minas e outros estados. “A partir da década de 1950, Campinas passou a crescer e tornar-se sede de muitas empresas. Há dois tipos de migrantes: os que fazem o trajeto até São Paulo diariamente e os que ficam de vez na região.” O próprio Bauer é um exemplo. “Vim em 1979, transferido do Rio para cá por uma multinacional. A maioria vem e acaba gostando, é muito agradável viver aqui.” Veja Mais

19 de abril de 2011

Condomínios registram reclamações entre vizinhos relacionadas às varandas gourmet

São Paulo - As varandas gourmets são a última tendência e grande atrativo dos novos empreendimentos. Elas fazem sucesso entre os compradores, mas quando eles se tornam moradores, o que era um atrativo pode se tornar uma dor de cabeça e causar problemas de convivência entre vizinhos. E os condomínios impõem restrições para alterar o ambiente com liberdade. “Hoje, as pessoas querem comprar uma sacada, não um apartamento. É o grande chamariz das vendas, junto com outros equipamentos de lazer dos prédios”, diz o diretor de condomínios da administradora predial Itambé, Renê Vavassori. Segundo o diretor, a empresa tem registrado poucos incidentes entre os vizinhos por causa da varanda gourmet, mas em compensação, têm surgido várias disputas em relação à descaracterização das sacadas por alguns moradores, principalmente na hora de envidraçar os espaços. “O condomínio, por meio de assembleia, estabelece um padrão estético único para todas as varandas. Mesmo assim, alguns moradores querem fazer mudanças que ferem as características da fachada do prédio. No entanto, certos proprietários não aceitam o fato e acham que têm o direito de decorar como quiserem”, conta Vavassori. Além das mudanças de estilo, os “salões de festa suspensos” também incomodam pelo barulho. A gerente de relacionamento com o cliente da administradora Lello Condomínios, Márcia Romão, diz que as varandas gourmets ainda são novidade, por isso a administradora ainda está se adaptando às novas demandas trazidas pelo espaço. “O problema é a algazarra, pois os moradores trazem os eventos para dentro de casa. Como ficam nas sacadas, e muitas ainda não estão envidraçadas, o ruído atrapalha mais”, afirma. Ainda de acordo com Márcia, nos condomínios administrados pela empresa ainda não houve casos de brigas judiciais relacionadas à varanda, mas já foram emitidas várias advertências sobre o barulho causado por celebrações realizadas até tarde. Queixas - O síndico Haroldo da Silva convive diariamente com a descaracterização e excessos das comemorações no condomínio Poema Granja Julieta, na zona sul de São Paulo. Cabe a ele administrar as reclamações e demandas dos 368 apartamentos equipados com as varandas gourmets e distribuídos em quatro torres. Sobre os desvios de padrão estético, diz que já teve que emitir dez notificações e multar quatro apartamentos pelas modificações não autorizadas. “As pessoas são muito criativas e querem trocar luminárias, cores, e pendurar objetos. É quando precisamos intervir”, diz o síndico, que também conta com a ajuda dos moradores para fiscalizar as mudanças. O barulho das festas, no entanto, não tem causado tanta comoção no condomínio. “Às vezes, as pessoas passam do horário estipulado, mas não acontece com frequência. Quem tem a varanda sabe que ela é feita para festividades”, conclui. Veja Mais

19 de abril de 2011

.

Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância.

13 de abril de 2011

.

Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância.

13 de abril de 2011

Negócio financiado

Os contratos de financiamento imobiliário firmados por pessoas jurídicas cresceram 933% no Banco do Brasil entre o primeiro trimestre do ano passado e o mesmo período de 2011. Os valores concedidos passaram de R$ 52,5 milhões para R$ 575 milhões. Só em março foram contratadas operações no valor de R$ 358 milhões, de acordo com o banco. O Bradesco registrou crescimento de 40,9% no crédito imobiliário para empresas no ano passado em relação a 2009. O total movimentado chegou a R$ 6,2 bilhões. O Santander, por sua vez, movimentou R$ 5,4 bilhões em 2010, com aumento anual de 39,7%. O valor financiado pelo Itaú Unibanco para o segmento, também no ano passado, cresceu 59,2% e chegou a R$ 5,2 bilhões. O crescimento do crédito imobiliário para pessoas jurídicas no Itaú Unibanco foi superior ao registrado para pessoas físicas, que foi de 53,7% no ano passado, segundo dados do banco. Veja Mais

13 de abril de 2011

Declaração de imóvel lidera dúvidas no IR

Dúvida mais recorrente é saber como declarar venda seguida de compra de um imóvel (Foto: Divulgação) Samir Choaib é advogado tributarista. Há alguns anos, quando chega o período de declaração do imposto de renda, viaja pelo País para palestrar sobre o tema. Em 2011, afirma ele, a dúvida mais recorrente é sobre a possibilidade de isenção de imposto quando há a venda seguida de compra de um novo imóvel. “Mas há algumas regras para isso”, alerta o advogado. A mesma constatação pode ser feita pelo volume de perguntas de leitores sobre o tema que o Estado tem recebido. De cerca de 1,5 mil questões recebidas por e-mail (imposto.renda@grupoestado.com.br), pelo menos 40% são sobre a venda seguida de compra de novo imóvel. As respostas da tributarista Elisabeth Libertuci são publicadas diariamente no caderno. Para um entendimento mais claro, tome-se o exemplo de um contribuinte possui um imóvel declarado por R$ 100 mil e o vende por R$ 1 milhão. Se, em até 180 dias, esse mesmo contribuinte comprar um ou mais imóveis por R$ 1 milhão, ele está isento de IR. “Se ele comprar um imóvel de R$ 500 mil, pagará 15% de imposto sobre os outros R$ 500 mil”, completa Choiab. O benefício só contempla negociações de imóveis residenciais. Terrenos também não se enquadram na regra. O advogado afirma que o benefício é uma boa manobra tributária. “Ainda levando em conta o exemplo, supondo que o novo imóvel de R$ 1 milhão seja vendido um dia depois da compra, não há incidência de imposto sobre o ganho de capital de R$ 900 mil”, detalha. São poucos os que não têm dúvidas na hora de declarar o imposto de renda. Pensando no futuro, começam a surgir escolas particulares que ministram aulas sobre o tema para os alunos do ensino médio (que, em geral, não são obrigados a entregar declaração). Em São Paulo, por exemplo, as escolas Santa Amália e Augusto Laranja já aderiram à iniciativa. “Na aula, contei desde como surgiu o imposto de renda no mundo e ensinei o passo a passo da declaração”, conta o professor Igor Golinelli, do Augusto Laranja. “Eles se interessam pelo tema. As principais dúvidas são sobre porque alguns têm imposto a receber e outros, a pagar”, comenta o professor. No Santa Amália a proposta é um pouco diferente. Os alunos do ensino médio primeiramente tiveram uma breve aula sobre o imposto de renda seguida da exigência de uma pesquisa abrangente sobre o tema. Dias depois, foi feito um fórum entre as classes para discutir as informações estudadas. Alíquota, diferença entre o modelo completo e simplificado estão entre os assuntos mais abordados. Saiba mais...

13 de abril de 2011

Aluguel na praia custa a partir de R$ 80

O custo de passar na praia o fim de semana prolongado do feriado da Semana Santa é de no mínimo de R$ 80 por dia. Esse é o menor valor de aluguel de imóvel no Litoral paulista encontrado para esta temporada em pesquisa feita com 35 imobiliárias de dez cidades litorâneas pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP). O aluguel médio diário de R$ 80 é para imóveis pequenos, de dois cômodos, e situados em cidades como Peruíbe e Praia Grande, no Litoral Sul. Já as unidades de quatro dormitórios estão sendo oferecidos pelos proprietários a valores que chegam a R$ 1.350 a diária. Trata-se do maior valor de locação diária entre todos os apurados pela pesquisa. A pesquisa também mostra que é possível alugar esse tipo de casa ampla praticamente pelo mesmo valor no Litoral Norte, onde estão cidades como Ilhabela e Ubatuba, ou por menos em cidades do Litoral Central, como Guarujá e Santos. A diária sai por R$ 905, mas baixa para R$ 700 ao se trocar a casa de 4 dormitórios pelo apartamento similar. As diárias de locação deste ano, de forma geral, estão mais caras que em 2010. Os campeões de aumentos foram apartamentos de tamanhos diferentes situados no Litoral Norte. Os de 1 dormitório subiram 258,17%, maior alta apurada pela pesquisa CRECI-SP. O aluguel médio em 2010 era de R$ 127,50 e agora está cotado em R$ 456,67. Os apartamentos de 2 dormitórios eram alugados em média por R$ 238,00 e nesta temporada saem por R$ 578,57, ou 143,10% a mais. No caso dos apartamentos de 3 dormitórios, a alta foi de R$ 127,14% ? o aluguel médio subiu de R$ 345,00 em 2010 para R$ 785,71 agora. A pesquisa também registrou casos de aluguel que permaneceram estáveis, como as casas de 1 dormitório do Litoral Sul - o aluguel de 1 dormitório em 2010 permanece o mesmo este ano. As únicas reduções de valores das diárias foram as de apartamentos de 1 dormitório no Litoral Central (de R$ 143,30 para R$ 120, queda de 16,26%) e das casas de 2 dormitórios no Litoral Sul (de R$ 325,00 para R$ 300, queda de 7,69%) e no Litoral Norte (de R$ 340 para R$ 247,73, queda de 27,14%). “O preço está dado pelos proprietários às imobiliárias, mas isso não significa que seja esse o valor final que se vai pagar para passar o feriadão na praia”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CRECI-SP. “Pechinchar é sempre uma opção que se tem para pagar menos, mas só não se deve deixar para fazer isso na última hora, na corrida dos desesperados para ir à praia, porque aí não tem como nem o que negociar”, acrescenta. A pesquisa CRECI-SP foi feita nas cidades de Bertioga, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, Santos, São Sebastião, Caraguatatuba, Ubatuba e Peruíbe. Veja Mais

13 de abril de 2011

Ruídos amorosos podem gerar multa. Ou forçar construtoras a acharem solução acústica

Dia desses, por volta das 3h da madrugada, a artesã J. S. acordou de sobressalto. A gritaria, vinda do apartamento acima, não era um episódio isolado. Mas naquela quarta-feira o excesso de animação do vizinho ultrapassava os limites, com direito a gemidos incessantes pontuados pela batida da cama no chão. Diante da situação, J.S., que também é síndica do prédio, optou por não tomar qualquer atitude drástica. Gentilmente, conversando com jeitinho, conseguiu diminuir os decibéis dos encontros amorosos do vizinho garanhão. Mas nem sempre é assim. Em São Paulo, a síndica Rejane Albuquerque, tenente licenciada da Aeronáutica, distribuiu nos apartamentos de seu condomínio uma circular pedindo para que os moradores procurem a portaria do prédio caso escutem “gemidos amorosos exagerados” antes das 8h ou após às 18h, de segunda a sexta. Os responsáveis podem ser multados em R$ 290 (ou uma taxa de condomínio). Exagero? O interessante é que Rejane confessa, agora, que, antes de assumir o condomínio, foi a protagonista de um constrangimento que espera evitar com tal medida: “Digamos que eu me empolguei na hora “H” e, inesperadamente, fui interrompida pelo síndico, o subsíndico e dois conselheiros, que bateram à minha porta para reclamar do barulho. Depois disso, baixei a norma assim que assumi o condomínio.” Há quem ache exagero. Mas não é o caso do síndico C. A. No prédio onde mora, os protagonistas são um casal recém-casado que se mudou recentemente. “Eu comecei a me perguntar se o problema não seria a parede do meu apartamento, que é fina demais. Mas constatei que, mesmo da portaria, era possível ouvir o casal. De fato, incomoda. Mas fico envergonhado só de pensar em pedir aos pombinhos para que contenham a animação. A minha esperança é que a euforia pós-casamento termine logo”, brinca o síndico. Há casos que, de tão inusitados, chegam a estampar as capas de jornais. Em Maringá, no Paraná, uma balconista foi presa por desacatar policiais que bateram à sua porta para checar uma denúncia de vizinho: que estaria se excedendo nos gemidos. “Ela ficou nervosa com a chegada dos policiais e com a aglomeração de pessoas e acabou agindo de forma pouco respeitosa”, conta o jornalista Roberto Silva, que cobriu o caso. Segundo o advogado Hamilton Quirino, especialista em direito imobiliário, tal problema tornou-se mais recorrente nos prédios novos, por conta da diminuição da espessura das paredes. Nesse último caso, diz, a construtora pode inclusive ser acionada para encontrar uma solução acústica quando as paredes são incapazes de preservar a intimidade dos vizinhos. Mas, na prática, não é o que acontece. “As pessoas buscam orientação porque têm dificuldades de lidar com o assunto. Mas dificilmente um caso como esse chega à Justiça. Em geral, é marcada uma reunião com o casal, sempre de forma discreta, para evitar constrangimentos”, diz Quirino. Para a sexóloga Regina Navarro Lins, a solução é apelar para paliativos como fechar portas e janelas, ligar o ar condicionado ou investir em proteção acústica para o quarto: “Há casos em que realmente o barulho extrapola os limites do tolerável, mas isso é raro. A questão é que o sexo ainda é visto como um ato feio e sujo na nossa cultura. Dessa forma, os gritos de prazer geram desconforto. Mas, além do preconceito, ainda há outros motivos, como a inveja do prazer alheio.” Veja Mais  

13 de abril de 2011

0
|
0