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Savoy é a discreta "dona de São Paulo"

Empresa do ramo imobiliário tem pelo menos 180.000 m2 comerciais na capital de SP, dos quais 93.000 m2 no centro. Estratégia é comprar imóvel para alugar; corretores dizem que não é fácil negociar com a família Salomone. Ao percorrer o centro de São Paulo, a avenida Paulista ou bairros mais afastados na capital, há grandes chances de passar por um prédio -ou vários- de uma empresa pouco conhecida fora do ramo imobiliário, mas que tem um portfólio gigantesco. A Savoy Imobiliária Construtora, fundada em 1952, acumulou até hoje ao menos 180.000 m2 comerciais na cidade, 93.000 m2 só na região central, onde foram contabilizados 17 prédios inteiros, segundo a Folha apurou. Entre eles o da Galeria Olido, com 29.200 m2, que foi alugado pela Prefeitura de São Paulo, para a Secretaria da Cultura, por R$ 429 mil por mês, segundo a Savoy. Mesmo considerando que só esse prédio tem quase 30.000 m2, a Savoy diz administrar "50.000 m2 de diversos proprietários" no centro. Na Paulista, a Savoy tem sete edifícios, como o Paulista Mil, no qual a empresa está sediada, e mais da metade do Conjunto Nacional. E também há shoppings no portfólio: o Aricanduva e o Central Plaza, na zona leste, e o Interlagos, na zona sul. Os três idealizados pela empresa e construídos em sociedade com investidores parceiros de longa data -cerca de 20-, que a Savoy não revela quem são. Considerando galpões industriais espalhados pelo Estado de São Paulo -onde está a maioria- e no Rio, a carteira de imóveis supera 1 milhão de metros quadrados, número confirmado. HERMETISMO A reportagem se deparou com o hermetismo da família Salomone, dona da empresa, tida no mercado como discreta e avessa a entrevistas. Hoje, são quatro Hugos no comando da Savoy: Hugo Enéas Filho, Hugo André e Hugo César -herdeiros-, além do pai, Hugo Enéas Salomone, que fundou a empresa com o irmão, Lúcio, há quase seis décadas. Os outros três filhos de Hugo Enéas Salomone -Humberto, Renata e Ana Estela- também participam. Mas, aos 81 anos, o patriarca, de Ribeirão Preto, interior paulista, ainda vive de perto o dia a dia do negócio. A empresa tem fama de possuir a maior conta de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de São Paulo, o que a Savoy classifica como "lenda". Levantamento feito pela Folha mostrou que, em 2009, os shoppings do grupo na capital paulista encabeçavam a lista dos devedores do imposto, com R$ 86,2 milhões em atraso, ou 57% da dívida do segmento. A empresa diz que moveu ações discutindo erros de lançamento do IPTU, mas depositou o valor em juízo, o que suspende o direito da prefeitura de cobrar o imposto até a decisão da Justiça. CONDIÇÃO A estratégia básica da companhia é comprar os imóveis para alugar, não para revender. E, ultimamente, sobretudo no centro de São Paulo, a empresa diz que só adquire edifícios com contrato de locação já fechado. Além disso, a Savoy vende serviços de reforma dos imóveis aos inquilinos, cobrando uma taxa mensal sobre o valor investido nas obras. Corretores antigos no mercado dizem que não é fácil negociar com a família Salomone. A percepção é que a companhia cobra muito pelo que tem -muitas vezes, em mau estado de conservação- e quer pagar pouco pelo que pretende comprar. Os irmãos Hugo Enéas e Lúcio Salomone começaram a fazer fortuna no ramo imobiliário por volta dos 20 anos de idade com loteamentos populares no litoral paulista. A Folha apurou que, entre a Praia Grande e Mongaguá, 80% da extensão foi aberta pela Savoy nas décadas de 1950 e 1960. A empresa comprava terrenos e vendia os lotes. Foi assim até a Lei Lehmann, de 1979, exigir do loteador toda a infraestrutura antes da comercialização, o que encareceu o negócio. Veja Mais

28 de fevereiro de 2011

Financiar casa pede projeção no futuro

Consumidor deve projetar evolução de renda, gastos e preço dos imóveis durante o prazo de financiamento. Prestações com índice de correção alto podem trazer surpresas ao mutuário, que deve optar por taxas baixas. É uma pergunta que 9 milhões de brasileiros que desejam comprar um imóvel nos próximos 10 meses, segundo pesquisa do Instituto Data Popular, devem estar se fazendo neste momento: afinal, vale ou não vale a pena utilizar crédito imobiliário? Quais são as vantagens e desvantagens associadas? Segundo especialistas ouvidos pela Folha, a resposta mais honesta é: depende. Assim como qualquer outro produto financeiro, linhas de crédito imobiliário têm prós e contras na comparação com outras opções para levantar dinheiro. O que determina o que é melhor ou pior são as necessidades e capacidade de pagamento de cada pessoa. A empresária Sandra Sasaki, por exemplo, conhece os dois lados dessa moeda. Num momento de aperto, quase perdeu um apartamento por conta das altas prestações atreladas ao CUB (Custo Unitário Básico), índice de inflação da construção, que disparara na época. Passado o susto, vendeu o apartamento não quitado e financiou outro imóvel, com parcelas fixas. "Fizemos a coisa certa. Se estivesse usando essas parcelas para pagar um aluguel, hoje não teria meu apartamento." Foi o que fez o comerciante José Marcelo Cunha da Silva, 38, que conseguiu financiamento na BM Sua Casa, financeira especializada em crédito imobiliário, que libera carta de crédito, na hora, pela internet. Feitas as simulações, ele pagará R$ 900 de prestação, valor próximo do de seu aluguel. JUROS E PRAZOS Juro baixo e prazo longo são os principais atrativos para quem financia imóvel. "Para a pessoa física, as taxas de juros do crédito imobiliário são imbatíveis, com prazos de até 30 anos", afirma Luiz França, diretor do Itaú e presidente da Abecip (associação das empresas de crédito imobiliário). A explicação é que a fonte de recursos -poupança e FGTS- é barata para os bancos. O apetite das instituições financeiras aumentou nos últimos três anos com a perspectiva de queda dos juros e com a melhora nas garantias devido à alienação das casas. Por outro lado, o mutuário fica incomodado ao perceber que financiando acabará pagando o dobro ou o triplo do valor do imóvel à vista. Com juros anuais de 12%, a dívida duplica após seis anos. Entra aqui a necessidade de calcular perdas e ganhos na ponta do lápis. Quanto a pessoa consegue pagar de entrada em um financiamento? As parcelas cabem tranquilamente no bolso? Se fosse aplicar o dinheiro para comprar à vista, qual seria o rendimento dessa aplicação? Quanto paga de aluguel hoje e daqui cinco anos? Acrescente-se a essas indagações a explosão dos preços dos imóveis nos últimos anos. Em São Paulo, o metro quadrado útil dos lançamentos subiu 177% desde 2000. Embora os especialistas afirmem que a tendência é de desaceleração, esperar uma queda nos preços pode resultar em frustração. É o que ocorreu com a produtora cultural Vivian Schaeffer, que desistiu de comprar uma cobertura por um ótimo preço, aguardando a possibilidade de adquiri-la à vista no futuro. "Perdi uma grande oportunidade. Hoje esse imóvel vale quatro vezes mais", lamenta a produtora. Veja Mais  

28 de fevereiro de 2011

Setor da construção espera edificar 2,1 bi de m2 para habitação até 2020

Até 2020, o Brasil terá de construir 2,1 bilhões de metros quadrados de edificações -o equivalente a mais de três vezes a área de Cingapura-, segundo a Abramat (associação da indústria de material de construção). O volume seria capaz de suprir uma necessidade habitacional de 20 milhões de novas moradias entre 2009 e 2020, de acordo com a entidade, que baseou seus cálculos em projetos de residências de 105 m2 em média de área total. O tamanho dos números alerta o mercado não só pela quantidade de terrenos que serão demandados, cerca de 900 milhões de metros quadrados, mas também pela capacidade da mão de obra, com 2,7 milhões de postos de trabalho adicionais. "O governo tem ajudado a desenvolver a economia com programas de construção, como o PAC e o Minha Casa. Mas, para mantermos, é preciso ter competitividade", afirma Melvyn Fox, presidente da Abramat, que lista carga tributária e concorrência chinesa como fatores preocupantes. A pressão sobre os custos de terra e trabalho pode inibir investimentos. A indústria de material de construção tem hoje utilização de cerca de 87% de sua capacidade instalada. "É alto, mas não chega a preocupar, se o nível de indústrias investindo na ampliação da capacidade for alto", diz Fox. Os números fazem parte de um estudo da Abramat sobre competitividade do país no setor, que será levado ao governo no final de março. INGLÊS EXPANDIDO A marca de escolas de idiomas Fisk vai expandir sua rede com 50 novas unidades franqueadas neste ano no Brasil. A empresa também está em negociação de contratos para ampliar a sua presença no exterior, onde já atua em países como Paraguai, Argentina, Estados Unidos, Japão e Angola. "Mas o foco agora é o Brasil. O mercado está aquecido e deve aumentar", diz Bruno Caravati, CEO da Fisk. Para atender a demanda crescente por ensino de inglês, impulsionada pela proximidade da Copa, a empresa desenvolveu cursos de tradução e intérprete. Com cerca de mil escolas, 93 delas no exterior, a Fisk faturou R$ 700 milhões no ano passado. Para este ano, a estimativa é de um crescimento de aproximadamente 20%, de acordo com Caravati. Veja Mais

28 de fevereiro de 2011

Bolha da vez

Imóveis da classe média chegaram perto do pico de valorização nos grandes centros. Especulação com aumento de preço pode não dar certo em 2011. Não será diferente no Brasil. O preço dos imóveis disparou em todos os países que tiveram a combinação de aumento na renda, crédito farto e escassez de oferta nas áreas mais disputadas dos grandes centros urbanos. Só faltam juros menores e condições de financiamento mais camaradas para acelerar o processo. Aquela euforia emergente de futuro brilhante adiante, que também alimenta a alta dos preços, o Brasil tem faz tempo. A má notícia é que as condições de temperatura e pressão mudaram desde o ano passado. Agora, os juros vão é subir. Os bancos devem apertar a liberação de empréstimos e a economia vai esfriar um pouco. Só que as construtoras e o mercado imobiliário se preparavam para mais um ano de crescimento acelerado, acima de dois dígitos. O resultado são estoques e preços nas alturas, que não combinam com períodos de desaceleração e abrem caminho para bons negócios. Segundo Luiz Paulo Pompéia, economista da consultoria Embraesp, especializada em avaliação de imóveis, é improvável que os preços caiam em São Paulo, mas também será difícil crescer no ritmo visto até 2010. No ano passado, o preço dos apartamentos novos saltou 34,4% -a maior alta desde 1996, quando a Embraesp começou a fazer a pesquisa. Para o consultor, os imóveis com maior potencial de valorização são os voltados para a classe C. A indústria tem, segundo ele, 15 anos de trabalho pela frente para zerar a falta de habitações. Nos anos 2000, poucos investimentos renderam mais do que os imóveis em regiões selecionadas. Em São Paulo, os preços dos apartamentos novos saltaram 177,88% de 2000 até 2010, segundo a Embraesp. A valorização dos lançamentos inflaciona toda a cadeia imobiliária. Puxa junto os preços dos poucos terrenos ainda existentes e também os imóveis mais antigos, além dos custos de produtos e serviços da construção. "As construtoras estão preocupadas com aquele investidor que compra um apartamento na planta esperando vendê-lo com preço maior pouco antes da entrega das chaves. São pessoas que podem não ter como pagar as prestações se não venderem o imóvel. É um pequeno subprime brasileiro", disse Pompéia. Apesar da preocupação, ninguém acredita que estamos próximo de uma ressaca, como ocorre nos EUA e na Europa desde 2008. A razão é que o crédito imobiliário é pequeno e primitivo demais no Brasil. Ainda não anda com as próprias pernas e precisa de recursos subsidiados da poupança, com juros tabelados. Com juros na casa de 12% ao ano, os valores financiados dobram em seis anos. Quem faz um empréstimo por 30 anos com essa taxa facilmente deverá mais, no meio do financiamento, do que valerá o imóvel, deixando o banco sem garantia. Veja Mais

28 de fevereiro de 2011

Moradores estão acuados pelo medo da violência

Assustados pelo caso recente da morte de um jovem durante tentativa de assalto, moradores da Ribeirânia e da Nova Ribeirânia pedem socorro. "Hoje o cidadão tem de ficar preso", diz Wilson Picinato, trancado na fortaleza com portão do tipo "gaiola", na Ribeirânia O assunto é um só entre os moradores e comerciantes da Ribeirânia e Nova Ribeirânia - o medo de assaltos e furtos. Grades reforçadas, cercas elétricas, câmeras de vigilância e até portões duplos revelam que a insegurança faz parte do cotidiano da região. E não é por menos. Entre 2009 e 2010, o índice de roubos cresceu 25% na Ribeirânia e 13%, na Nova Ribeirânia. Mas os números falam menos do que um caso recente, a morte de um estudante durante uma tentativa de assalto. Ricardo Hideo Yamada, de 25 anos, foi morto na noite do dia 29 de janeiro, na rua Otto Benz, na Nova Ribeirânia. Yamada conversava com um amigo dentro do carro, por volta das 22h, quando dois homens armados anunciaram o assalto. O estudante foi baleado no abdome por um dos assaltantes e morreu depois de ser levado ao hospital. Um dos suspeitos do crime foi preso na semana passada, mas o rastro de medo deixado pela morte vai durar por muito tempo. Basta andar pela região para encontrar vítimas da violência. Em apenas um quarteirão da Ribeirânia é possível encontrar quatro casas que já foram roubadas, em um intervalo de menos de dois anos. Segundo os moradores, o problema se intensificou nos últimos quatro anos, depois que a base da PM do bairro foi desativada. "Quem mora aqui está muito assustado. Ninguém fica mais conversando na rua. Meu filho entra de ré na garagem para não dar as costas para a rua", afirma Rita de Cássia, que mora há 18 anos na Ribeirânia. "Toda semana, ficamos sabendo de dois ou três casos de violência", afirma. Uma ex-vizinha de Rita se mudou do bairro depois de ser vítima de um assalto a sua residência. "O casal foi feito refém e bateram no marido dela", conta a moradora. Para a autônoma Ana Maria Parra, 54, os bandidos observam a rotina do morador, antes de agir. "Os assaltos se tornaram um grande problema", afirma. O medo da violência fez o pai do administrador Wilson Picinato, 41, criar uma fortaleza em equipamentos de segurança, depois de ser vítima dos assaltantes por três vezes, na Ribeirânia. "Em uma delas, às 15h, os bandidos aproveitaram que meu pai, de 75 anos, estava entrando em casa e o renderam. Ele reagiu e levou uma coronhada na cabeça", diz Wilson. Na entrada da casa, há um portão duplo, do tipo "gaiola", comum em prédios de alto padrão. Travas de segurança no portão eletrônico e sensor de barreira infravermelho fazem parte do aparato. "Hoje o cidadão tem de ficar preso. Não temos mais liberdade de ficar nem no portão de casa". PM afirma que ‘está focada’ nos dois bairros O capitão da 2ª Companhia do 51ª Batalhão de Polícia Militar do Interior, Artur Henrique Loffler, afirmou que a possibilidade de se implantar uma nova base da PM na área depende do efetivo e do índice de criminalidade. Mas reconhece que é preciso melhorar o policiamento na região. Hoje duas viaturas fazem a ronda nos bairros e uma dupla de motocicletas realiza o apoio nos horários críticos. "Por conta do aumento nas estatísticas, nossas operações policiais estão focadas nesses dois bairros", disse Loffler. De acordo com ele, os moradores precisam adotar um comportamento preventivo. "Queremos ensinar medidas e cautela. A segurança é uma responsabilidade de todos", afirmou o policial. Veja Mais  

27 de fevereiro de 2011

Investidor aposta na revenda de apartamentos novos

Investir no setor imobiliário sempre foi uma tática atraente para quem opta por capitalizar dinheiro com segurança e liquidez. Diferentemente do que acontece com veículos, por exemplo, um imóvel raramente perde valor depois da aquisição. Em um aquecido cenário de lançamentos, comprar uma unidade na planta para revender após a entrega das chaves é um negócio que tem atraído investidores. Isso porque um imóvel na planta se valoriza até 30% após a entrega das chaves, afirma Ricardo Pinto de Almeida, sócio-diretor da Consult Imóveis, que oferece serviços de planejamento e treinamento para imobiliárias. "É nele que os investidores ganham dinheiro, porque encontram um mercado consumidor bastante promissor", comenta. Além de esse tipo de aquisição custar aproximadamente 20% menos do que a de um imóvel pronto, o investidor paga prestações livres de juros enquanto a construção não é finalizada, até a entrega das chaves. De olho nessa tendência, a executiva M. A. (que pediu para não ser identificada) compra um lançamento a cada três anos para revender e capitalizar o dinheiro. "Já vendi um, aluguei dois e estou aguardando três ficarem prontos para passar para frente. É um investimento mais seguro do que na Bolsa de Valores", contabiliza. Para evitar surpresas, a executiva afirma que, para investir, não basta conhecer as regiões mais promissoras -é preciso checar a credibilidade da construtora. "Já comprei um apartamento de uma que faliu. Perdi o dinheiro", relembra. Para Ricardo Carazzai, diretor da imobiliária Fernandez Mera, a falta de terrenos disponíveis para novas construções também favorece a venda de imóveis lançados há até sete anos. "Há clientes que os procuram por causa da modernização da planta e da conservação do espaço", comenta. Os bairros que mais concentram seminovos são Campo Belo (zona sul), Brooklin, Perdizes, Vila Romana e Morumbi (todos na zona oeste), afirma Almeida. "O centro é uma exceção porque é cercado por imóveis antigos." EXPECTATIVAS Segundo Fernando Site, gerente-geral de vendas da imobiliária Coelho da Fonseca, os seminovos representam 30% de todos os imóveis usados comercializados pela empresa no ano passado. A expectativa é que as vendas desse segmento de usados cresçam ainda mais nos próximos anos, mesmo com a alta da taxa de juros e a da inflação, afirma Lucas Penteado, diretor da Pronto!, imobiliária do grupo Lopes. "Estamos vivenciando apenas o começo dessa tendência, uma vez que os seminovos vendidos hoje são os lançamentos de três anos atrás, quando o setor imobiliário começou a se tornar aquecido", destaca. O engenheiro Rafael Santos Silva, 27, comprou um seminovo de dois quartos em Osasco por R$ 150 mil. Otimista com a rentabilidade do investimento, ele espera revender o imóvel no ano que vem por R$ 30 mil a mais. "Com a diferença, espero poder comprar um apartamento do mesmo nível na capital paulista, onde os preços chegam a dobrar", diz. Veja Mais  

27 de fevereiro de 2011

Valorização de imóveis é maior entre os mais antigos

A valorização dos usados se acentua com a idade. O preço dos imóveis que foram construídos há mais de 15 anos subiu 57,4% de 2008 a 2010, segundo pesquisa do Creci-SP. Segundo o consultor Ricardo Pinto de Almeida, essa diferença para os que têm até sete anos -valorização de 31,53%- se dá porque os mais antigos têm metragem maior e estão em locais privilegiados, onde as construtoras não acham mais terreno. "Existe um perfil de comprador para cada imóvel. Há pessoas que preferem quartos maiores e decoração antiga em detrimento de uma planta pequena em um condomínio com espaço de lazer", exemplifica. Segundo as imobiliárias ouvidas pela Folha, a maioria das pessoas que buscam apartamentos com mais de 15 anos são adultos com família grande ou idosos. Já o preço costuma ser até 30% menor que o de seminovos. "A diferença [de preço] varia conforme a metragem e a localização, mas os antigos são mais baratos na maioria das vezes", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. Um dos fatores para essa diferença é o número de vagas no estacionamento. Enquanto antigos costumam ter só uma, alguns novos têm mais do que três. Veja Mais  

27 de fevereiro de 2011

Diária de locação para o Carnaval varia de R$ 120 a R$ 3.400

O custo da diária do aluguel de um imóvel no litoral paulista ou carioca durante o feriado do Carnaval varia entre R$ 120 e R$ 3.200, mostra estudo divulgado  pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo (Creci-SP). Mansão com quatro suítes em Angra dos Reis (RJ) custa entre R$ 2.800 e R$ 3.200 (Foto: Divulgação) O menor valor encontrado no litoral paulista foi para locação de quitinete em Peruíbe e Praia Grande, no litoral sul. Já a maior foi localizada no Guarujá ou em Santos, na faixa central do litoral paulista. De acordo com a pesquisa, os imóveis de dois dormitórios foram os mais procurados no período. Comparando com o período 2010, o litoral sul apresentou aumento de 114,63%, enquanto o custo no litoral norte registrou queda de 57,16%. O levantamento foi feita nas cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Guarujá, Ilhabela, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Sebastião, São Vicente e Ubatuba com 47 imobiliárias. “Embora nem sempre se consiga descontos, a negociação pode resultar em um preço menor, especialmente para os que não deixarem para alugar na última hora”, diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. Já no Rio de Janeiro, devido à tragédia das chuvas na Região Serrana, a demanda nas cidades Búzios, Angra dos Reis e Paraty aumentou 30%, mas, segundo o vice-presidente do Creci-RJ, Edecio Cordeiro, os preços não acompanharam o aumento desta demanda. Quem quiser gastar menos com locação durante a folia pode recorrer aos imóveis com até dois dormitórios no Cabo Frio (próximo às praias do Forte e Peró).  Mas há também casas e apartamentos mais aconchegantes com cinco quartos em Búzios com diárias entre R$ 2.800 e R$ 3.200. No entanto, o valor mais alto foi encontrado em Angra dos Reis. O preço de uma mansão com quatro suítes em frente à praia com apoio náutico, serviço de caseiro e cozinheiro varia de R$ 2.800 a R$ 3.400 por dia. Na comparação com o carnaval de 2010, os preços podem não ter subido, mas, segundo Cordeiro, aqueles que se adiantaram e garantiram o imóvel entre novembro e janeiro conseguiram preços até 15% mais baixos. SIGA AS DICAS: Na hora de alugar um imóvel de temporada, não é somente o preço que deve ser levado em conta. De acordo com Creci, é fundamental tomar algumas medidas para garantir um período de folga tranquilo. Segurança - Na hora da locação, deve-se optar por um corretor de imóveis ou uma imobiliária, exigindo a apresentação do registro profissional no Creci. Com isso, há mais chances de a negociação ser segura. O pagamento deverá ser feito de forma antecipada, o que é previsto em lei para esse tipo de locação. Visita - A dica é visitar o imóvel antes de fazer o depósito antecipado. Não confie apenas nas informações obtidas pela Internet. Caso não seja possível a visita, uma boa alternativa é buscar referências. Vistoria - Ao visitar o imóvel, teste todos os aparelhos e acenda as luzes. Vasos sanitários, descargas e chuveiros precisam ser verificados. Contrato - O contrato de locação protege locador e locatário. No documento devem constar os dados completos do proprietário, do inquilino temporário e do imóvel. Deve-se fazer uma relação de todos os utensílios que estão na unidade. De acordo com a atual legislação, o contrato de locação por temporada tem como prazo máximo 90 dias. Garantia - É preciso ter uma cláusula referente ao cheque-caução, que é a garantia para o locador se algum objeto for danificado. Em geral, esse cheque equivale ao valor da locação contratada e é devolvido no fim da temporada, se não houver nenhuma avaria. Inquilinos - O contrato deve ter o número de pessoas que vai ficar no imóvel. Se exceder, poderá ser cobrada uma taxa adicional, com valor a ser fixado no contrato. Conta de luz - Para não sofrer com o corte súbito no fornecimento de luz, exija do proprietário, ou de seu representante legal, a apresentação das últimas contas de energia devidamente pagas. Veja Mais  

22 de fevereiro de 2011

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