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Notícias

MRV vai construir imóveis para a faixa que ganha entre zero e três salários

Focada em imóveis populares, sobretudo para famílias que ganham entre três e seis salários mínimos, a mineira MRV vai começar a analisar terrenos para construir empreendimentos ainda mais baratos. Ignorado até então pelas grandes incorporadoras, o segmento não tem se mostrado viável. Com a sinalização do governo de que haverá reajuste nos valores do programa Minha Casa, Minha Vida, a MRV e outras empresas, antes reticentes, começam a mudar de ideia. "Nosso foco não será esse, mas vamos fazer as oportunidades que surgirem. Não acredito que vai ser mais do que 5% do nosso negócio nunca", diz Rubens Menin, presidente da MRV. Veja Mais  

24 de janeiro de 2011

Universitários de fora da capital querem morar perto da faculdade

Eles movimentam o mercado imobiliário no início do ano; saiba como encontrar as melhores opções. Basta a divulgação dos primeiros resultados das provas do vestibular para o mercado imobiliário ficar em polvorosa. Com a aprovação no  exame, muitos estudantes que moram em outras cidades ou estados vêm para a capital à procura de um imóvel perto da faculdade. Daniel Teixeira/AEEm família. A estudante Stefanie Ventura divide apartamento próximo à PUC-SP com o irmão Segundo um levantamento da imobiliária Lello, o volume de atendimentos aumenta 35% nos meses de dezembro e janeiro por causa dos estudantes. A demanda é  maior nas regiões próximas a universidades, como Perdizes, Pacaembu, Pinheiros e Jardins, na zona oeste, Vila Mariana e Moema, na zona sul, Higienópolis, na  região central, e em Santo André (SP). Para conseguir um imóvel com bom preço e boa localização em meio a tanta concorrência, é necessário ter paciência e disposição para percorrer as ruas  e imobiliárias da cidade. “O jeito mais fácil é ir de prédio em prédio e conferir se há apartamentos vagos com os porteiros. É melhor negociar diretamente  com o proprietário”, diz o estudante de direito Gabriel Sala, de 23 anos, que há quatro anos divide um apartamento de dois quartos próximo ao Mackenzie com  um amigo. Ao contrário dele, a maioria dos estudantes prefere morar sozinhos. Segundo a diretora comercial da Lello, Roseli Hernandes, apenas 15%dos estudantes estão  interessados em dividir o imóvel. “Os pais preferem que o filho more sozinho. Como os apartamentos de um dormitório são escassos, a maioria é obrigada a  alugar os de dois quartos.” A locação de um imóvel de dois dormitórios varia de R$ 1,2 mil a R$ 2,5 mil. Já o de um dormitório tem oscilação maior e pode chegar a até R$ 3 mil. Alguns fatores podem reduzir o valor do aluguel, como a ausência de garagem no prédio e a localização do imóvel. Quanto mais distante da faculdade, mais  barato. “Quem estuda na FAAP, que fica em Higienópolis, por exemplo, pode encontrar preços mais em conta em Santa Cecília, bairro vizinho”, diz Roseli. Outra dica é procurar um apartamento já mobiliado, o que ajuda a reduzir as despesas iniciais. Na hora de fechar negócio, o estudante deve ter toda a documentação necessária em mãos (veja abaixo). “É bom não perder tempo, porque se a  pessoa não aluga na hora, vem outro e fecha negócio”, diz Roseli. Quem mora em outras cidades pode ter dificuldade para ter a documentação aceita, já que a maior parte das imobiliárias exige que o fiador tenha um imóvel na  capital. Nesse caso, a solução é recorrer ao seguro fiança, que custa, em média, o equivalente a um mês e meio do aluguel. Proprietários. Há também quem prefira comprar um imóvel. É o caso de Maria Ester Canesin, que há dois anos comprou um loft para  que sua filha, a estudante de Rádio e TV Stefanie Marcon Ventura, 20, saísse de Sorocaba (SP) para estudar na FAAP, em São Paulo. Neste ano, seu outro filho, Caio Henrique Ventura, 18, foi aprovado no vestibular da PUC-SP. Como o loft era pequeno demais para os dois, decidiu alugar  temporariamente um imóvel de dois quartos para os irmãos morarem juntos. “Vou procurar um maior para comprar. Prefiro fazer isso do que pagar aluguel”, diz  ela, que vai gastar R$ 2,2 mil mensais pelo apartamento a uma quadra da PUC-SP. O plano é garantir também o futuro dos filhos, já que os dois não pretendem  voltar para a cidade natal. PRESTE ATENÇÃO 1.Negocie. Buscar apartamentos vagos diretamente nos prédios é opção para quem quer negociar com o proprietário e flexibilizar regras  contratuais. 2.Procure. No mural das universidades há anúncio de vagas em apartamentos de outros estudantes. 3.Pesquise. Os preços são mais baixos nos bairros vizinhos às universidades. Quanto mais perto da faculdade, mais caro. 4. Avalie. Apartamentos sem vaga na garagem têm preços menores. Os já mobiliados são mais caros, mas o custo pode compensar o valor e a dor de  cabeça de comprar móveis. 5.Antecipe. Tenha todos os documentos em mãos para fechar negócio. As imobiliárias exigem RG, CPF, comprovante de renda, de residência,  cópia da escritura e matrícula do imóvel do fiador. 6.Fique atento. As imobiliárias evitam alugar apartamentos para mais de três estudantes para evitar problemas com a vizinhança. 7.Fiança. As imobiliárias exigem que o fiador tenha um imóvel na Capital, mas algumas aceitam que a propriedade seja em cidades próximas. Veja Mais  

24 de janeiro de 2011

Infiltrações sinalizam necessidade de refazer impermeabilização ou consertar calhas e telhado

Quando começa a chover dentro de casa, a primeira providência -depois de buscar baldes e panos- é providenciar um diagnóstico correto do problema com um profissional especializado. Um telhadista verifica se a chuva tirou telhas do lugar ou as danificou. As fendas entre elas podem ser vedadas com silicone. Para impermeabilizar telhas cerâmicas, usa-se hidrofugante à base de silicone. Uma solução emergencial para vedar telhas metálicas, de fibrocimento e de concreto, rufos, calhas, parafusos de fixação de telhas e dutos de ventilação e de ar-condicionado é uma fita aderente colada a frio sobre um "primer" asfáltico. Outra saída é aplicar uma manta asfáltica de alumínio sobre o telhado. Também é o telhadista quem verifica se calhas estão danificadas ou entupidas. No caso de lajes, em geral o problema está relacionado à impermeabilização. "Quando realizada corretamente, ela impede a presença de umidade e de infiltrações que causam manchas e bolhas na pintura, bolor, mofo e, em situações mais avançadas, ferrugem e corrosão das barras de aço das estruturas de concreto armado", comenta Rodrigo Silva, da Sika. SEM DISFARCE Se aparecem manchas na parede, não adianta cobri-las com tinta; em dois ou três meses elas voltarão a aparecer. É preciso tratar a raiz da questão, aplicando duas ou três demãos de um impermeabilizante de fachada sobre o reboco ou o concreto. A Folha convidou dois especialistas para diagnosticar infiltrações em uma cobertura em Higienópolis (centro de São Paulo). A dona do imóvel, Fátima Simões Quirino, chegou a instalar sobre a laje uma estrutura de alumínio com telhas de acrílico, mas o aparato permite que a chuva entre pelas laterais. Antônio Senna, 62, da Vedacit, disse ter constatado vazamentos na laje de cobertura pela ineficiência da impermeabilização. Ele sugere a remoção do acabamento para colocar uma manta asfáltica impermeabilizante. Gregório Bastos Alencar, coordenador de produto das tintas Eucatex, apontou que o rejunte das pastilhas da fachada do prédio não mais a protege contra a absorção da água pluvial. A solução é restaurar a fachada, repondo pastilhas que faltam e aplicando novo rejuntamento. + Manutenção

23 de janeiro de 2011

Combate a vazamentos no prédio precisa esperar o fim das chuvas

As chuvas que castigam as cidades brasileiras provocam estragos nos condomínios, como infiltrações, acidentes com raios e até alagamentos nas garagens. Dados levantados pelo IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização) para a Folha mostram que o número de reclamações sobre vazamentos na cidade de São Paulo pode dobrar neste mês em relação a janeiro de 2010. "Recebíamos, em média, 150 ligações em janeiro, mas neste ano atingimos esse número já na metade do mês", estima Wilson Neves, gestor-executivo do IBI. Em relação a problemas de infiltração em lajes, jardineiras, paredes e áreas de circulação, não adianta reclamar agora. Em geral, eles só serão sanados definitivamente com uma nova impermeabilização do local -seu custo parte de R$ 150 o m2-, quando as águas derem trégua. "A maioria das reformas não pode ser realizada enquanto está chovendo", afirma o engenheiro Lourenço Alberto Granato, da empresa especializada Casa Seca. "O ideal é contratar o serviço antes do fim do inverno." Por hora, a saída é adotar medidas emergenciais, como usar uma lona na cobertura. + Manutenção

23 de janeiro de 2011

No primeiro conjunto do Minha Casa, Minha Vida, venda de imóveis e calote

Comércio ilegal de 50 apartamentos e abandono das unidades do Residencial Nova Conceição, em Feira de Santana (BA), por falta de pagamento das prestações ameaçam objetivos de programa citado como modelo na campanha de Dilma. Edna Simão e Tiago Décimo -Apenas seis meses depois de entregues as chaves, o primeiro empreendimento do Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias de baixa renda tornou-se uma espécie de assentamento urbano com comércio irregular de apartamentos e abandono dos imóveis por falta de pagamento das prestações de R$ 50, colocando em xeque o programa xodó da presidente Dilma Rousseff. Claudionor Junior/AEContraste. Na garagem do Nova Conceição, picape de luxo O Residencial Nova Conceição, em Feira de Santana (BA), foi o primeiro empreendimento para famílias com renda de até R$ 1.395 entregue no País e recebeu duas visitas do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na campanha presidencial, Dilma levou ao ar no horário eleitoral gratuito o condomínio como exemplo bem-sucedido de política pública para os mais pobres. De lá para cá, desligadas as câmeras da campanha, o "condomínio" apresenta personagens com dramas reais. O presidente da Associação de Moradores do Residencial Nova Conceição, Edson dos Santos Marques, de 27 anos, diz que o calote tem aumentado no empreendimento porque boa parte dos moradores tem como renda apenas o benefício do Bolsa Família. De acordo com ele e com entrevistas realizadas pelo Estado, das 440 unidades do residencial distribuídas em 22 blocos, 50 já foram negociadas pelos ocupantes de direito, escolhidos pela Prefeitura de Feira de Santana em parceria com a Caixa Econômica Federal. Eram pessoas que tiveram as casas condenadas após a enchente que atingiu o bairro periférico de Feira X, a dez quilômetros dali, em 2007. "Houve quem vendesse a unidade a R$ 500, antes de receber as chaves", conta Marques. Em média, cada apartamento tem 37 m², dois quartos, cozinha e banheiro. "Hoje, os valores estão por volta de R$ 15 mil." Como rege a lei da oferta e da procura e há demanda para as unidades, os preços dos apartamentos estão subindo. Contas. Para Anália Barbosa dos Santos, de 62 anos, a entrega das chaves do apartamento 2, do bloco 16, depois da visita presidencial e da então candidata parecia encerrar uma vida de necessidades. Agora, ela pensa em se mudar. "Tenho dificuldades para pagar todas as contas que chegam", conta a idosa, que sonha comprar uma casa no bairro de origem com o dinheiro da venda. A inadimplência já preocupa a Caixa. Isso porque a entrega do empreendimento é recente e há o temor de que essa situação se repita em outros locais. Com a "expulsão" dos beneficiários originais, o residencial que era para ser destinado, principalmente, aos inscritos no Bolsa Família que moravam em áreas de risco está sendo "colonizado" por famílias com renda familiar superior. Aperto. Mãe solteira de três crianças, Cristiane Lopes, de 30 anos, deixou de pagar as parcelas da casa própria à Caixa há quatro meses. Desempregada, ela conta apenas com a renda de R$ 134 do Bolsa Família para manter a casa. "Paguei as duas primeiras parcelas com R$ 100 que ganhei da minha tia. Depois não consegui pagar mais", lamentou. Cristiane já recebeu cartas da Caixa cobrando o débito e teme perder o imóvel por inadimplência. Lançado por Lula em 2009, o Minha Casa, Minha Vida foi um dos principais trunfos de Dilma na campanha. Uma das promessas eleitorais da petista foi entregar 2 milhões de moradias para famílias com renda de até R$ 4.650 até 2014. O objetivo do programa é reduzir o déficit habitacional no País, de quase 6 milhões de moradias - concentrado entre famílias que recebem até um salário mínimo. Mas, quando foi lançado, o Minha Casa, Minha Vida também serviu de estímulo econômico num momento em que o País sentia os efeitos da maior crise financeira dos últimos 80 anos. De abril de 2009 a dezembro de 2010, a Caixa assinou 1 milhão de contratos. O número de imóveis entregues, no entanto, não chegou a 300 mil unidades. A expectativa é de que as entregas se acelerassem no decorrer de 2010, já que um empreendimento demora, em média, 18 meses para ser construído. Veja Mais  

23 de janeiro de 2011

Governo vai retomar imóveis irregulares do 'Minha Casa'

AE - A presidente Dilma Rousseff orientou o governo a retomar os apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida que foram vendidos irregularmente no Residencial Nova Conceição, em Feira de Santana (BA), conforme revelou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada ontem. A Controladoria Geral da União (CGU) vai analisar a necessidade de mudanças nas regras do programa para coibir a inadimplência nos contratos e, principalmente, o repasse indevido dos imóveis. Em nota conjunta, os ministérios do Planejamento, Cidades e a Caixa Econômica Federal - responsáveis pelo acompanhamento, execução e fiscalização do programa - afirmaram que os contratos firmados com os beneficiários proíbem a venda do imóvel até que ele seja quitado. "Todos os apartamentos irregularmente vendidos serão retomados, como prevê o contrato", informa a nota. O governo enfatiza que a venda irregular do imóvel pode acarretar em rescisão de contrato de parcelamento, resultando na cobrança integral e à vista do valor de venda, abatidos os pagamentos já feitos. No caso das famílias com renda de até R$ 1.395, o prazo de pagamento é de 10 anos e a parcela mínima equivale a R$ 50 ou 10% da renda mensal da família. Ao tomar conhecimento das denúncias sobre vendas e inadimplência, Dilma pediu ontem cedo informações a ministros e à Caixa. Quis saber se problemas semelhantes foram identificados em outros locais além da Bahia. Segundo assessores, Dilma pediu prioridade para que as famílias que não têm condições de honrar com os pagamentos das prestações tenham acesso à renegociação da dívida. Dilma afirmou, segundo interlocutores, que o caso "não põe o programa em xeque" e lembrou que o Bolsa Família, quando implantado, também teve problemas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Veja Mais  

23 de janeiro de 2011

Fundo Prosperitas paga R$ 2,2 bilhões por 30 imóveis do grupo Bracor

Acordo anunciado ontem é o maior já fechado no mercado imobiliário brasileiro; com a negociação, a Bracor, que tem entre seus acionistas o bilionário americano Sam Zell e a família real de Abu Dhabi, fica com um portfólio de apenas 12 imóveis. Naiana Oscar - O fundo de investimentos Prosperitas desembolsou R$ 2,2 bilhões para comprar parte do portfólio da Bracor, empresa especializada em imóveis comerciais e industriais, que tem entre seus principais acionistas o mega investidor americano Sam Zell. O valor é recorde e faz do negócio a maior transação imobiliária já realizada no País. A Bracor se desfez de 30 dos 42 ativos que mantinha em carteira. Os empreendimentos - a maioria galpões e centros logísticos - têm como inquilinos companhias como Ambev, Petrobrás e Ponto Frio. O contrato médio de locação é de dez anos e a receita desses imóveis chega a R$ 230 milhões por ano. O valor desembolsado pela Prosperitas diz respeito apenas aos ativos adquiridos e não inclui dívidas. "Em cinco anos, não tivemos qualquer tipo de monetização", diz o presidente da Bracor, Carlos Betancourt, para justificar que esse não é o fim da empresa criada por ele e Sam Zell em 2005. "É um processo natural de realização de resultado." As negociações começaram em novembro, depois de uma experiência frustrada da Bracor com a criação de um fundo imobiliário, que pretendia levantar R$ 262 milhões. A intenção já era a de se desfazer de parte dos ativos nessa operação mas, segundo fontes de mercado, não houve interesse dos investidores. Os planos de venda da Bracor encontraram o caixa parrudo da Prosperitas, que havia acabado de captar R$ 600 milhões com investidores. "O negócio foi feito praticamente à vista", disse Luciano Lewandowski, um dos sócios controladores do fundo. Sem dar detalhes da compra, ele disse que a transação foi feita com recursos próprios, do Bradesco e de investidores internacionais. Entre os clientes da Prosperitas estão nomes de peso, como o Estado de Washington e a Universidade Harvard. A aquisição praticamente dobra a área de galpões industriais da Prosperitas, que passará a ser de 1,5 milhão de m² de área construída e outros 500 mil m² em desenvolvimento. "Somos agora o maior player do País nesse mercado", disse Lewandowski. "Como o portfólio das duas empresas é complementar, conseguimos ampliar nossa presença para regiões em que não estávamos, como o Nordeste." Em dezembro, o fundo já havia comprado também 78% de participação na empresa de loteamento Cipasa. "E temos poder de fogo para continuar com as aquisições", disse Lewandowski. Segundo ele, a Prosperitas ainda tem US$ 300 milhões para investir em shoppings, galpões e loteamentos. Os próximos passos da Bracor não foram revelados. Betancourt continua na presidência e os acionistas são os mesmos: Equity International, de Sam Zell, a família real de Abu Dhabi, Morgan Stanley, o grupo Olayan, da Arábia Saudita e a seguradora Berkley. "Estamos definindo a atuação em outras áreas." O executivo de uma das empresas concorrentes da Bracor, no entanto, acredita que a empresa deve vender em breve os 12 imóveis que restaram em sua carteira e fechar as portas. "Não faz sentido continuar com tão pouco. Vai ser difícil diluir o custo fixo e a margem vai cair porque não tem escala." ACORDOS BILIONÁRIOS Dezembro de 2007 A Brascan, hoje Brookfield Brasil, pagou R$ 1,5 bilhão pela participação de Paulo Malzoni, do grupo Malzoni, nos shoppings Paulista (70%), West Plaza (50%), Pátio Higienópolis (40%), Botafogo Praia Shopping (40%) e Vila Olímpia (33%) Agosto de 2008 A WTorre concluiu a venda da Torre São Paulo para o Grupo Santander, por R$ 1,06 bilhão. O prédio de 28 andares e 82 mil metros quadrados passou a ser a nova sede do banco no País. Novembro de 2010 A WTorre começou a negociação do futuro edifício da Petrobrás, no Rio de Janeiro, por R$ 1,2 bilhão. A empresa criou um fundo de investimento imobiliário (FII) para vender cotas no mercado. A Petrobrás é a única locatária até 2029, pagando aluguéis de R$ 100 milhões ao ano. Veja Mais  

23 de janeiro de 2011

Problemas no Minha Casa, Minha Vida acendem alerta sobre necessidade de monitoramento, dizem urbanistas

Irregularidades no primeiro empreendimento para baixa renda suscitam discussão sobre eficiência do programa. O comércio irregular e o abandono de unidades do primeiro empreendimento do Minha Casa, Minha Vida para famílias de baixa renda, apontados nesta sexta pelo Estado, acendem o alerta para a necessidade de fiscalização e monitoramento permanente das obras entregues pelo programa. É o que dizem urbanistas, que afirmam ainda ser necessária a manutenção do projeto - mas aliado a outras políticas públicas. "É uma situação paradoxal, as pessoas terem onde morar, mas não terem como pagar. Por isso deve ser acompanhado de outras alternativas que pudessem gerar emprego e renda", afirma Marta Grostein, professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Segundo ela, a construção de moradias para famílias que vivem com até três salários mínimos é "totalmente necessária", mas deve ser fiscalizada e pensada de forma mais ampla."Você encarar a habitação apenas como moradia e não como provimento de qualidade de vida é um problema." Segundo João Sette Whitaker, coordenador do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da USP, ainda é cedo para avaliar a eficiência do programa, por se tratar de um projeto complexo e de grande fôlego. "Política pública tem que ser construída e negociada a longo prazo, especialmente na área de habitação", diz. Whitaker presta consultoria ao Ministério das Cidades para a criação de um sistema de indicadores que avalie a implementação das obras do Minha Casa, Minha Vida. "A situação das famílias [beneficiadas pelo programa] já é infinitamente superior a anterior, quando viviam em favelas e palafitas. Agora tem que se observar e aperfeiçoar", complementa. De acordo com o Whitaker, trabalhar com populações de baixa renda é um "problema endêmico da política habitacional brasileira", que só se resolve se combinado à inserção econômica. Ainda segundo o pesquisador, o investimento na habitação para aqueles que recebem até três salários mínimos é "um investimento a fundo perdido. Se tiver calote, esse calote tem que ser gerenciado e negociado - são famílias que vivem na extrema pobreza." Locação social. O modelo do programa Minha Casa, Minha Vida, ainda que seja considerado necessário pelos especialistas, deve ser complementado com outras formas de política habitacional, segundo eles.A ideia da locação social, amplamente implementada em cidades da Europa, é uma das alternativas. Nesse modelo, não ocorre a transferência da propriedade do imóvel - e não se realiza "o sonho da casa própria". O Estado, no entanto, não arca com os onerosos custos de aquisição do terreno e de construção, mas apenas cuida da gestão do imóvel. O morador pode então pagar um aluguel mais baixo e subsidiado de forma adequada a sua renda. A pesquisadora Marta Grostein afirma que esse modelo deve existir concomitantemente ao da transferência de propriedade. " A oferta na habitação tem que ser diversificada", diz. Whitaker também aponta a locação social como uma alternativa para o problema da habitação, mas que não exclui outras soluções, que sejam mais imediatas. "A locação social é um modelo que não se aplicou porque no Brasil do regime militar se alimentou o sonho da casa própria, impulsionado pelas empreiteiras e pelo milagre econômico", explica. "Há um projeto de lei estudando isso, organizamos um seminário na universidade. Mas é um projeto para daqui a 15 anos". Veja Mais  

23 de janeiro de 2011

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