A ocupação de condomínios logísticos vagos de alto padrão aumentou 648% no Brasil no ano passado, ante 2010, segundo estudo da Colliers International Brasil. Em 2011, o total absorvido foi de cerca de 1,1 milhão de m2 ocupados. Um ano antes, o índice foi de 146,5 mil m2. "O crescimento é consequência da produção das empresas nacionais e da entrada de estrangeiros", diz Patrick Samuel, da Colliers International Brasil. Com a demanda por esses empreendimentos, sete Estados terminaram 2011 com taxa de vacância de 0%. Todas as regiões do país registraram aumentos no preço médio de locação, sendo o maior deles no Sul, de 15%. Para atender às companhias interessadas, a previsão é que ao menos 2,72 milhões de m2 sejam entregues neste ano. Em 2011, esse número foi de pouco mais de 1 milhão de m2. Em São Paulo, as cidades que mais se destacaram em lançamentos foram Cajamar e Indaiatuba. "Além da procura em áreas tradicionais, como Barueri, há crescimento significativo em Guarulhos", diz Samuel. No resto do país, a liderança foi de Cabo de Santo Agostinho, que teve expansão de 26%. "É reflexo da movimentação do porto de Suape." A área dos condomínios de alto padrão varia de mil a 50 mil metros quadrados, com pé-direito de até 12 metros de altura. A capacidade de carga do piso é de 5 a 6 toneladas por m2. Associação de exportadores questiona tributos no STF A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), que reúne empresas como Odebrecht, Suzano e Weg, entre outras, entrou com ação no STF contra uma norma da Receita Federal que prejudica, segundo a entidade, pequenos exportadores. A ação direta de inconstitucionalidade foi protocolada na última quinta-feira. A AEB questiona a instrução de 2009 que impõe tributos sobre aqueles que vendem ao mercado internacional via "trading companies" (empresas compradoras e exportadoras de mercadorias). De acordo com a constituição, no entanto, as contribuições sociais não incidem sobre as receitas decorrentes de exportações. "É difícil para o pequeno exportador [embarcar suas mercadorias]. Como não tem estrutura própria, ele costuma fazer as vendas através das tradings", diz o vice-presidente-executivo da associação, Fábio Martins Faria. Hoje, porém, está pior para quem utiliza essas empresas do que para os que tentam trabalhar sozinhos, segundo Faria. "Fica mais oneroso com a trading", afirma. A associação não soube informar quantos exportadores são prejudicados pela instrução da Receita Federal. FUNDO A PEQUENOS A Agência de Fomento Paulista e o Sebrae acabam de fechar parceria para que empresas que faturam entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões anuais possam utilizar o Fampe (Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa). O fundo, que está disponível para companhias de todos os setores, funciona como complemento às garantias tradicionais exigidas em operações de crédito. A iniciativa poderá ser usada para garantir até 80% do valor financiado, limitado a R$ 150 mil por operação. FRONTEIRA DO AGRONEGÓCIO A Golden Cargo, empresa especializada em gerenciamento e operação da logística de mercadorias especiais, como defensivos agrícolas e produtos químicos embalados, vai construir e reformar instalações no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul do país, neste ano. "Estamos acompanhando o movimento da fronteira agrícola do Brasil. Vamos abrir um centro de distribuição em Balsas, no Maranhão", diz Oswaldo Dias de Castro Jr, que se tornou o principal executivo da companhia em janeiro passado. Para este ano, a empresa do Grupo Arex planeja investimentos de R$ 20 milhões distribuídos na renovação e ampliação da frota de caminhões (R$ 15,5 milhões) e em infraestrutura operacional e tecnológica dos terminais. Feito sob... A exemplo do que tem feito no exterior, a grife Ermenegildo Zegna dedica este mês à alfaiataria sob medida no Brasil. Com novos tecidos, a etiqueta oferecerá profissionais especializados para orientar os clientes. ... medida O cliente escolhe do modelo do paletó ao tipo de barra -e até os botões do terno. Medidas e tecido são enviados à confecção na Suíça. Quando pronto, o costume volta para uma prova final no Brasil, de acordo com a grife. Compartilhamento A Agilent Technologies, de análises químicas, eletrônicas e de comunicações, acaba de inaugurar um centro no Brasil onde deve dividir tecnologia de suas ferramentas com alguns clientes, como USP e Polícia Federal. ALTOS E BAIXOS O preço da energia vendida no curto prazo entre grandes consumidores no mercado livre disparou entre a primeira semana de fevereiro e o mesmo período em março. O PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), que baliza todo o sistema, ficou em quase R$ 100/MWh nesta semana, segundo análise da gestora e comercializadora Comerc, com base em dados da CCEE (câmara de comercialização). Na primeira semana de fevereiro, o valor girava em torno de R$ 15/MWh para o Sul e o Sudeste. O que explica a elevação dos preços é o nível de chuvas, que ficou abaixo do estimado pelas previsões climáticas, segundo a Comerc. O nível de água nos reservatórios compõe o preço. Veja Mais
06 de março de 2012
Escassez de apartamentos e casas muda comportamento do mercado imobiliário, reeditando uma prática que foi comum no carro usado. A forte procura de imóveis para comprar ou alugar mudou o comportamento do mercado. Hoje são os corretores que saem à caça de imóveis, repetindo uma prática comum no passado com carros usados. Há imobiliárias que criaram equipes só para isso, chamadas de "house hunters". Outras põem carros na rua com placa anunciando o interesse por imóvel. Também é enviada carta ao morador para sondar possibilidade de negócio. A escassez de imóveis usados para locação ou compra tem impacto nos preços. No mês passado, o preço médio do m² de apartamentos para compra subiu 1,5% em seis capitais do País e no Distrito Federal. Em 12 meses até fevereiro, acumula aumento de 24,8%, segundo o Índice FipeZap de preços de imóveis anunciados na internet. Na locação, o quadro é semelhante. O preço do m² em fevereiro subiu 1,2% em São Paulo e 1,37% no Rio, com alta em 12 meses de 12,6% e de 20,2%, respectivamente. "Houve desaceleração no ritmo de alta dos preços de compra de imóvel do primeiro para o segundo semestre de 2011, mas, mesmo assim, a expansão mensal na faixa de 1% supera a inflação", diz o coordenador do índice e pesquisador da Fipe, Eduardo Zylberstajn. Diante da forte procura por imóveis, ele acredita que os preços continuem subindo ao longo deste ano. A imobiliária Lello, por exemplo, com 17 filiais em São Paulo, deixou de atender cerca de 300 clientes no em janeiro e fevereiro porque não tinha imóveis adequados às necessidades dos clientes, diz a diretora, Roseli Hernandes. "Apartamento de dois dormitórios para locação falta em todas as regiões." A saída encontrada para resolver a escassez de imóveis para venda foi criar um departamento só voltado para captá-los. São 24 corretores, metade trabalhando para locação e metade para venda, que percorrem os quatro cantos de São Paulo para descobrir oportunidades de negócio. Roseli conta que esse serviço para compra e venda começou a funcionar faz quatro meses. Lançamento. A 2House Imóveis é outra que está à caça de imóveis. O diretor da empresa, Bial Pessoa, conta que coloca nas ruas carros com placas anunciando o interesse de compra e venda de imóveis. Além disso, os 17 corretores da empresa mandam cartas aos moradores de edifícios inteiros. O texto sucinto diz ao morador que há pessoas interessadas em comprar o imóvel e, caso haja interesse, pede para que entre em contato. "Já mandamos 20 mil cartas e tivemos um retorno de cerca de 15%", explica Pessoa. Egresso do mercado de imóveis novos, o corretor abriu a própria imobiliária em julho do ano passado e, segundo ele, decidiu usar na sua empresa uma estratégia mais agressiva, semelhante a do mercado de imóveis em lançamento. "Não se trata de um trabalho de arrastão", pondera. A escassez de apartamentos usados para venda foi o que motivou esse trabalho para formar um grande banco de apartamentos, diz Pessoa. Ele explica que a procura por usados cresceu porque o preço do m² do imóvel no lançamento hoje se equipara ao do imóvel pronto. Com isso, houve uma migração da procura dos novos para os usados. Seis anos atrás, lembra ele, o preço do m² do lançamento era 40% menor que o do imóvel pronto. Mas, com o aumento de custo de terreno e da mão de obra, as cotações se equipararam. Resultado: os compradores começaram a achar mais vantajoso comprar o imóvel pronto, que pode ser alugado ou destinado a uso próprio imediatamente. "Hoje o mercado está líquido, o giro cresceu com a maior oferta de financiamento", diz Lucas Penteado, diretor da Pronto, marca de imóveis de terceiros do Grupo LPS Brasil. Segundo ele, não há falta de imóveis. O que existe é mais pessoas querendo comprar e querendo vender. Uma das alternativas seguidas pela empresa para atender esse maior volume de negócios com usados foi a criação de uma escola para os corretores. Batizado de "Academia Pronto", o curso dura um mês e metade do tempo é destinado a ensinar os alunos a captarem imóveis no mercado. "Só se forma aquele aluno que consegue obter 20 imóveis na carteira", conta Penteado. Ele observa que não adianta ter imóvel fora do preço, e o importante é a qualidade. Pelo projeto-piloto lançado em São Paulo, já passaram 30 do 500 corretores da empresa. A meta é expandir o curso para as demais filiais. Veja Mais
05 de março de 2012
Seis anos depois de quitar um apartamento no bairro do Panamby, em São Paulo, o casal Sérgio Ávila Maria, de 39 anos, e Paula Maria, de 36, decidiu se mudar para perto do trabalho, no Itaim. Foi quando os dois descobriram que um imóvel na região custaria o dobro do deles, o que exigiria um financiamento. Encontraram então um apartamento para alugar por R$ 7 mil. Era perto do trabalho, da escola do filho e 30 m2 maior. Fizeram as contas e tomaram uma decisão ousada - vender a casa própria e assumir um aluguel. "Se pegássemos um financiamento, só os juros corresponderiam ao aluguel do apartamento que queríamos", diz Ávila. Além do dinheiro do imóvel, R$ 800 mil, a família vai investir parte da renda. O cálculo levou em conta quanto será preciso investir para pagar o aluguel e ter dinheiro suficiente para comprar outro imóvel de mesmo padrão em quatro anos. Para isso, a valorização imobiliária do período foi estimada em 50%. Trocar a casa própria pelo aluguel é uma decisão polêmica entre consultores financeiros. Mesmo os que apoiam a ideia, consideram que não há resposta definitiva. É preciso, no momento da decisão, avaliar a situação dos mercados imobiliário e financeiro. Além disso, estar certo de que todas as variáveis estão no cálculo, como a valorização do imóvel, a corretagem e imposto de renda sobre o lucro imobiliário. É preciso ponderar até mesmo a capacidade psicológica de lidar com a insegurança do aluguel, principalmente em um país em que o valor da casa própria é muito arraigado. O consultor financeiro do Valor, Marcelo d'Agosto, simulou o cálculo inicial para um apartamento vendido por R$ 1 milhão. Considerando uma taxa média de corretagem de 6%, vão-se logo R$ 60 mil. O imposto sobre o lucro imobiliário, já que outro imóvel não será comprado em seis meses, é de 15%. Considerando que o apartamento foi comprado por R$ 400 mil, lá se vão outros R$ 81 mil. Com R$ 859 mil em mãos, é hora de investir. Como o aluguel é reajustado pela inflação, d'Agosto simula um investimento em NTN-B, que paga a variação do IPCA mais uma taxa prefixada. Foi escolhido um papel com vencimento em maio de 2045, que paga a cada semestre 2,96%. São R$ 22,9 mil, ou, quando divididos pelos seis meses, R$ 3,8 mil. Esse é, portanto, o rendimento mensal conservador para um apartamento de R$ 1 milhão. Caso queira casar rendimento e aluguel, o personagem da simulação deve buscar neste momento um aluguel de R$ 3,8 mil, desde que o condomínio dos dois imóveis seja igual. É bom lembrar que o aluguel também sofre reajustes reais, o que deve levar a uma revisão da opção ao menos a cada renovação de contrato. O professor da BBS Business School Ricardo Torres sugere que se compare o aluguel, como um percentual do valor do imóvel, com o que rende um investimento conservador. Como considera que os alugueis não acompanharam o boom recente nos preços dos imóveis, Torres aposta que os cálculos apontem para o aluguel. Se o aluguel custa 0,3% do preço do imóvel - como Torres estima que tenha ocorrido em algumas das regiões mais valorizadas do país em janeiro -, esse índice pode ser comparado com o CDI do mesmo período. O juro interbancário, que serve de referencial para aplicações conservadoras, ficou em 0,89% no primeiro mês do ano. Com base nessa conta, esse é um bom momento para alugar em vez de comprar, diz Torres. "Os preços dos imóveis saíram totalmente da realidade. Esse é hoje um mercado de vendedores, não de compradores." A visão de Torres, entretanto, não é unânime. Há quem pense que, com o crescimento das cidades, ainda resta muito espaço para valorização dos imóveis. Veja Mais
29 de fevereiro de 2012
A forte valorização dos imóveis no Brasil levou a inevitáveis questionamentos: estamos no meio de uma bolha? Os valores recuarão? Ainda vale a pena comprar para morar ou para investir? Nos 12 meses encerrados em janeiro, os preços médios do metro quadrado no país aumentaram 25,5%, segundo o Índice FipeZap. Essa, porém, foi a média. No Rio de Janeiro, a alta foi de 32,9%, enquanto em São Paulo, de 26,4%, e no Recife, de 34,2%. Observando um período maior - desde janeiro de 2008 - as valorizações são grandes: 158,7% no Rio de Janeiro e 126,5% em São Paulo, por exemplo. Os percentuais podem assustar em especial aqueles que estão pensando em adquirir um imóvel, mas o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, é enfático: "Não existe bolha. Não há mais muito espaço para os valores dos imóveis subirem muito nem caírem", diz. Um dos dados que refutam a existência de uma bolha é o crédito imobiliário como participação do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, de 4,7% (dado de dezembro de 2011), distante do que se observa em pares emergentes ou em nações mais ricas, de acordo com estudo da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em 1990, o Nobel de Economia Joseph Stiglitz definiu o termo "bolha" da seguinte maneira: "Se a razão pela qual o preço é alto hoje decorre apenas da crença dos investidores ou compradores de que o valor de venda será maior amanhã - quando os fundamentos não parecem justificar tal preço - então uma bolha existe". Quando o assunto entra em pauta, é inevitável a lembrança do caso americano. Um estudo realizado pela MB Associados para a Abecip pondera que os EUA contam com particularidades, como a falta de "amarras regulatórias". Isso fez, por exemplo, com que as pessoas tivessem mais informações sobre sua condição financeira do que os bancos. Há ainda os problemas enfrentados depois de 2001, que levaram o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a uma política de taxas de juros baixas. Não é o caso do Brasil. Para Bernardes, do Secovi-SP, neste ano o aumento dos preços dos imóveis no país deve ficar em linha com o crescimento da economia. Porém, ele ressalta que sua previsão se refere a uma média, uma vez que casas e apartamentos não são commodities e seus preços variam a cada país, estado, cidade e bairro. "Os valores são heterogêneos e dependem da relação entre oferta e demanda", diz. "Normalmente, no caso de São Paulo, bairros já valorizados têm um potencial de apreciação menor, enquanto localidades em desenvolvimento podem ainda passar por um boom nos preços, como Vila Leopoldina e Campo Grande." Novas estações de metrô, shopping centers e supermercados tendem a valorizar os bairros, explica a diretora comercial da Lello Imóveis, Roseli Hernandes. Há ainda regiões que estão passando por uma modernização, levando ao aumento nos preços. "Este é o caso da Mooca, na zona leste de São Paulo, que antes tinha muitos galpões e imóveis comerciais e agora está recebendo novos empreendimentos", exemplifica. Entre 2009 e 2011, os imóveis da Mooca ficaram em média 80% mais caros, mas houve casos em que a valorização chegou a 175%, conforme levantamento da Lello Imóveis. Roseli opina que os preços dos imóveis da região podem continuar subindo nos próximos anos. Por outro lado, em localidades em que os valores já aumentaram demais, devem ficar estáveis ou registrar variação menor. Na cidade do Rio de Janeiro, o vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Rubem Vasconcelos, avalia que o custo do metro quadrado deve seguir avançando, devido à demanda crescente. "Há alguns fatores contribuindo para isso: a ocupação das favelas por forças de segurança e os eventos esportivos, a Copa do Mundo e a Olimpíada", diz. "A cidade está recebendo obras de melhoria na infraestrutura urbana e o mercado imobiliário está acompanhando." Vasconcelos também não acredita em uma bolha. "No Rio, os valores irão seguir em alta por pelo menos mais cinco anos e depois podem estagnar", avalia. Para Roseli, da Lello, o declínio dos preços também está "fora de cogitação". Essa perspectiva corrobora a pesquisa da Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, em inglês), que mostrou que o Brasil é o segundo país com maior potencial de valorização em 2012, perdendo apenas para os EUA. Em terceiro lugar, está a China. Na edição anterior do estudo, o Brasil tinha ficado na quarta posição. Os respondentes do estudo são de 21 países e possuem mais de US$ 874 bilhões em ativos do setor imobiliário. Roseli opina que investir em imóveis pode ser uma boa opção, mas para quem tem um horizonte de, no mínimo, três anos. Os imóveis não são ativos líquidos, que são vendidos facilmente da noite para o dia. Além disso, é preciso tomar alguns cuidados, como analisar a tendência de valorização do bairro, o que pode ser feito com a ajuda de um consultor imobiliário. Já quem acredita ser melhor morar de aluguel e economizar para futuramente comprar um imóvel à vista precisa colocar na conta uma questão: em primeiro lugar, não dá para saber o quanto um imóvel vai se valorizar; depois, pode demorar décadas para que o objetivo seja concretizado, diz o professor de Finanças da FIA-USP, Keyler Carvalho Rocha. Existe, porém, outra possibilidade: "Os preços também podem recuar, por exemplo, se o país passar uma crise econômica", completa. Veja Mais
29 de fevereiro de 2012
Brasília - O crédito para habitação com recursos livres e direcionados cresceu 2,7% no mês de janeiro em relação a dezembro de 2011, somando R$ 205,834 bilhões, informou hoje o Banco Central. Em 12 meses, o crescimento é de 44,5%. O saldo de empréstimos para compra de veículos por pessoas físicas passou de R$ 200,889 bilhões para R$ 200,936 bilhões na comparação mensal. Houve crescimento de 0,8% nas operações com crédito livre e queda de 4,8% no leasing. Em 12 meses, houve avanço de 8% no total de operações. Veja Mais
28 de fevereiro de 2012
De alto padrão, residencial adota sistema em que um segundo portão só abre quando o primeiro é fechado. Administradora afirma receber ligações de vítimas de assalto que agora querem morar em um local fechado. Sertãozinho, vizinha a Ribeirão Preto, carrega no nome uma simplicidade de cidade de interior que há muitos anos deixou de ter. O município, de pouco mais de 110 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) fechou 2011 com o registro de 1.681 furtos e 407 roubos, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública. O medo de assaltos residenciais levou moradores a buscar a segurança de condomínios fechados, de casas ou apartamentos. No Burle Marx, condomínio de casas de alto padrão no Jardim Botânico, há dispositivos de segurança que não deixam nada a desejar aos existentes na capital. Além de portaria funcionando 24 horas e cercas elétricas nos muros, existe reclusa de contenção de veículos, conhecida como gaiola. São dois portões, de modo que o interno só se abre quando o portão da rua é fechado. O residencial conta ainda com câmeras e com o monitoramento de uma empresa de segurança privada. Tanto aparato se faz necessário para garantir a tranquilidade de moradores de classe social elevada -a maioria é de empresários na cidade. O próprio prefeito de Sertãozinho, Nério Costa (PPS), mudou-se para um condomínio fechado, o Villa Borguese, com 104 casas. A Rio Branco, empresa que administra o condomínio, informou receber ligações de pessoas que foram assaltadas no município e que querem agora a segurança de um local fechado. Para o síndico do Villa Borghese, o empresário Flávio Aparecido Laureano, 40, aparatos de segurança deixaram de ser uma preocupação somente de paulistanos. "Não é só cidade grande. Um lugar como Sertãozinho requer esse tipo de cuidado", afirmou Laureano. A apresentadora Letícia Bighetti Savegnago, 32, decidiu construir sua casa no condomínio onde já mora parte da família do marido, que deve ficar pronta em um ano. "Aqui fico mais tranquila." Veja Mais
23 de fevereiro de 2012
Em Rio Preto, prédio passa a ter 'vaga do ladrão', para motorista estacionar quando há assaltante no carro. Para entrar no condomínio, o morador passa por um sistema de identificação biométrica, dois portões e portaria blindada. A cena, recorrente na capital paulista, está se tornando comum também no interior do Estado. Condomínios estão virando "fortalezas" até em localidades sem registro de arrastões a prédios e com índices de criminalidade menores que os de São Paulo. Síndico de um prédio de 228 apartamentos em São José do Rio Preto, Junior Villanova já aplicou cerca de R$ 40 mil e investirá mais R$ 20 mil em segurança -incluindo um sistema que fotografa visitantes, equipamentos biométricos e "vaga do ladrão", onde o morador estaciona para alertar se há um bandido no carro. "As cidades estão crescendo e, com isso, vêm os problemas. A gente tem que investir pesado na segurança." Para o delegado Genival Santos, no entanto, esses "problemas" não existem. "Temos dezenas de condomínios, mas não há assaltos ou arrastões. Teve um furto no ano passado", diz. Para o diretor de condomínios da regional do Secovi (sindicato das empresas do setor imobiliário), Alessandro Nadruz, "as pessoas estão se adiantando ao problema". Em Sertãozinho, a apresentadora de TV Letícia Bighetti Savegnago, 32, decidiu construir sua casa num condomínio com "gaiola" -são dois portões, e o interno só abre quando o outro é fechado. O residencial, em área nobre, conta ainda com câmeras e monitoramento privado. O condomínio custa de R$ 1.000 a R$ 1.500. "A primeira razão [para morar no local] é a segurança. Sei de pessoas de casas em ruas abertas que, quando abrem o portão eletrônico, o ladrão entra junto", disse. O próprio prefeito da cidade, Nério Costa (PPS), mudou-se para um condomínio fechado. "Não é só em cidade grande. Um lugar como Sertãozinho requer esse tipo de cuidado", diz o síndico do residencial do prefeito, Flávio Aparecido Laureano, 40. Em Marília, um prédio de classe alta acabou de finalizar um sistema de segurança de R$ 200 mil, com portaria blindada, "gaiola" e identificação biométrica. Em São Carlos e Presidente Prudente, também há sistemas semelhantes. Viviane Cubas, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, diz que, mesmo com índices de criminalidade baixos, essas cidades têm violência, o que pode justificar a adoção dos sistemas. Veja Mais
23 de fevereiro de 2012
1° – O primeiro passo é verificar o histórico da empresa responsável pelo loteamento, pedir referências sobre os loteamentos lançados anteriormente e visitá-los. 2° – Escolher um bom empreendimento também depende de verificar sobre quais serviços essenciais estarão instalados, quem irá administrá-los e se o loteamento é fechado ou aberto. 3° – Visite o local que se deseja adquirir um lote é fundamental para conhecer a infraestrutura das ruas, iluminação, segurança e verificar a demarcação dos lotes. 4° – Confira no Registro de Imóveis o registro do loteamento, as licenças e a aprovação do projeto. É recomendável também verificar informações junto aos órgãos ambientais e prestadores de serviços públicos de água e luz. Sobre a obra, deve-se buscar a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO), que confere um “Selo de Regularidade de Aprovação” às obras regulares. 5° – Consulte o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) para verificar sobre a idoneidade da empresa corretora. 6° – Loteamentos irregulares não se preocupam muito com o futuro de seus recebimentos. Por isso, antes de concluir o negócio, deve-se verificar quem financia o parcelamento e qual documentação é exigida. 7° – Para efetuar o pagamento, o consumidor deve dar a entrada ou sinal com cheque nominal à empresa, além de exigir um recibo de sinal e um contrato que descreva de forma detalhada o empreendimento. 8° – É necessário olhar com atenção a documentação do lote. Caso o lote seja irregular a documentação irá denunciar se ele está instalado próximo a áreas de mananciais ou de proteção ambiental. 9° – Duvide dos preços baixíssimos, isso pode significar que o terreno está sendo colocado em nome de uma associação de moradores e uma quota irregular vendida. 10° – Uma das principais prioridades é verificar a matrícula individual do lote, que garante ao proprietário que aquilo não é fruto de uma ocupação irregular. Essa conferência pode evitar 95% dos problemas que podem ser descobertos com a compra de terrenos.
22 de fevereiro de 2012