|

Notícias

Imigração pela culatra

Habitação irregular Pelo menos 20% dos moradores das favelas de Ribeirão são imigrantes; núcleos aumentaram nos últimos anos. Das 20 mil pessoas assentadas irregularmente em terrenos públicos e particulares de Ribeirão Preto, 20% (cerca de 4 mil) são imigrantes, que vieram à região em busca de trabalho. Os dados são do último senso habitacional feito, no início do ano, pela Companhia Habitacional de Ribeirão Preto (Cohab-RP). Segundo o presidente da Cohab-RP, Rodrigo Arenas, a estatística preocupa. Para ele, o aumento do número de ocupações, que pulou, em três anos, de 34 para 43 núcleos de favelas, está a atrelado às oportunidades de trabalho oferecidas pela construção civil. “ Grande parte das pessoas chegam do Norte (do País) para trabalhar e acabam morando em favelas.” A Prefeitura iniciou no ano passado o congelamento populacional de 5.688 moradias espalhadas pela cidade. As famílias relacionadas automaticamente foram cadastradas em programas habitacionais. Arenas afirmou que a notícia de cadastramento aumentou a população flutuante da cidade nos últimos tempos. “Muitas pessoas começaram a se mudar para Ribeirão com a ilusão de ser beneficiadas com os incentivos.” De acordo com a Cohab, apenas moradores cadastrados no Censo Habitacional, feito pela companhia, serão transferidos a casas populares. Outra medida adotada pela Prefeitura prevê somente o cadastramento de pessoas residentes há mais de três anos em Ribeirão. Para o coordenado do Moradia Legal, o juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública João Gandini, as medidas de contenção do crescimento populacional em favelas devem ser precisos no que diz respeito ao controle de novas ocupações. “Se a gente não instaurar formas de controle mais rígidos, a Cohab e o Moradia Legal vão enxugar gelo”, disse. Há seis meses, cinco de 29 famílias moradoras do Jardim Aeroporto não foram realocadas pela Prefeitura por terem invadido a área após a realização do Plano Local de Habitação. Até agora, a Cohab cadastrou 30 mil pessoas em busca da casa própria, sendo que 17 mil recebem de zero a três salários mínimos. Pedreiro tenta voltar à Bahia O pedreiro Edson Reis da Paz, que espera aposentadoria por invalidez após ter se acidentado há quatro anos, enquanto trabalhava, planeja voltar para Vitória da Conquista (BA), de onde veio com os pais, há 30 anos. Edson faz parte dos 4 mil imigrantes que vivem em ocupações irregulares, segundo a Cohab. O morador da favela da Vila Norte contraria a estatística ao voltar para o Nordeste, enquanto o aumento da chamada população flutuante cresce constantemente. A média de imigrantes morando em favelas, em 2007, quando foi feita a penúltima aferição, era de 2 mil pessoas, a metade do quadro atual. “A ilusão de morar em Ribeirão acaba quando você se vê sem ter onde morar”, disse Edson. “Desaconselho todos a vir para cá porque as coisas mudaram muito nos últimos anos.” Morador da favela da Via Norte, Reginaldo Marques disse acreditar em uma vida melhor daquela que deixou em Maceió (AL). “Não temos trabalho lá. Aqui, mesmo na favela, a gente vive melhor.” (LC)   IGP-M marca inflação de 0,85% em junho e de 5,68% no semestre 4 imóveis são vendidos por hora em SP Disque-extorsão financia até imóveis Crédito da casa própria vai sair em 2 dias Setor está animado A história está entre os trilhos Participação do gasto com imóveis subiu de 4,8% para 5,8%

04 de julho de 2010

Negociação facilitada

Versão Impressa Ao completar 15 anos de vida, a Piramid Imóveis mostra que está à frente de seu tempo ao unir ferramentas tecnológicas a serviço de seus clientes. Alugar, comprar ou vender imóveis ficou mais fácil depois da recente criação do Sistema Interativo Cliente (SIC). A exclusividade da Piramid permite que, de casa, o cliente que esteja locando, vendendo ou comprando imóveis com a empresa acompanhe, em tempo real, tudo o que está acontecendo em seu patrimônio. Com apenas o CPF e senha, o usuário consegue saber, por exemplo, quantas pessoas já visitaram o imóvel, se há propostas de compra ou venda e até mesmo verificar extratos de pagamento, ocorrências administrativas, entre outros itens. Quando deu os primeiro passos em 1995, o sócio-proprietário da Piramid Imóveis, Adair Porfírio, disse não imaginar que as antigas fichas, feitas em papel e escritas à mão com informações sobre os imóveis, pudessem ser digitalizadas e disponibilizadas na internet com informações tão completas e interativas, onde o cliente acompanhar 24 horas o próprio negócio. Atualmente, a Piramid conta com mais de 4,5 mil imóveis catalogados em seu sistema, disponíveis para consulta no site da empresa. “Imagine se ainda usássemos as antigas fichas? Seria impossível ter crescido tanto com a empresa”, disse Porfírio. Ele acrescentou que saber observar a evolução tecnológica foi “decisivo” para o crescimento da empresa. “Isso é revolucionário e ajudou a empresa crescer. Dessa forma, atendemos melhor nossos clientes.” Confiante no trabalho feito pelo grupo, a empresa chega a 15 anos de existência com quatro unidades em Ribeirão. “Na época, acharam que não ia da certo abrir mais de uma empresa na mesma cidade e sobreviver. Nós mostramos que é possível se manter a crescer cada vez mais.” O empresário afirmou que o grande segredo para manter o sucesso e a força da Piramid no mercado foi usar a modernidade. “Temos um sistema integrado que permite a nossos funcionários saber de tudo o que acontece nas quatro unidades.” (GR) Imobiliária já pensa no 3D Já pensou em procurar um imóvel para comprar, vender ou locar sem sair de casa? A Piramid Imóveis, preocupada com as necessidades de seus clientes, disponibilizou todo acervo de imóveis na internet. As antigas fotos, anexadas em fichas, contendo informações de casas, apartamentos e salões, deram espaço às imagens digitalizadas disponíveis no site da empresa 24 horas por dia. A busca por melhorias não para por aí. No auge de seus 15 anos, a Piramid desenvolve um projeto para oferecer a melhor qualidade de imagem em terceira dimensão (3D). “Dessa forma, quem acessar nosso site terá uma idéia muito mais ampla do que está procurando alugar, vender ou comprar”, afirmou o socio-proprietário da Piramid Imóveis Adair Porfírio. O comerciante Geraldo Américo, 48 anos, aprovou a iniciativa. “Eu quero vender meu imóvel e acho que o sistema vai valorizar ainda mais meu negócio”, disse. (GR)   Imigração pela culatra IGP-M marca inflação de 0,85% em junho e de 5,68% no semestre 4 imóveis são vendidos por hora em SP Disque-extorsão financia até imóveis Crédito da casa própria vai sair em 2 dias Setor está animado A história está entre os trilhos  

04 de julho de 2010

A história está entre os trilhos

Programa Federal Imóveis antigos em bairros tradicionais são conservados. Imóveis antigos em bairros tradicionais de Ribeirão, que já fizeram parte da história do transporte ferroviário brasileiro, hoje são conservados por um programa federal que muitos desconhecem. Até os moradores sabem pouco sobre a história desses patrimônios que se mantêm vivos e são uma forma de recuperar a história das ferrovias na cidade. A casa é simples, no Bairro Vila Virgínia. A fachada lembra as antigas construções de uma época marcada pela transição da tradicional cultura do café para os primeiros passos da indústria. O aposentado João Purcinelli, 84 anos, que há 16 anos comprou a casa de uma imobiliária, nem imaginava que o imóvel já tinha pertencido a União e é oriundo da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA). “Depois que comprei, algumas equipes vieram aqui analisar a casa e tiraram várias fotos. Mas não conheço esse programa.” Seja pelos cuidados do programa federal ou do aposentado, o imóvel, apesar de antigo, é conservado e mantém os traços de uma importante era histórica para a cidade. A casa é uma das quatro de Ribeirão que fazem parte da relação dos imóveis não-operacionais cadastrados no sistema de controle patrimonial da extinta RFFSA “O programa existe com o objetivo de avaliar e conservar esse patrimônio público”, disse Ana Júlia Macedo, uma das coordenadoras do programa desenvolvido pelo Ministério do Planejamento. De acordo com o órgão, existe uma equipe da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), vinculada ao Ministério, que faz o controle dos imóveis, de sua destinação e das transferências. “Mesmo os imóveis que tem proprietários particulares são acompanhados”, disse Ana Júlia. Mas, a coordenadora do projeto reconhece que o controle é difícil por conta da quantidade de imóveis que fazem parte da lista. Por isso, existe a possibilidade de uma parceria entre a União e o município para que alguns desses imóveis tenham destinação pública. Em Ribeirão, o foco de interesse não são os imóveis residenciais, e sim um barracão da extinta rede, no bairro Ipiranga. “Queremos conservar o espaço e usá-lo para a instalação de um museu ferroviário na cidade”, disse a secretária da Cultura, Adriana Silva. Barracão pode recuperar o vínculo Um dos principais imóveis não-residenciais que fazem parte da lista da extinta Rede Ferroviária, o Barracão Ferroviário do Ipiranga, também é apontado como principal elemento para recuperar o vínculo da população da cidade com a história da ferrovia. Isso porque, além da Secretaria da Cultura, o Instituto História do Trem tem um projeto para criar um museu que conte a história do sistema ferroviário em pontos importantes da história como o barracão. “Esses espaços, assim como antigos vagões, estão sendo deteriorados e a proposta é que haja a implantação de um museu ferroviário na cidade, para conservar melhor e recuperar a história”, disse o arquiteto Denis Willian Esteves, que faz parte do instituto. Mas, essa proposta ainda esbarra em grandes desafios, como a desorganização desses imóveis ou a ocupação inadequada dos locais. O Barracão do Ipiranga é moradia para um antigo funcionário da rede e sua família, que não estão em situação regular no local. “Não tenho para onde ir e não podemos sair daqui. Trabalhei na Rede Ferroviária e acabei ficando. E cuido de tudo aqui, pois o barracão foi praticamente abandonado pelo governo”, disse o morador do barracão, que não quis se identificar. “Existem uma série de problemas difíceis que ainda precisam ser resolvidos para que imóveis como o barracão sejam devidamente preservados e tenham a finalidade de manter a importante história”, disse Esteves. (RS) Controle é desorganizado A falta de informações e de organização dos imóveis que um dia pertenceram a extinta Rede Ferroviária Federal S.A atrapalha o avanço de projetos culturais, de acordo com o arquiteto Denis Willian Esteves, que há 15 anos estuda a história das ferrovias. “São muitos imóveis e existe uma bagunça no controle deles. Ainda não existem informações exatas sobre quais e como os imóveis foram comprados, e se foram comprados corretamente.” Um morador, que alugou uma das casas de Ribeirão que faz parte do programa, disse que não sabia da existência do programa federal. “Acho que nem o proprietário sabe. Nunca vieram aqui”, disse o morador que não quis se identificar. O imóvel, no Centro, é simples e se destaca em meio às construções mais novas. (RS) Os números das ferrovias 52 mil é o total de imóveis cadastrados no Programa de Destinação do Patrimônio. 25 mil é o total de construções dentro do Programa de Destinação do Patrimônio. 4,6 mil é o total de casas que fazem parte do programa em todo o Estado de São Paulo. Participação do gasto com imóveis subiu de 4,8% para 5,8% Indústria e varejo de construção investem Mercado imobiliário tem melhor abril desde 2004 Preços de imóveis novos disparam, com alta de até 43% em um ano em SP A alta de preços de imóveis exige cuidados especiais Solução para o Leste Parte trincada da história

28 de junho de 2010

Setor está animado

Demanda acelerada Comerciantes comemoram as vendas dos insumos utilizados para a construção civil devido ao IPI reduzido. O crescimento imobiliário continua dando ânimo para o setor. Dessa vez são os comerciantes que comemoram. De acordo com dados da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), as vendas dos insumos utilizados na construção civil que estão com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido aumentaram em 20% até o mês de maio. Produtos como cimento, argamassa, chuveiro elétrico e tintas acrílicas estão entre os que mais saem das lojas. Apesar de o levantamento apontar que esses produtos formam 25% do total de uma loja de construção, no comércio onde o gerente de vendas José Humberto Jacomini trabalha, esses materiais representam 60% do faturamento. "Os insumos básicos são os que mais vendem", afirmou. Segundo ele, o aumento gerou falta de alguns materiais no estoque, como cimento e tijolo. "Agora já normalizou, mas duas semanas atrás nós tivemos que alongar o nosso prazo de entrega", contou. Para o diretor regional do Sindicato da Construção Civil de Ribeirão Preto (Sinduscon-RP), José Batista, não é somente os insumos com IPI reduzido que estão vendendo bem. "Há um aumento geral nas vendas. O problema é que a alta demanda está gerando elevação dos preços", disse. Batista conta que para as construtoras a redução do IPI não representa muita economia. "Com a elevação dos preços de outros materiais, gastamos menos de um lado e mais do outro", afirmou. A alta demanda por materiais criada pelas construtoras preocupa o diretor do Sinduscon-RP com a produção de alguns insumos. "A indústria pode não conseguir suprir o crescimento do setor. Esperamos alta nos preços do aço, por exemplo, daqui a dois ou três anos", disse. Desde março que as lojas de materiais de construção de Ribeirão Preto sentem o aumento nas vendas. "Sempre vendemos bem para construtoras, mas a elevação foi mais expressiva na venda para consumidores finais", contou Jacomini. A expectativa do gerente é que as vendas cresçam mais do que os 20%. "Mercado para isso tem, então vamos trabalhar para melhorar o nosso faturamento durante 2010", afirmou. Crédito fácil é incentivo Não é somente a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incentiva a população em investir na área de imóveis. Para o diretor regional do Sindicato da Construção Civil de Ribeirão Preto (Sinduscon-RP), José Batista, as facilidades de crédito criadas em 2010 são o principal motivo. "As pessoas estão mais confiantes em reformar e construir a casa própria. Na verdade é isso que criou esse movimento no setor da construção civil", opinou. Apesar disso, a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) acredita que o principal responsável na recuperação do setor lojista foi a redução do IPI. De acordo com dados da Associação, em 2009 o comércio de materiais de construção começou o ano com 12% de retração. "Só começamos a melhorar depois da redução de impostos", afirmou o gerente de vendas José Humberto Jacomini. A história está entre os trilhos Participação do gasto com imóveis subiu de 4,8% para 5,8% Indústria e varejo de construção investem Mercado imobiliário tem melhor abril desde 2004 Preços de imóveis novos disparam, com alta de até 43% em um ano em SP A alta de preços de imóveis exige cuidados especiais Solução para o Leste  

28 de junho de 2010

Crédito da casa própria vai sair em 2 dias

De 20 dias para até 48 horas. Essa é a agilidade que a Caixa Econômica Federal pretende ganhar no processo de aprovação de crédito com a implantação de um novo modelo de correspondente imobiliário feito em parceria com as imobiliárias. Com a estratégia, a oferta dos empréstimos ocorrerá além dos horários dos bancos, inclusive nos finais de semana. O projeto piloto foi concluído recentemente em oito Estados, incluindo São Paulo, e será avaliado pela Caixa. A expectativa é que o novo modelo seja implantado até o final do ano. Nesse sistema, o comprador encontra o imóvel desejado e vai até a imobiliária parceria da Caixa, que faz o atendimento, montagem do processo e inserção dos dados no sistema via web para dar entrada no processo de aprovação de crédito e confecção do contrato. As informações são enviadas para a Caixa. Após as análises cadastral, de risco de crédito e de capacidade de pagamento, o crédito é aprovado em até 48 horas. O 6º Feirão da Casa Própria da Caixa, realizado em maio na capital, já registrou contratos de financiamento por meio do novo modelo. O evento contabilizou movimento recorde de negócios: R$ 1,862 bilhão. O valor é 24,1% maior do que de 2009, quando o Feirão totalizou R$ 1,5 bilhão. Os números nacionais também mostram o aquecimento do mercado imobiliário: 4,3 mil contratos são fechados por dia. Só até 11 de junho, a Caixa atingiu R$ 29 bilhões de volume contratado, com expectativa de fechar o ano na casa dos R$ 60 bilhões. Com a nova estratégia, a Caixa pretende melhorar e acelerar o processo de atendimento aos clientes, ampliar os canais de negócios e reduzir custos que possibilitem a oferta de menores taxas de juros. O correspondente imobiliário executará exclusivamente atividades operacionais e não terá nenhuma interferência sobre os aspectos que impactam na concessão do crédito, como as análises de risco de crédito e de capacidade de pagamento. Inicialmente, o modelo contemplará apenas os processos envolvendo imóveis de até R$ 130 mil que se enquadram no ?Minha Casa, Minha Vida?. Como os imóveis do programa do governo federal já foram avaliados pela Caixa, a situação facilita o processo de análise. Jornal da Tarde - 23/06/10 Setor está animado A história está entre os trilhos Participação do gasto com imóveis subiu de 4,8% para 5,8% Indústria e varejo de construção investem Mercado imobiliário tem melhor abril desde 2004 Preços de imóveis novos disparam, com alta de até 43% em um ano em SP A alta de preços de imóveis exige cuidados especiais    

28 de junho de 2010

Participação do gasto com imóveis subiu de 4,8% para 5,8%

Elevação da aquisição, ampliação e reforma foi provocada pelo aumento da oferta de crédito ao setor, diz economista A participação dos gastos com aquisição, ampliação e reforma de imóveis no orçamento das famílias cresceu entre 2003 e 2009. Denominado "aumento do ativo", esse item representava 4,8% dos gastos das famílias em 2002/2003 e passou para 5,8% no ano passado, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o economista José Márcio Camargo, da PUC-RJ, a elevação da participação da aquisição de imóveis se deve ao aumento da oferta de crédito para o setor. "A expansão do crédito para o setor imobiliário começou no início dos anos 2000, quando se criou a figura da alienação fiduciária. A partir daí, houve um aumento sistemático da oferta de crédito, relacionado principalmente a grupos de renda média", explica. Entre as famílias que adquiriram imóveis no período em que a última POF foi realizada está a arquiteta Letícia Medeiros, 29. A aprovação em um concurso público foi o impulso que faltava para ela e o marido comprarem um apartamento de dois quartos na zona sul do Rio em abril de 2009. "Juntamos nossas economias, demos uma entrada e parcelamos o resto em 20 anos", conta. A família espera, no entanto, quitar o imóvel até o ano que vem com recursos do FGTS e do 13.º salário. A compra do apartamento, porém, não acabou com as preocupações da família com a casa própria. Letícia teve gêmeos no ano passado e o imóvel ficou pequeno. "Vamos terminar de pagar este apartamento e já começaremos a procurar outro maior", diz. O financiamento e a chegada dos bebês fizeram com que a família revisse seu orçamento. "Gastamos menos com lazer e com viagens e cancelamos planos de reforma no apartamento", explica Letícia. Embora o aumento do ativo tenha crescido de 2003 para 2009, a participação desse item no orçamento das famílias brasileiras ainda é inferior ao verificado em 1975. Naquele período, as famílias designavam 16,5% das suas despesas para aquisição e reforma de imóveis. Ofertas de serviços. Segundo o gerente da POF, Edilson Nascimento Silva, a queda dos gastos com o aumento de ativos da década de 70 para cá está "provavelmente" relacionada ao forte aumento na disponibilidade de serviços para as famílias desde a década de 70. "Houve muitas mudanças de ofertas de serviços, como disponibilidade de telefonia, celular, internet, TV a cabo", exemplificou. Para o presidente do IBGE, Eduardo Nunes, o crescimento da participação do aumento de ativos é reflexo de um melhor padrão de renda da população. "Isso porque ela já foi capaz de com sua renda consumir todos os bens de consumo correntes ? e ainda tem um saldo que é a sua poupança ? que ela pode adquirir na compra de ativos ou recorrer a créditos para ampliar ativos", disse Nunes. / G.G. e J.F.  O Estado de S.Paulo - 24/06/10   Indústria e varejo de construção investem Mercado imobiliário tem melhor abril desde 2004 Preços de imóveis novos disparam, com alta de até 43% em um ano em SP A alta de preços de imóveis exige cuidados especiais Solução para o Leste Parte trincada da história Venda de imóveis usados em SP cresce 27% em abril

25 de junho de 2010

.

Todas as coisas são possíveis àqueles que creem.

20 de junho de 2010

.

Todas as coisas são possíveis àqueles que creem.

20 de junho de 2010

0
|
0